domingo, 17 de fevereiro de 2013

PENSAMENTOS DE DEUS



(Salmos 139:17)
 "E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!"

Davi expressava na sua oração quão grande valor tinha os pensamentos de Deus a respeito dele. Os chama de preciosos pois excedem o valor comum. Ora, não é coisa comum os pensamentos de Deus mas também não estão distantes de nós podermos compreendê-los.

Quantas vezes nos
preocupamos com que os outros pensam a respeito de nós? Quantas vezes nos pegamos em pensamentos uma vez tristes outras vezes felizes? Isso por momentos nos afligem pois tornam anseios e ou devaneios da alma.

Na verdade, nossos pensamentos só se tornam realidade dependente de uma grande variedade de circunstâncias. Davi tinha os pensamentos de Deus a respeito de si como preciosos pois, eles não dependiam de circunstâncias.

O pensamento de Deus é ação. O que Ele deseja se transforma em realidade diferente de nossos anseios.

Qual seria o pensamento de Deus a respeito de você? Por mais que alguns não creiam ou achem que Deus se esqueceu do homem a Bíblia nos afirma que Seus pensamentos são muitos e grandiosos a nosso respeito. 
 
"Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Então. me invocareis, e ireis, e orareis, e orareis a mim a mim, e eu vos ouvirei" (Jeremias 29: 11-12)

Eles me são preciosos. Eles são preciosos para você por que eles são bênçãos magníficas. Eles São cura, libertação, salvação, transformação. Eles são uma realidade pois o que Deus deseja para nós é uma vida de sucesso.

Deus sabe o que pensa a respeito de nós... são pensamentos de paz. São bons conselhos para vida eterna. Confie em Deus. Não deixe se iludir por pensamentos nefastos ou que traem sua alma. Lembre sempre Deus pensa o melhor de você por que você pertence a Ele.

O nosso Pai celestial quer o melhor para seus filhos.

Isaías 26:3
  "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti".

Pastor David Cristiano - ICM/ Caratinga- MG - 10 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

SEPULCROS SE ABRIRAM? MORTOS RESSURGIRAM?


“abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos que tinham adormecido ressurgiram. Saíram das suas sepulturas, depois da ressurreição dele, foram à cidade santa e apareceram a muitos” (Mateus 27:52)


Olá, amigos e leitores do Blog Palavra a Sério, a paz de nosso Senhor Jesus.

Há duas semanas fui questionado a respeito da “ressurreição” de alguns mortos (em Mateus 27:52) quando Cristo entregou o seu Espírito no Calvário.  Tentei elaborar uma resposta e com alguns auxílios, deixei postada a presente informação. Boa leitura

Um jovem me questionou sobre tal versículo e sobre o possível sentido do mesmo. Foi apresentada uma possível contradição, considerando a nossa crença de que Jesus foi único que, na verdade, venceu a morte. E as outras ressurreições? E a “ressurreição” em série  em Mateus 27:52? Vejamos:

Essa passagem bíblica é pouco falada e muitas vezes quando é falada gera interpretações perigosas e contraditórias que, em algumas interpretações, entra em atrito com Hebreus 9:27.


Uma primeira explicação (mais aceita) para o ocorrido em Mateus 27:52 é a seguinte:

Lázaro e outros ressuscitaram antes da ressurreição de Jesus, porém não foram glorificados e nem receberam o dom da imortalidade ao serem ressuscitados.
Jesus mesmo disse que ele era a ressurreição e a vida e que tinha poder para dar a vida eterna a todos quantos nele cressem. O poder de Jesus sobre a morte evidenciou-se não somente na sua morte e ressurreição, mas também na ressurreição de um grupo de pessoas que ressuscitou com ele.
Lembre-se que os sacerdotes judeus subornaram os centuriões a negarem que Jesus havia ressuscitado, mas esses que ressuscitaram entraram em Jerusalém e apareceram a muitos que os conheciam e se tornaram testemunhas autênticas da ressurreição de Jesus e do seu poder sobre a morte. Eles foram na verdade instrumentos de Deus para mostrar o poder imensurável de Cristo.

Outra posição (a mais próxima da realidade, dos originais e também das escrituras em geral) é a seguinte:

Muitos comentaristas bíblicos acham que é isto o que estes versículos significam. No entanto, os eruditos admitem que o sentido e a tradução correta destes versículos são extraordinariamente difíceis. Na realidade, há motivo para se crer que, quando Jesus morreu, o terremoto acompanhante rachou alguns túmulos perto de Jerusalém e assim expôs os cadáveres aos transeuntes.

Mateus 27:52, 53, diz que
“abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos que tinham adormecido ressurgiram. Saíram das suas sepulturas, depois da ressurreição dele, foram à cidade santa e apareceram a muitos”. (Huberto Rohden; Common Bible).

Mas, se houve uma ressurreição quando Jesus morreu, conforme sugerem estas e outras traduções, teriam os ressuscitados esperado até depois da própria ressurreição de Jesus, no terceiro dia depois disso, antes de saírem dos seus sepulcros? Por que ressuscitaria Deus a tais “santos” nesta ocasião, uma vez que Jesus devia ser
“o primogênito dentre os mortos”? (Col. 1:18; 1 Cor. 15:20) Também, era durante a futura presença de Cristo que cristãos ungidos ou “santos” deviam participar da primeira ressurreição. — 1 Tes. 3:13; 4:14-17: Rev. 20:5, 6.

Observe que, falando-se estritamente, a narrativa não diz que os “corpos” passaram a viver. Apenas diz que ressurgiram ou foram jogados para fora dos sepulcros pelo terremoto. Algo similar aconteceu na cidade de Sonson, na Colômbia, em 1962. El Tiempo (31 de julho de 1962) noticiou: “Duzentos cadáveres no cemitério desta cidade foram lançados fora de seus túmulos pelo violento tremor de terra.” Pessoas que passavam por ali ou através daquele cemitério viram os cadáveres, e, em resultado, muitos de Sonson tinham de ir para lá e enterrar de novo seus parentes falecidos.

Sem violação da gramática grega, pode-se traduzir Mateus 27:52, 53, dum modo que sugira que houve uma exposição similar de cadáveres em resultado do terremoto que houve por ocasião da morte de Jesus. Assim, a tradução de Johannes Greber (1937) verte estes versículos do seguinte modo:
“Túmulos foram abertos, e muitos cadáveres dos enterrados foram jogados em posição vertical. Nesta postura projetavam-se para fora das sepulturas e foram vistos por muitos dos que passavam por ali em caminho de volta para a cidade.” — Compare isso com a Tradução do Novo Mundo.

(Mateus 27:52-53) E abriram-se os túmulos memoriais e muitos corpos dos santos que tinham adormecido foram levantados, 53 (e pessoas, saindo dentre os túmulos memoriais depois de ele ter sido levantado, entraram na cidade santa,) e tornaram-se visíveis a muitas pessoas.

Não é o caso da Tradução do Novo Mundo, que aponta para os efeitos dum terremoto. Por quê?

Primeiro quem quer que fossem os “santos”, Mateus não disse que eles foram levantados. Segundo, ele não disse que esses corpos tornaram a viver. Disse sim que foram levantados, e o verbo grego
e·geí·ro, que significa “levantar”, nem sempre se refere a uma ressurreição. Entre outras coisas, ele pode também significar “levantar para fora” de uma cova ou “levantar-se” do chão. (Mateus 12:11; 17:7; Lucas 1:69)

Este modo de encarar o ocorrido harmoniza-se com ensinos bíblicos. Em 1 Coríntios, capítulo 15, o apóstolo Paulo apresenta provas convincentes da ressurreição, mas não menciona de modo algum Mateus 27:52, 53. O mesmo fazem todos os outros escritores da Bíblia. (Atos 2:32, 34) Os cadáveres levantados por ocasião da morte de Jesus não podiam ter tornado a viver, pois, no terceiro dia depois disso, Jesus se tornou
“o primogênito dentre os mortos”(Colossenses 1:18) e a ressurreição de Lázaro dentre outras ocorridas no Ministério de Jesus esteve no plano de seu ministério e se tratava de pessoas que não estavam sepultadas, mas que estavam ali como instrumentos da glória de Deus através do milagre. Tais pessoas não “venceram” a morte, Jesus, também ali, venceu a morte. Prometeu-se aos cristãos ungidos, também chamados “santos”, terem parte na primeira ressurreição durante a presença de Cristo, não no primeiro século. — 1 Tessalonicenses 3:13; 4:14-17.

Junto com o rasgar da cortina do templo, que separava o Santo do Santíssimo, este violento tremor de terra, que expôs cadáveres que em pouco tempo foram vistos por viajantes que levaram a notícia a Jerusalém, serviu de prova adicional de que Jesus não era mero criminoso executado por uma contravenção. Ele era o Messias, aquele que dentro em breve seria o primogênito dentre os mortos. O autor da nossa salvação.



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

"OVELHAS DO MEU PASTO"


“Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois; porém eu sou o vosso Deus, diz o Senhor DEUS” (Ezequiel 34:31)
De Gabriel Felipe M. Rocha

O Senhor, a muito, quis ajuntar para si ovelhas. Se revelou como um Deus zeloso, manifestou desejo de recolher um povo para lhe ser fiel. Muitos não quiseram e, tal rejeição, vem desde o princípio. A própria nação israelense foi um resultado desse desejo de Deus de ajuntar para si um povo que o honrasse como Deus. Aliás, o objetivo de Deus em querer ajuntar para si um povo é mostrar para esse mesmo povo (e consequentemente para as outras nações) que Ele era Deus e, esse Deus, seria riquíssimo em bênçãos.

O texto em Ezequiel 34:31 está direcionado portanto a Israel. Deus, apesar da apostasia de seu povo, falou, amou e escolheu cuidar das “meninas de seus olhos”.

“... eram como ovelhas que não têm pastor...” (Marcos 6:34)

Hoje esta palavra está direcionada ao povo de Deus que tem Jesus Cristo como seu pastor amado: Os servos do Senhor Jesus. Jesus estava, no texto de Ezequiel 34, presente como o Pastor amado que daria a vida para resgate de SUAS ovelhas. Jesus é um Deus onipresente.

“Ora, o Deus de paz que pelo SANGUE do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas” (Hebreus 13:20)

O texto em Ezequiel diz: “Vós, pois...” – Está bem direcionado. Direcionado a um CORPO, o de Cristo (um conjunto, uma Igreja).

Depois desse direcionamento ele dirige-se ao seu povo dizendo: “ovelhas minhas”. Por que “ovelhas minhas”? Porque essa posse foi conquistada e garantida na pessoa de Jesus quando se fez  “o Cordeiro de Deus”. Ele comprou para si um povo e pagou um alto preço. Éramos do Príncipe desse mundo, uma vez que andávamos em pecado e vivíamos conforme o mundo.

“Quem comete pecado é do diabo...” (1Jo 3:8)

Mas Jesus resgatou com seu sangue as nossas vidas e nos fez santos e ovelhas de seu aprisco.

“Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele [...] é nascido de Deus” (1Jo 3:9)

“ ...sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos...” (Êxodo 19:5)

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido...”(1Pd 2:9)

Logo o Senhor especifica mais: “Ovelhas de meu pasto”.

Ele nos elegeu desde o principio, nos chamou e nos revelou uma OBRA. Obra essa que o Espírito Santo é quem a realiza, uma exclusividade no seio da Terra, um Corpo cujo objetivo é ser Igreja Fiel de Cristo, Deus nos chamou para fazermos parte de um povo, de uma Igreja que vai ser arrebatada. Ele pôde,através do sacrifício na cruz, resgatar um povo para ser sua nção eleita e seu sacerdócio santo, pois Ele tem poder, aliás, todo o poder. Deus é onipotente e Jesus também é. Ele venceu a morte!

Essa Igreja (Fiel) é seu pasto. Davi teve uma experiência com esse mesmo Deus e escreveu: “O Senhor é o meu pastor, deitar-me faz em verdes pastos”(Sl 23). A  Igreja é tipificada por esse pasto. É o local onde a ovelha alimenta, é fortalecida e se reproduz. É um local rico, onde o olhar do Pastor Amado está sempre em nossa direção. Esse pasto é único (Um só Corpo, um só batismo, um só Deus e Pai).

·       “Homens sois”-  O Senhor mostrava aqui que, como Pastor Supremo, Ele é quem guiava e quem guardava seu povo. Toda confiança devia ser depositada nele. Todo o louvor pertencia a Ele.

Como ele mostrava isso? Dizendo: “vocês são homens” (são limitados e nada podem). Deus nos conhece por inteiro. Ele é onisciente. Jesus, quando esteve aqui em seu ministério como homem, também conheceu o que é ser homem, pois Jesus também é onisciente. Ele conhece a nossa limitação e a nossa fraqueza.

O termo homens está no original hebraico como adhamcujo significado pode ser: “baixo”, “comum”, “limitado”, “inferior”.

 

 Essa expressão vem da mesma raiz de Adão (o primeiro homem) que também tem o significado de: “avermelhado” ou “tingido de vermelho”.

 

Deus, portanto, dizia: “vocês são homens”, ou seja, limitados. Mas o próprio Deus enviou o recurso.

 Interessante que esse recurso já estava presente na própria raiz da palavra “homem”, pois Deus sabia que esse “adham” iria pecar por ser inferior e limitado, mas, em sua Eternidade, fez uma aliança onde, através do sangue, o homem (limitado e errante) teria a redenção. É exatamente por isso que nessa Obra realizada pelo Espírito Santo, a figura do sangue é um segredo, é a alegoria de um projeto maravilhoso programado na eternidade para a salvação do homem e, tal projeto, se concretizou em Jesus, por isso Ele hoje nos diz: “Ovelhas minhas”.

 

·       “Mas eu sou...” –  “Mas” demonstra uma condição adversativa. Esse MAS diz respeito ao recurso que vimos anteriormente: “Homens sois, MAS eu sou...”.

 

Éramos indignos da salvação pela maldição de nosso pecado, MAS Jesus se fez maldição e nos garantiu a VIDA. É o poder do sangue! O termo “mas”, por ser uma conjunção adversativa, transforma o sentido de uma frase e muda todo o sentido às vezes. Jesus foi esse “Mas” em nossas vidas. Aleluia!

 

·       “...mas eu sou  o vosso Deus” -  Deus estava se revelando ao seu povo. Ele está deixando bem claro que:

a) Somos dele;

b) Pertencemos ao seu pasto;

c) somos homens e limitados;

d) Mas Ele é o nosso Deus.

Hoje esse Deus se revela todos os dias ao seu povo através do poder que há no sangue de Jesus, pois esse foi o segredo que nos garantiu como ovelhas de seu pasto.

·       Uma curiosidade: Deus para se revelar como tal, quis deixar claro primeiro que: éramos dele ( santidade e compromisso nosso com a salvação) e que éramos de seu pasto (importância de estar integrado no Corpo de Cristo). Depois desses dois aspectos ajustados Ele se revelou: “Eu sou o vosso Deus”. Veja, em João 20:20- 22 aconteceu algo semelhante. Os discípulos estavam reunidos por uma orientação de Jesus (santificação pela obediência à voz do Senhor e compromisso com  a salvação). Estavam todos num só Corpo e reunidos numa só fé, num só lugar (como ovelhas no pasto do Senhor). Jesus se revelou: “A paz seja convosco”.

 

·       Outra curiosidade: Por várias vezes no AT aparece a expressão “adham” para identificar a figura do homem. Os significados dessa expressão já vêm acima: quer dizer “limitado”, “comum”, “baixo”.

Mas no NT a expressão que mais aparece para definir “homem” é “antropos” que, dentre seus significados variados, pode ser traduzido como: “o que olha para cima”. No N.T. Jesus garante uma nova perspectiva para o homem, uma nova caminhada, uma transformação total.
 
Aleluia!

 

Gabriel Felipe M. Rocha, uma ovelha do pasto do Senhor.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A MORTE DE UMA IGREJA


Toda igreja está sujeita à morte espiritual

“O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos meus anjos. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3:5,6)

 

Olá, amigos e leitores do ‘Palavra a Sério’, a paz de nosso Senhor Jesus Cristo. Estivemos uns dias sem atualizar o blog devido ao nosso tempo que anda muito corrido. Hoje quero tratar de um assunto que penso ser relevante. Não um post  sistemático e nem exaustivo. Éi algo simples e mais direto, ainda devido ao tempo que está curto. Boa leitura!

As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região tem menos de 1% de cristãos. Diante disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam muitas igrejas ainda hoje?
Em primeiro lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade (chamamos isso de apostasia). Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia quando abandona sua fidelidade às Escrituras nem a inevitabilidade da morte quando se aparta dos preceitos de Deus. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações históricas capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por outro (inchaço), mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade. Não podemos confundir numerolatria com crescimento saudável.

Nem sempre uma multidão sinaliza o crescimento saudável da igreja. Uma igreja pode ser grande e mesmo assim estar gravemente enferma. Sempre que uma igreja troca o Evangelho da graça e da Salvação por outro evangelho, entra por um caminho desastroso.

 

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.

(II Timóteo 4:3-4)

Em segundo lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo.

A igreja de Tiatira estava tolerando a imoralidade sexual entre seus membros. Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu castiçal é apagado e removido. Alguém disse: "Fui procurar a igreja e a encontrei no mundo; fui procurar o mundo e o encontrei na igreja".

A Palavra de Deus é clara: ser amigo do mundo é constituir-se inimigo de Deus. Quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Há pouca ou quase nenhuma diferença hoje entre o estilo de vida daqueles que estão na igreja e daqueles que estão comprometidos com os esquemas do mundo.

Li nesses dias uma pesquisa que, além de impactar, me entristeceu: o índice de divórcio entre os cristãos é tão alto como daqueles que não professam a fé cristã. O número de jovens cristãos que vão para o casamento com uma vida sexual ativa é quase o mesmo daqueles que não frequentam uma igreja evangélica. A bancada evangélica no Congresso Nacional é conhecida como a mais corrupta da política brasileira. A teologia capenga e o cristianismo moderno produz uma vida frouxa. Precisamos voltar aos princípios do Senhor Jesus e buscar DELE o avivamento e, se preciso for, clamar por um reavivamento!

“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas para vestir, e não apareça a vergonha da sua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas” (Apocalipse 3:18)
Em terceiro lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual. A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava nota máxima para si mesma, dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo já estava morta. A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, quando na verdade era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem consciência de sua enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como quando se vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes. O cristão não deve ser um fariseu.

O fariseu aplaudia a si mesmo por causa de suas virtudes, mas olhava para os publicanos e os enchia de acusações descaridosas. O cristão verdadeiro não é aquele que faz um solo do hino "Quão grande és tu" diante do espelho, mas aquele chora diante de Deus por causa de seus pecados.
Em quarto lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela não associa a doutrina com a vida ou, quando a doutrina não é do Espírito Santo e é humana, firmada em letras e religiosidades. A igreja de Éfeso foi elogiada por Jesus pelo seu zelo doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Jesus quer de nós o primeiro amor.

Tinha doutrina, mas não vida; tinha ortodoxia, mas não ortopraxia; teologia boa, mas não vida piedosa. Jesus ordenou a igreja a lembrar-se de onde tinha caído, a arrepender-se e a voltar à prática das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a expressão da doutrina. As duas coisas não podem viver separadas. Doutrina sem vida (Espírito Santo) produz orgulho e aridez espiritual; vida sem doutrina desemboca em misticismo pagão. Uma igreja viva tem doutrina e vida, ortodoxia e piedade, credo e conduta!
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (I Timóteo 4:1).

Em quinto lugar, a morte de uma igreja acontece quando falta-lhe perseverança no caminho da santidade. As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor e não receberam nenhuma censura. Mas, num dado momento, nas dobras do futuro, essas igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua relevância. Não basta começar bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da verdade para a próxima geração. Um recente estudo revela que a terceira geração de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira geração. É preciso não apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de pensarmos: como será nossa igreja nas próximas gerações? Que tipo de igreja deixaremos para nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou igreja morta? Isso é sério!
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (Tito 2:1)

 
Gabriel Felipe M. Rocha