segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A MORTE DE UMA IGREJA


Toda igreja está sujeita à morte espiritual

“O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos meus anjos. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3:5,6)

 

Olá, amigos e leitores do ‘Palavra a Sério’, a paz de nosso Senhor Jesus Cristo. Estivemos uns dias sem atualizar o blog devido ao nosso tempo que anda muito corrido. Hoje quero tratar de um assunto que penso ser relevante. Não um post  sistemático e nem exaustivo. Éi algo simples e mais direto, ainda devido ao tempo que está curto. Boa leitura!

As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região tem menos de 1% de cristãos. Diante disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam muitas igrejas ainda hoje?
Em primeiro lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade (chamamos isso de apostasia). Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia quando abandona sua fidelidade às Escrituras nem a inevitabilidade da morte quando se aparta dos preceitos de Deus. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações históricas capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por outro (inchaço), mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade. Não podemos confundir numerolatria com crescimento saudável.

Nem sempre uma multidão sinaliza o crescimento saudável da igreja. Uma igreja pode ser grande e mesmo assim estar gravemente enferma. Sempre que uma igreja troca o Evangelho da graça e da Salvação por outro evangelho, entra por um caminho desastroso.

 

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.

(II Timóteo 4:3-4)

Em segundo lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo.

A igreja de Tiatira estava tolerando a imoralidade sexual entre seus membros. Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu castiçal é apagado e removido. Alguém disse: "Fui procurar a igreja e a encontrei no mundo; fui procurar o mundo e o encontrei na igreja".

A Palavra de Deus é clara: ser amigo do mundo é constituir-se inimigo de Deus. Quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Há pouca ou quase nenhuma diferença hoje entre o estilo de vida daqueles que estão na igreja e daqueles que estão comprometidos com os esquemas do mundo.

Li nesses dias uma pesquisa que, além de impactar, me entristeceu: o índice de divórcio entre os cristãos é tão alto como daqueles que não professam a fé cristã. O número de jovens cristãos que vão para o casamento com uma vida sexual ativa é quase o mesmo daqueles que não frequentam uma igreja evangélica. A bancada evangélica no Congresso Nacional é conhecida como a mais corrupta da política brasileira. A teologia capenga e o cristianismo moderno produz uma vida frouxa. Precisamos voltar aos princípios do Senhor Jesus e buscar DELE o avivamento e, se preciso for, clamar por um reavivamento!

“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas para vestir, e não apareça a vergonha da sua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas” (Apocalipse 3:18)
Em terceiro lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual. A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava nota máxima para si mesma, dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo já estava morta. A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, quando na verdade era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem consciência de sua enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como quando se vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes. O cristão não deve ser um fariseu.

O fariseu aplaudia a si mesmo por causa de suas virtudes, mas olhava para os publicanos e os enchia de acusações descaridosas. O cristão verdadeiro não é aquele que faz um solo do hino "Quão grande és tu" diante do espelho, mas aquele chora diante de Deus por causa de seus pecados.
Em quarto lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela não associa a doutrina com a vida ou, quando a doutrina não é do Espírito Santo e é humana, firmada em letras e religiosidades. A igreja de Éfeso foi elogiada por Jesus pelo seu zelo doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Jesus quer de nós o primeiro amor.

Tinha doutrina, mas não vida; tinha ortodoxia, mas não ortopraxia; teologia boa, mas não vida piedosa. Jesus ordenou a igreja a lembrar-se de onde tinha caído, a arrepender-se e a voltar à prática das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a expressão da doutrina. As duas coisas não podem viver separadas. Doutrina sem vida (Espírito Santo) produz orgulho e aridez espiritual; vida sem doutrina desemboca em misticismo pagão. Uma igreja viva tem doutrina e vida, ortodoxia e piedade, credo e conduta!
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (I Timóteo 4:1).

Em quinto lugar, a morte de uma igreja acontece quando falta-lhe perseverança no caminho da santidade. As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor e não receberam nenhuma censura. Mas, num dado momento, nas dobras do futuro, essas igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua relevância. Não basta começar bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da verdade para a próxima geração. Um recente estudo revela que a terceira geração de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira geração. É preciso não apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de pensarmos: como será nossa igreja nas próximas gerações? Que tipo de igreja deixaremos para nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou igreja morta? Isso é sério!
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (Tito 2:1)

 
Gabriel Felipe M. Rocha

4 comentários:

João Lopes Silva disse...

Ótima reflexão! Precisamos voltar, se possível todos os dia ao primeiro amor. paz, amado.

João Lopes Silva

Anônimo disse...

Tudo bem Gabriel? ApdSenhor.
Realmente andei sumido...falta de tempo...

Boa esta sua postagem. Nos faz refletir sobre o caminho do evangelho no Brasil.

Temo que nossa nação possa se tornar como o evangelho na Inglaterra; palco de grandes avivamentos mas que hoje está praticamente morto. Ou ainda os E.u.A que se renderam ao evangelho da prosperidade...

Oremos...

Passa lá no eternidadepelapalavra...tá sumido também...

abraços

Gabriel F. M. Rocha disse...

Olá,varão!!! APDSJ!!!
Pois é, essa questão que envolve "Avivamento" tem roubado a minha atenção utimamente. Me propus a escrever alguns artigos que envolvem essa temática ante a importância de se entender o que é o verdadeiro avivamento.

Pode deixar que eu passo lá no blog sim...!!!!

Gabriel F. M. Rocha disse...

Um anônimo se propôs a comentar aqui nesta postagem indicando fontes e link sobre a devida mensagem, mas sugiro ao amigo “Anônimo” que leia bem o texto referido (de Hernandes Dias Lopes)e veja que o tal pertence a Hernandes Dias Lopes e não a outro autor. Não sei se o anônimo conseguiu ler a postagem aqui por inteiro (geralmente esse tipo de pessoa não lê muito...), mas, a mensagem AQUI no ‘Palavra a Sério’ (um blog de prestígio e verdade) teve o conteúdo de HDL apenas como base e outros textos (da Bíblia) foram usados para definir um "outro lado" da Palavra dada por HDL segundo os MEUS comentários. Aqui no Palavra a Sério não temos o costume de usar de plágios como muitos "blogs" fazem por estarem desprovidos de pessoas com capacidade de escrever o próprio texto. Já fomos vítimas de plágios e sabemos bem o que é ser plagiado assim como sabemos bem o que é plágio. Muitas dessas pessoas usam textos e mensagens de terceiros para "enriquecer" os seus "blogs". Aqui temos o costume de publicar (na nossa maioria) mensagens e estudos de NOSSA PRÓPRIA AUTORIA. Sugiro que o amigo ANÔNIMO visite com mais frequência o blog e procure algum plágio. Com certeza não vai achar. Sentirá vergonha de postar qualquer coisa aqui... ainda mais como “anônimo”...olha, não temos a preocupação de andar de blogs em blogs "catando" textos e artigos dos outros e nem insistindo para os outros entrarem e seguirem o nosso blog a força. Não fazemos divulgações do tipo “forçar a barra” por aí. Não sei se percebeu Senhor anônimo, mas em nosso blog se vê inúmeros comentários e participações, pois aqui a Palavra tem consistência e seriedade. A validade e a aprovação moral de nosso blog estão em seus comentários. Aqui os “seguidores” não enfeitam a aparência do blog (isso em caráter de informação). Uma vez ou outra nos propomos a usar de outras fontes sim, por exemplo, quando nosso tempo para postar algo de NOSSA AUTORIA anda curto que, no meu caso, aconteceu. Estou cursando um mestrado e, nesses dias, por causa dos estudos na faculdade, o máximo que consegui foi fazer essa reflexão postada. Resolvi usar um texto já de minha ciência como base para MINHAS PRÓPRIAS análises. Outra coisa: Leia o texto que me enviou e leia o postado, logo entre em nosso blog e veja o teor e o conteúdo de nossas postagens e faça uma análise reflexiva e perceba que não precisaríamos plagiar nada, nosso conteúdo não carece disso e, pelo contrário, é riquíssimo (isso sem vaidade). Se quiser comentar algo sobre, use seu nome, não entre como anônimo, é feio...e covarde. Não tenha medo, a não ser que seu comentário aqui visa contendas e falácias. Se for isso, está no lugar errado. Passe bem e não seja tolo.