Buscar
as coisas do alto:
[...] buscar as coisas do alto é, portanto, constante negação de nós
mesmos (Cl 3: 5), pois esse é o sentido real da nossa morte e ressurreição.
Vida virtuosa é isso: negação de suas aspirações e paixões para fazer aquilo
que agrada a Deus. Olhar para as coisas que são de cima e focar nas coisas do
alto é assumir o chamado; é esquecer das coisas que para trás ficam; é avançar
para o alvo; é procurar não errar o alvo; é crescer em graça e em conhecimento;
é se encher do Espírito Santo; é se preocupar com as coisas do Reino; é se
alimentar de Jesus; é se envolver e se relacionar com nosso Senhor. Buscar as
coisa de cima pressupõe uma vida que está determinada a carregar a cruz. Buscar
as coisas de cima é poder orar com firmeza de coração: "venha a nós o teu
Reino e seja feita a tua vontade!". Buscar as coisas que são de cima é
buscar em Deus e em sua Palavra o sentido para viver e poder olhar para o
próximo com mais compaixão.
Em Mateus 5: 1-48, Jesus nos deixa o modelo da vida bem-aventurada, ou
da "beata vita", que supõe uma vida de plena realização pessoal. E
nos ensinamentos do Sermão da Montanha, Jesus ensina que a bem-aventurança
(felicidade plena) está na constante negação de nós mesmos para o serviço do
Reino de Deus e no servir o próximo e amar o próximo como marca de uma vida que
conheceu a liberdade em Cristo. E não só isso: conheceu a graça e a própria
miserabilidade diante do amor de Jesus Cristo. Buscar as coisas do alto, assim
como "pensar nas coisas de cima" é, portanto, disposição mental,
física e espiritual para morrer de vez para o mundo e viver uma vida ressurreta
para Deus. Nossa bem-aventurança está no entendimento da mensagem da cruz.
Na
cruz consiste a verdadeira liberdade em Cristo. Por quê? Porque morrer para o
mundo e para o pecado e vencer a carne, dizendo não para as paixões,
inclinações e desapontando nossos fortes desejos em vista da glória de Deus,
implica total domínio de si mesmo, numa vida frutificada pela obra do Espírito
Santo.
Poder dizer para a oferta do maligno e da própria carne que “eu vou
agradar a Deus e não a mim mesmo” é vencer – como Cristo – a tentação do Diabo
e se portar como verdadeiro liberto. O escravo não consegue. O livre sim, pois
seu olhar está firme em Deus e tem constantemente buscado as coisas do alto.
Assumir, portanto, a liberdade que Cristo nos concedeu na cruz. Somos livres
quando nossa mente está buscando as coisas do alto e pensando nas coisas do
alto, pois o pecado não mais nos domina. Temos vitória sobre o maligno! Veja em
1 João, 2: 12-17.
Em
continuidade de sua admoestação e ensino, Paulo ainda adverte sobre a
importância de ainda morrermos totalmente em nossa velha natureza terrena,
buscando superar e vencer toda prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo
maligno e avareza. (3: 5), pois, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os
homens. Muitos ainda não acordaram para a seriedade dessas palavras e vivem
praticando uma ou todas essas coisas citadas. Mas a palavra de Deus para esses
é: condenação! Morte eterna! Inferno. A não ser que se arrependam agora e
busquem a Deus. Buscai as coisas do alto! Perto está o Senhor daqueles que o
invocam (Is 55: 6).
Uma excelente noite e auto-análise, reflexão, súplicas e
paz!
Gabriel F. M. Rocha.
Síntese Cristã
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