quinta-feira, 30 de maio de 2013

JESUS, A EXPRESSÃO DA GRAÇA DE DEUS

JESUS, A EXPRESSÃO DA GRAÇA DE DEUS


Texto: Mateus 17:1 – 5

(v.1) “Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte”.
(v.2) “E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tronaram brancas como a luz”.
(v.3) “E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ele (Jesus)”.
(v.4) “E Pedro tomando a palavra, disse: Senhor, bom é estarmos aqui (...) façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés e um para Elias”.
(v.5) “E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o”.

A paz de nosso Senhor Jesus Cristo a todos os meus irmãos, amigos e verdadeiros estudantes da Palavra de Deus.

A nossa salvação é proveniente da GRAÇA de Deus manifestada em Jesus no ato do sacrifício. Jesus, portanto é a expressão da graça de Deus. Em toda a Bíblia podemos ver a respeito disso e, nos Evangelhos, podemos perceber várias passagens onde Cristo é, no ato de seu ministério, a expressão da graça de Deus. Porém aqui veremos apenas uma passagem. Uma passagem bíblica que desperta a curiosidade e incentiva à hermenêutica desse acontecimento em Mateus 17:1-5.
Jesus escolhera a Pedro, Tiago e João de forma particular e os levou a um alto monte. Certamente para as orações que constantemente Jesus fazia.

Mas um evento espiritual acontecera ali que marcaria a vida daqueles pobres e limitados homens (Pedro, Tiago e João). Podemos dizer, embora esses homens viésseis a falhar posteriormente em algumas ocasiões, que a vida desses três apóstolos nunca mais foi a mesma. O que comprova isso é o fato de, exatamente os três, serem, no início da Igreja, as três principais colunas da Igreja de Deus.

Esse importante e interessante evento ficou conhecido universalmente como a transfiguração de Jesus.  Na sua transfiguração, Jesus foi transformado na presença de Pedro, Tiago e João (que representava ali a Igreja de Cristo que o veria glorificado), que viram a sua glória celestial, conforme Ele realmente era: Deus em corpo humano. A experiência da transfiguração foi um alento para Jesus ante a sua iminente morte na cruz; um comunicado aos discípulos (Igreja) de que Jesus teria de sofrer na cruz, mas ressuscitaria e uma confirmação por Deus que Jesus era verdadeiramente seu Filho, todo poderoso e suficiente para redimir a raça humana.

Mas por que apareceu ali Moisés e Elias? Isso tem um forte significado.

Moisés representava um primeiro período do povo de Israel como nação: o período da Lei. Por fim, Moisés representava a Lei. O que era Lei? Era (e é ainda) um conjunto de regras, estatutos e observações que o homem não podia cumprir integralmente. A Lei apenas apontava o erro e mostrava o pecado e a fraqueza humana perante Deus.

O povo de Israel (nação eleita) recebera a Lei, porém não a suportou ao longo da história, embora essa fosse a tradição cultural e religiosa de Israel mais expressiva (até aos dias de hoje). Em suma, o homem não ouvia a essência da Lei. Se tratando de entendimento espiritual (naquilo que representava a Lei) a humanidade não  assimilou, portanto, não ouviu.
Elias já representava um outro período da história espiritual do povo: o período dos profetas. A profecia, embora fosse de Deus e fosse plenamente válida para o momento, ela apontava erros. Ela indicava falhas. Nelas, muitas vezes, prescrevia ameaças.

Quando ouve a transfiguração, estavam juntos então Moisés (Lei), Elias (profecia) e Jesus (o cumprimento da Lei e das profecias), a expressão da GRAÇA de Deus.

“A Lei e os profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus” (Lucas 16:16).

Jesus não veio para apontar erros, mas para conceder o perdão e indicar o caminho. Jesus não estava ali para ser pesado como a Lei era, mas para ser manso e suave.

“Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve. 
Mateus” (Mateus 11:28-30).

Jesus não estava veio para apontar os nossos erros, mas veio para redimir a nossa alma e nos colocar no Caminho, na Verdade e na Vida.

A graça de Deus se cumpriu em Jesus. Ali no evento da transfiguração, Deus estava mostrando à Igreja (representada por Pedro, Tiago e João) que Jesus era maior que a Lei e que os profetas. Nele estava o cumprimento da Lei e nele estava a Profecia (o Messias). Para nós, resta uma importante profecia: Jesus vem (maranata)!

Interessante que, estando ali, Pedro, Tiago e João representando a Igreja de Deus, nos remete a uma coincidência ou, como prefiro acreditar, uma colocação profética: Pedro significava “fragmento da rocha” (petrus), Tiago é a versão grega para “Jacó” (Yakov = Tiago), que significa enganador. Tudo isso mostrava que a Igreja, a Obra redentora de Cristo seria composta por homens como nós: fragmentos sem importância, mas eleitos; pecadores e enganados pelo pecado, mas escolhidos para uma Herança. Por fim, João significa: “Deus é gracioso”. 

Embora esteja em nossa natureza pecaminosa e caída todos os adjetivos que, por muito tempo, nos manteve afastados do Senhor, Deus foi gracioso e nos enviou Jesus. Não para apontar os nossos erros e  sobrecarregar a nossa vida com encargos pesados, mas para, simplesmente, perdoar. Aleluia!

Pedro, na sua natureza de “fragmento de rocha”, no momento da transfiguração tomou a palavra e sugeriu: “bom é que estejamos aqui, ergueremos um tabernáculo (ou uma tenda) para ti, para Moisés e para Elias. Pedro ainda estava com a mente voltada para o deserto, para a tradição do povo. Deus não queria mais tabernáculos. Tendas e tabernáculos era somente para peregrinos que andavam pelos desertos. Deus queria o homem, a partir daquele momento, numa situação firme e estável diante dele. Com Jesus vivo e glorificado, não havia espaço para tendas e tabernáculos, mas para uma adoração íntima, em espírito e em verdade.

Quando Pedro, cheio de si, ainda falava, a voz de Deus foi ouvida. Deus foi enfático:
“Este é meu filho, na qual eu me alegro. A ele (somente) ouvi”.

Hoje, esse mesmo Jesus glorificado e exaltado fala à igreja. Ele se revela ao seu povo. Essa experiência não ficou limitada a um momento histórico como muitos (cheios de tradição) pensam. Jesus fala, alenta, se revela, caminha conosco, mostra sua glória, opera maravilhas, salva, cura, liberta.

Antes da experiência da transfiguração, Jesus chamou os três homens para um alto monte. Da mesma forma, Jesus tem nos chamado para um alto monte: o monte da sua santidade. Ele quer se revelar. Subir ao monte é se afastar do vale,  do lugar baixo, das gentes, da rotina do dia-a-dia e ter uma intimidade com Deus.

Ele quer te dar essa oportunidade. A Ele ouvi! Jesus é a expressão da graça de Deus.




Gabriel Felipe M. Rocha

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