AS PEDRAS DO
RIBEIRO
Por Gabriel Felipe M. Rocha
Primeiro livro de Samuel, capítulo 17, versículo 40
“[...] e escolheu para si cinco seixos do ribeiro [...]”
Certa
vez alcancei uma experiência com o Senhor Jesus através deste texto. Apenas a frase acima foi suficiente
para Deus falar comigo de uma forma especial. Não foi necessário o versículo
inteiro.
Pois
bem, enquanto o exército de Saul estava inerte em frente ao exército filisteu
durante uma batalha, Davi,o jovem pastor de ovelhas, tomou uma decisão.Decisão
essa que estava já no coração de Deus.
Mas
o fato que quero chamar a atenção aqui
não é a luta de Davi contra o gigante filisteu e nem pretendo abordar todo o
verso 40, mas quero que os leitores amados prestem atenção no cativante ato do então
futuro rei de Israel:
“escolheu
para si cinco seixos do ribeiro”
Davi
havia usado a funda para atirar a pedra. Nesse tipo de instrumento, para o tiro
obter sucesso e atingir a velocidade desejada, necessário era usar as pedras do
ribeiro. Por quê do ribeiro? Não podia ser qualquer pedra pelo caminho?
Vejamos:
Na pedra não podia conter pontas, teria que ser
arredondada . Só no ribeiro haviam pedras arredondadas e aptas para serem
usadas.
Por
quê as pedras do ribeiro tinham o formato ideal para se tornarem aptas ?
No
ribeiro, as águas não cessam. Elas correm , seu percurso é dinâmico . Existem
várias pedras de todos os formatos dentro do ribeiro. Existem as pontudas, as
arredondadas as cheias de pontas,etc.
Mas
uma coisa é certa dentro do ribeiro: se as pedras estiverem ali dentro (seja
qual tipo for) elas serão levadas pelas correntezas e arrastadas até perderem
as pontas. No ribeiro as pedras são trabalhadas. Elas ganham novas formas e
ficam TODAS IGUAIS, ficam arredondadas conforme o molde ditado pelas abundantes
águas do ribeiro.
Fora
do ribeiro as pedras não são transformadas, as suas pontas continuam. Estão
sujas sempre e a consistência de suas pontas aumentam no contato com a terra.
O servo que vai ser usado pelo Senhor e que, um
dia, será separado para toda a eternidade para estar com Deus é aquele que tem
o formato de seixo.
Por
quê ? Porque está na forma que o Senhor Jesus (o RIBEIRO) quer. E só Jesus
trabalha o nosso ser através de seu Espírito Santo (a corrente abundante das
águas).
Nós,
seres humanos, temos muitas pontas. Nossos pecados sempre nos afastaram da
presença de Deus e, continuam afastando se assim o praticamos.
Fora do Ribeiro de águas vivas não somos
trabalhados, mas, as pontas continuam por não haver a água que nos arraste. Se
o homem está fora do ribeiro ,é como a pedra que não se arrasta e não se move.
Suas pontas continuam e, no contato contínuo com a terra, nunca é moldado, mas
pelo contrario, suas pontas se fortalecem.
Dentro
do ribeiro (em Jesus) somos moldados e preparados para sermos um dia separados
para Deus.
Nesse
ribeiro as águas não cessam jamais. O Espírito Santo tem realizado uma OBRA
maravilhosa onde Ele mesmo tem trabalhado nossas vidas para sermos instrumentos
seus. Quando estamos já no formato de seixos podemos estar na funda e atingir a
velocidade de Deus,a saber, a REVELAÇÃO. Se estamos no molde que o Espírito
Santo dita, estamos no tempo de Deus. Não há inimigo algum (seja ele grande ou
pequeno) que fique de pé mediante o poder do Senhor através de nossas vidas.O
Senhor nos chamou para vencer gigantes.
Quero
lembrar aqui de algo especial: Davi ,ao escolher as pedras no ribeiro, teve de
se ajoelhar ou se abaixar ,se curvar para pegá-las . Jesus um dia se humilhou
numa cruz para que nós hoje pudéssemos
estar com os nossos nomes mudados no céu
e as nossas vidas moldadas para
receber o galardão eterno.
Na
funda ( nessa OBRA que Deus tem realizado) não se cabe a pedra com pontas, mas
sim as trabalhadas pelo ribeiro, as de formato arredondado ( de novo nome).
Deixemos
o Senhor trabalhar nossas vidas. Nós somos chamados cristãos cujo significado é
“os pequenos cristos”. Também somos pequenas pedras sendo trabalhadas para
sermos como a Rocha Eterna que é Jesus.
As
vezes nós somos seixos prontos e estamos ao lado de pedras pontudas. Pedras que
sentem ciúmes e invejas, pedras que não querem largar o pecado, pedras que não
aceitam uma palavra de vida, pedras com pontas que nos machucam em algumas
vezes, pedras que escolheram viver uma vida de vaidade. Mas, como aconteceu na
parábola do joio e do trigo, tudo será separado para estar nas mãos do Rei.
Dedico esta mensagem
de forma bem carinhosa e especial ao meu grande amigo e irmão em Cristo, Mateus
Morais.
Gabriel Felipe M. Rocha
2 comentários:
Gabriel, que benção essa mensagem, que o Senhor continue te usando para te revelar esses segredos da sua palavra...
Amem, Brunner. A Palavra de Deus é vida e é sempre bom compartilhar de suas bençãos.
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