Hebreus 9: 27 “E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo,
28 assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de
muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”.
Olá, leitores do blog Palavra a Sério! Hoje decidi colocar aqui uma postagem sobre o tema “purgatório” que, além de ser polêmico é uma grande heresia da igreja romana surgida na Idade Média. Alguns dias atrás fui perguntado por uma pessoa e, alem disso temos recebido algumas visitas de “apostólicos romanos” no blog insatisfeitos com a verdade bíblica. A postagem de hoje é simples e sem muitos conteúdos teológicos, está mais para uma breve informação sobre o assunto.
Comecemos com a
História: Na Idade Media, com o fim gradativo do feudalismo, uma nova classe
social européia ganhava força: a burguesia. No sistema feudal o valor estava na
terra e na produção da mesma, era um sistema basicamente rural e, a Igreja Católica
Apostólica Romana, era a maior detentora de terras no feudalismo, era a “senhora
feudal”. Com o crescimento da burguesia e com o comércio em alta, o sistema
feudal diminuía sua força, sendo assim, senhores feudais se viam numa situação
difícil, inclusive a Igreja Romana. Por esse período a Igreja decretou pelas
mãos do Papa que quem praticava o comércio tinha um destino certo: o inferno, a
condenação. Mas quando a burguesia começou a enfeitar o bolso da Igreja Romana
com valores relevantes, um documento novo seria criado, uma vez que não se
podia voltar atrás no decreto anterior (pois o papa é “infalível”) a igreja
organizou uma “segunda chance” para os pobres e condenados burgueses e para os
seres humanos pecadores e assim nasceu uma das grandes heresias entre tantas
dentro da Igreja Romana. Bonitinha a história, não é? É um fato!
Bem, vamos agora
para a Palavra de Deus!
Não sabemos como os seres humanos deixariam este mundo para viver na Glória celeste se não tivesse o perdão do pecado. Mas, de qualquer maneira, em vida terrena, o fruto do pecado , e o juízo de Deus sobre eles causam a separação do corpo e da alma pela morte do corpo (Gn 2.17; 3.19,22; Rm 5.12; 1ª Co 15.21), tornando a morte uma certeza para todos.
Essa separação entre alma e corpo é o resultado
da separação espiritual de Deus, que, primeiro, causou morte física ( Gn 2.17;
5.5), e essa separação será agravada depois da morte para aqueles que deixarem
este mundo sem Cristo.
Em si mesma, a morte é um inimigo (1ª Co
15.26) e um terror (Hb 2.15).
Para os servos, o terror final da morte é abolido. O próprio Jesus, o Salvador ressurreto, passou por uma morte terrível e suportou a ira de Deus. Tirou de nós a ira de Deus, e vive para ajudar-nos quando deixarmos este mundo e formos para o lugar que ele preparou no outro mundo (Jo 14.2-3). Os servos do Senhor Jesus sabem que sua morte futura é um encontro marcado com o seu Salvador, que ele cumprirá fielmente. Paulo pôde dizer: “Para mim, o viver é Cristo, morrer é lucro”. Ele desejava “partir e estar com Cristo, o que incomparavelmente melhor” (Fp 1.21,23), sabendo que “deixar o corpo” é “habitar com o Senhor” (2ª Co 5.8).
Na morte, a alma dos crentes é aperfeiçoada em santidade e entra na vida de adoração nos céus (Hb 12.22-24). Resumindo, eles são glorificados.
Alguns não aceitam isso, mas, ao contrário ensinam que há uma disciplina purgativa após a morte, que equivale a um posterior estado de santificação. Nesse purgatório, a alma é preparada por um período de tempo para ser purificada, a fim de ver a Deus. Essa doutrina não tem base bíblica.
Os santos que vivem sobre a terra, na vinda de Cristo, serão aperfeiçoados moralmente e fisicamente para estarem com ele, no momento em que seu corpo for transformado (1ª Co 15.51-54), e parece que Paulo e o ladrão da Cruz esperavam a mesma admissão à presença de Deus.
Em si, estar sem o corpo é uma desvantagem, pois nós vivemos através do nosso corpo, e estar sem o corpo é uma situação de limitação e empobrecimento. Paulo desejava “ser revestido” com o corpo da ressurreição e não deseja de modo algum, estar “despido” (2ª Co 5.4). A ressurreição do corpo é uma esperança distintiva do cristão, confessada por todos os ramos da Igreja na face da Terra.
A morte é decisiva para o destino. A Bíblia não ensina que, após a morte, haja outra possibilidade de salvação para o perdido (Lc 16.26; Hb 9.27). Depois da morte, tanto os piedosos como os ímpios colherão o que tiverem semeado neste mundo (Gl 6.7-8).
Bíblia de Estudo de Genebra, nota em Filipenses 1.23, pág. 1414 – Ed. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, editor geral R. C. Sproul.
Gabriel Felipe