terça-feira, 14 de julho de 2015

Uma necessária advertência (Gabriel F. M. Rocha)


SÍNTESE CRISTÃ

Refletindo sobre a Escritura, a fé e a conduta cristã!

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Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” (2 Tm 3. 1-5).
A alerta que Paulo faz a Timóteo (no texto acima) é pertinente, pois, o propósito de Paulo para com Timóteo era prepará-lo para exercer bem o ministério e administrar bem a igreja e as coisas de Deus. Portanto, as advertências e exortações nunca giravam em torno apenas de problemas de natureza doutrinária. Nem mesmo se pautava no cuidado que as igrejas deviam ter em relação aos falsos líderes. Tampouco, as perseguições políticas e religiosas eram o assunto principal entre os apóstolos. Havia também, como lemos aqui, a advertência para se afastar dos vaidosos, orgulhosos, soberbos. Dos homens e mulheres cheios de si. Inchados em seus orgulhos e obstinações. Por quê?
Porque esses são tão perigosos quantos aqueles líderes e falsos doutores que deturpavam a mensagem da cruz. Arrisco dizer que os vaidosos, orgulhosos, obstinados, presunçosos e avarentos são mais perigosos que os ataques e as perseguições frontais, pois esses são como o câncer que vai proliferando sua presença maligna. Como Paulo mesmo cita no texto, esses vaidosos, orgulhosos e cheios de si mesmo, são irreconciliáveis. Não aceitam a exortação. Não aceitam a doutrinação. São também invejosos. Querem estar por cima. Querem ter a razão. O vaidoso e orgulhoso quer ser os melhor e o “sabidão”. Ignora o verdadeiro conhecimento que parte do pressuposto da humildade e dependência. Nesses não podemos confiar, pois como Paulo mesmo diz, são traidores e mais amigos de seus deleites do que de Deus. São perigosos, pois – como também denuncia Paulo – eles têm aparência de piedade, mas negam a eficácia dela em suas vidas e ações diárias.
Portanto, para que possamos cuidar das coisas de Deus, servir a Deus melhor e viver um Evangelho autêntico, é necessário afastar-se desses. Mas creio que a advertência é bem mais que isso!
Não tenho dúvida alguma de que Paulo queria provocar em Timóteo (também) uma análise interior. Timóteo estava sendo preparado para exercer uma séria liderança em sua congregação. Portanto, era necessário não só se afastar desses, mas – jamais – ser como esses. Paulo chega a dizer a Timóteo: “mas tu, porém, tem seguido minha doutrina…”. Ou seja, “sua postura não condiz com a vaidade, o orgulho e soberba desses tantos”. Portanto, “permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido…”.
É comum alguns sentimentos de vaidade e orgulho tomarem nosso coração. Tem momentos que achamos que somos bons demais. Sabemos demais! Tem hora que assumimos uma convicção de que somos top demais e bons demais para fazer coisas tão simplórias… E a “bola de neve” começa a rolar… Se sou bom demais, pra quê visitar o irmão “zé”? Deixe que outro faça isso, ora… Para quê ir à escola bíblica? Para quê frequentar reuniões de capacitações pessoal se sou o “super capacitado”. E a “bola de neve” vai rolando… Daí começo com a soberba e termino na maledicência, ingratidão, traição, etc.
A vida cristã é o oposto disso tudo. Por quê? Porque o cristão para ser mesmo um discípulo, ele precisa renunciar a muitas coisas, negar a si mesmo, pegar a sua cruz e seguir o Mestre. Isso implica no esvaziamento de si mesmo. Logo, pegar a cruz implica fazer como Cristo fez: deixar Deus prosseguir com seu plano em nossas vidas. Foi isso que Cristo fez quando assumiu a cruz: deixou o Pai executar seu plano eterno. Não que Deus necessite de minha permissão (pois seus planos não podem ser frustrados), mas o cristão cheio do Espírito Santo, remido por Cristo, passa a entender a necessidade de ser guiado pelo Espírito e nunca pela carne.
Paulo mesmo faz tal distinção em Gálatas 5 entre os que são da carne e os que são do Espírito. Note que ele diz em Gl 5. 24 que os que são realmente de Cristo já crucificaram a carne a fim de viverem em Espírito. E, para viver em Espírito e frutificar pelo Espírito (Gl 5.22) é necessário o percurso da humildade, do esvaziamento, da dependência de Deus.
Portanto, a vaidade, o orgulho, a soberba, a arrogância, a obstinação desenfreada, e outras tantas obras da carne “bem alimentada” não pode levar o indivíduo ao Eterno lar de Deus. Antes, esses estão já condenados em seus delitos como Paulo diz a Timóteo.
Mas os que são de Cristo e são como Cristo estão crucificando a carne dia-a-dia, sofrendo as aflições de Cristo, esvaziando de si mesmos para viver uma vida abundante na presença de Deus.
A humildade e a submissão do cristão refletem o seu temor a Deus. Temor que, por sua vez, reflete uma vida obediente e solícita para as coisas de Deus. Essa é a verdadeira sabedoria! Não há orgulho e nem vaidade! Há a certeza de que estamos bem e estamos trilhando o caminho certo, mesmo com as adversidades próprias de nosso século.
“Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, Perseguições e aflições […]. Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:10-15).
Gabriel Felipe M. Rocha
Gabriel Felipe M. Rocha

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Reflexão de quem quer servir a Deus melhor (ou de verdade)


SÍNTESE CRISTÃ

Refletindo sobre a Escritura, a fé e a conduta cristã!


(Gabriel F. M. Rocha)
Quando Jesus dita a parábola do “bom samaritano” para um intérprete da Lei (Lc 10. 30-36), Ele queria fazer o magistrado olhar para além da teologia, da religião e da religiosidade. Como era esperado de um intérprete da Lei, aquele homem sabia muito sobre as Escrituras. Certamente ele conhecia bem os aspectos políticos, econômicos e sociais de sua nação também. Além de tudo isso, ele tinha uma excelente posição social e religiosa pelo título que carregava. Mas faltava para ele conhecer quem era o seu próximo!
O que é interessante nessa passagem bíblica é que, quando o intérprete da Lei testa Jesus perguntando sobre como herdar a vida eterna, Jesus pergunta ao mesmo sobre o que a própria Lei diz. Tipo: “você deve conhecer a resposta que está procurando, pois não é o conhecimento da Lei que define o seu título?”. E, como é esperado de um bom teólogo e conhecedor das escrituras, o homem respondeu corretamente:
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”.
Porém, existe um abismo enorme entre conhecer e praticar.
O homem, então, logo retruca: “quem é meu próximo?”
Não posso especular muito, mas creio que essa a segunda pergunta desse homem poderia partir de duas intenções básicas. Primeiro: ele realmente não sabia quem era o seu próximo. Segundo: ele talvez tenha perguntado: “quem é o meu próximo” no sentido de: “quem é semelhante a mim ou próximo a mim no que diz respeito ao meu conhecimento, meu magistrado e minha posição religiosa para que eu possa, de fato, chamar de ‘meu próximo? ’” Essa segunda hipótese supõe “o próximo segundo as minhas conveniências”, o que muitos têm conhecido. Exemplo: “Meu próximo é o que professa a mesma fé que eu professo!” e por aí vai…
Bem, na verdade tanto faz qual tenha sido a intenção real da pergunta daquele homem! As duas possibilidades significam a miséria da religião sem amor. Conhecer teologicamente a religião e não praticar a verdadeira religião é miséria e vergonha.
Será que a minha teologia e a minha missão têm partido do amor como única intencionalidade? Ou será que as intenções de meu coração são outras? Será que o muito estudar e conhecer só tem servido para alimentar o meu ego? Será que a minha missão tem servido para eu convencer a mim mesmo e aos outros de como bom e generoso eu sou? Será que ambas têm sido moedas de troca para fins superiores.
A verdadeira teologia é um bem em si mesmo, pois a verdadeira teologia (a Sã Teologia) supõe o amor. Conhecer a Verdade e o Bem e não conseguir amar é impossível! Conhecer a Deus e desprezar a sua vontade é condenação! Da mesma forma, a verdadeira missão é um bem em si mesmo. Fazer o bem porque ama é realizar-se com o próprio bem, sabendo que a missão é louvor a Deus e possibilidade de edificação do outro! Nunca o “eu” deve ser visto! Não mesmo!
A verdadeira teologia e a verdadeira missão é uma afronta ao ego. A verdadeira teologia transcende as letras e as teorias. A verdadeira Teologia vence as barreiras que a religião impõe. A verdadeira teologia deságua na missão. E a missão, por sua vez, é o sentido da verdadeira Teologia! Ambas são compostas pelo sentido da cruz. Isso mesmo: elas refletem a mensagem da cruz. Primeiro porque ela pede para o “eu” morrer para o Espírito guiar. Segundo, porque é nossa tarefa e nossa missão, como a cruz foi a missão de Cristo na terra. Eis, portanto a cruz! A Teologia como um relacionamento vertical entre Deus e eu vai de encontro com a missão que, tão logo, implica no relacionamento horizontal (eu e o próximo). A missão, portanto, dá sentido à Teologia e a torna eficaz.
Essa é a eficácia da mensagem da cruz: o “eu” está crucificado com Cristo e não vive mais. Mas Cristo vive em mim e a vida que agora vivo, eu vivo pela fé. Cristo vive em mim! Se Ele vive em mim, sua missão se estende por meio de mim.
Aquele homem conhecia muito, mas estava cheio de si e longe de Deus. Muitos estão longe de Deus! Eu também posso estar longe de Deus se tudo isso que escrevi até aqui for vazio de sentido e de amor…
Portanto, responder com clareza e com convicção “quem é o meu próximo” é impossível sem o pressuposto do amor. É possível amar e discernir o próximo sem religião e dogmas, mas é impossível servir o próximo sem amor. Por isso, diante de muitos fatos, eu creio que existem muitas teologias sem amor. Não quero que a minha seja uma delas…Não quero que minha missão seja vazia…
Quem conhece a Deus, de fato, o ama e quem o ama guarda os seus mandamentos. Quem ama a Deus serve o outro, pois reconhece o seu próximo.
A Sã Teologia triunfa na missão!
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quinta-feira, 2 de julho de 2015

A teologia reformada e sua importância para a igreja do século XX


SÍNTESE CRISTÃ

Refletindo sobre a Escritura, a fé e a conduta cristã!



Falar sobre a teologia reformada e sua importância para a igreja do século XXI, é muito difícil num único dia e com tão pouco tempo. Isto por que, devemos entender a teologia reformada como uma cosmovisão e não simplesmente como uma opinião esporádica dada aqui e ali.
Uma cosmovisão, tem a ver com a forma de compreender o mundo e as coisas a sua volta e as coisas que existem nele e que englobam seu governo, as questões sociais, políticas, econômicas, morais, governamentais, dentro de uma perspectiva na qual entendemos como protestantes, sobre o que Deus pensa sobre essas coisas.
Portanto, uma cosmovisão, não é simplesmente uma opinião discorrida sobre um assunto, mas é uma forma de entender o mundo e as coisas que nele existe, a luz do que Deus pensa sobre isso, a luz da revelação do próprio Deus, comunicada a nós nas Escrituras Sagradas.
Uma cosmovisão, é a percepção de se entender a respeito do universo a nossa volta, a luz da reinterpretação que fazemos da interpretação que Deus faz sobre as coisas que existem no mundo, usando óculos coloridos que são capazes de curar nossa icterícia.
Existem somente duas cosmovisões na estrutura de mundo em que fomos colocados;
a) Cosmovisão Cristã sobre o entendimento das coisas
b) Cosmovisão pagã a respeito das coisas
Elas são auto-excludentes e mostram o incontestável e invariável modelo de antítese estabelecido por Deus na maneira em que o Senhor elaborou a construção do mundo em categorias.
Portanto, o desenvolvimento da cosmovisão pagã que tem suas raízes no Éden após a queda humana, antes de mais nada, foi se desenvolvendo e sendo elaborada sobre pontos de vista filosóficos partindo de pressupostos naturalistas e humanistas no desenvolvimento da história da humanidade, mas sempre preso a um único sentido de cosmovisão.
A tentativa de estabelecer o relacionamento do homem tendo o próprio homem como ponto de contacto, o que sem dúvidas, demonstrou o fracasso existencial de gente tentando explicar sua existência, sem saber a origem e o começo de sua própria história. Il Ao pecar, o homem corta as folhas de figueiras, idéia de autonomia.
Infelizmente eu não tenho tempo para falar um pouco sobre a ciência e a filosofia humanista ou naturalista, e nem tempo para mostrar que os grandes cientistas clássicos fundamentavam sua visão, numa ótica criacionista como Bacon, Kepler, Copérnico, Descartes, Galileu e Newton.
O que eu desejo após essa breve explicação é tentar mostrar o quanto fomos influenciados por águas poluídas no decorrer de nossa história e o quanto, isso tem se caracterizado de forma maléfica no estabelecimento da igreja evangélica dos dias de hoje, que amarga, por causa de um desvio doutrinário destruidor que é a falta de conhecimento bíblico e das afirmações do que a bíblia significa para a igreja e porquê ela deve significar o que significa para a igreja.
O Enfraquecimento das Igrejas é devido:
A perda da convicção histórica de que o que as Escrituras dizem, Deus é quem diz gerou e desenvolveu no seio da igreja evangélica um câncer teológico em que a raiz dessa doença, estende-se por todas as partes, afetando todas as pessoas e a sua condição moral. Il Casamentos desfeitos, sexo antes do casamento, pornografia virtual etc.
James D. Smart escreveu um livro intitulado, The Strange Silence of the Biblie in the church (O Estranho Silêncio da Bíblia na igreja), o título é bastante sugestivo e nele, o autor mostra o problema do enfraquecimento das igrejas em nosso tempo. Não menos sugestivo e absolutamente relevante é o livro de Francis Schaeffer intitulado, A Igreja no Século XXI, em que o autor também aborda a tragédia em que a igreja se meteu após negociar valores invioláveis das Escrituras e dá algumas saídas alternativas para sairmos desse buraco.
Gostaria de mostrar rapidamente alguns aspectos que tem feito a igreja enfraquecer-se mais e mais em nossa época.
1) A debilidade da pregação numa perspectiva do anuncio simples da mensagem do evangelho como algo central na edificação da igreja e no crescimento espiritual e na conversão de novos membros. O pregador deveria se tornar um porta voz do texto, a ponto de como diz o Diretório de Westminster: “de maneira tal que seus ouvintes possam discernir como ensino vindo de Deus”.
A dúvida sobre o que a palavra de Deus é, tem feito muitos pregadores darem suas próprias interpretações ao texto sem considerar a mensagem central que o próprio texto aborda. Precisamos seguir o exemplo de Paulo e não o exemplo dos super evangelistas, apóstolos e missionários que tem pregado a mensagem da prosperidade sendo que a vida da igreja encontra-se num profunda e densa miséria. Observem o que Paulo diz em 1Co15.3-4.
Paulo ainda interpreta a mensagem do AT sobre a ressurreição e deixa claro qual o espaço que essa mensagem já há muito abandonada deve ocupar em nossa vida At24.14-15.
2) A perda da convicção sobre a verdade divina da Bíblia, fato que também tem minado o ensino das Escrituras. Num mundo de incertezas e inverdades, em que já não há absolutos morais, em que o cavalinho de balanço impôs sua filosofia humanista relativizando o conceito de certo e errado, serviu de brecha dentro da própria teologia a partir do final do século XIX com a alta crítica deixando as pessoas em dúvida sobre o que realmente é verdade ou não.
Disso surgiram tentativas antropocêntricas de explicar a morte de Cristo, banalizando o sentido de atos históricos demonstrados dentro da história pelo grande e poderoso Deus dando então uma visão mitológica e existencial para aquilo que era tido como incontestável. A igreja perdeu a razão e a relevância de ser, quando perdeu a sua identidade como portadora da mensagem revelada e verdadeira de Deus. Il Fidelis, Gn1-11 é mito.
Nossas convicções devem voltar com rápida urgência exatamente porque a própria Escritura deixa claro, a verdade como algo verificável por nós numa dimensão sobrenatural. As escrituras são a revelação sobrenatural de Deus e podemos conhecê-la de forma sobrenatural somente na medida em que Deus se revela a nós sobrenaturalmente, portanto, como servos de Deus temos a incumbência de com convicção falar das coisas com a mais absoluta certeza. Lc 1.1-4. Em seu livro intitulado: A Inspiração e a Autoridade da Bíblia, Benjamin Warfield, diz: “ A religião da Bíblia, portanto, anuncia-se não como o produto da busca de Deus por parte dos homens, se, porventura, eles o pudessem sentir e encontrar, mas como a criação, nos homens, do Deus gracioso, formando um povo para si que possa manifestar seu louvor”. A bíblia é a verdade de Deus nunca descreia disso, ela é a grande revelação de Deus ao povo.
3) A incerteza sobre a veracidade do ensino bíblico, tem enfraquecido a fé das pessoas. A devoção religiosa só tem sentido na perspectiva de agradar a Deus, se ela expressa a fé verdadeira, do contrário é pura superstição. At17.22, Rm14.23.
De acordo com o apóstolo Paulo, fé significa a sujeição da mente e da consciência à palavra de Deus reconhecida como tal Rm10.17, 1Co2.1-5, 2Ts2.13. Quando a fé deixa de existir entramos no caminho movediço da incerteza sobre o que é a palavra de Deus.
Infelizmente grande parte da devoção nas igrejas evangélicas em nossos dias é obscura, superficial, ansiosa, triste e terrivelmente mística, pelo simples fato de as pessoas terem deixado para trás os fundamentos da fé, algo que influenciou diretamente o enfraquecimento teológico e conseqüentemente moral em nossos arraias cristãos.
A incerteza acabou gerando medo de assumirmos posturas sérias que exigem uma tomada de posição alicerçada na fé de que o que fazemos é firmado na vontade de Deus revelada nas Escrituras Sagradas, coisas que os irmãos outrora não tinham. A história de um dos patriarcas fundadores dos EUA é magnífica, para entendermos o que o temor de assumirmos a verdade das Escrituras como revelação de Deus tem gerado de ruim na igreja de hoje.
Il. Os fundadores dos EUA entendiam bem ainda que em graus variados, a relação entre cosmovisão e governo. John Witherspoon 1723-1794, um ministro presbiteriano na época foi o primeiro e único pastor a assinar a declaração de Independência dos EUA. Ele foi presidente da antiga faculdade de Nova Jersey, atual Universidade de Princeton.
Witherspoon foi um homem cristão importantíssimo para sua época, durante a fundação de seu país e isso pelo simples fato de ele ter conectado o pensamento cristão com os conceitos de governo baseados na Escritura Sagrada e no livro de Samuel Rutherford, Lex Rex.
O livro de Rutherford foi sem dúvida fundamental na elaboração e fortalecimento do conceito desse pastor que ajudou na elaboração de conceitos tidos como inalienáveis tanto pra época quanto para os dias de hoje. Samuel Rutherford nasceu em 1600-1661, ao escrever seu famoso livro Lex Rex, em 1644 ele queria dizer e o seguinte: A lei é Rei, uma frase que causou grande abalo. E vocês sabem por quê?
Em seu livro ele escreveu que a lei, e mais ninguém, é rei. Portanto as cabeças do governo sejam eles que forem, estavam sujeitos a lei. Antes disso era rex Lex, o rei é lei, o que significava que o rei estava acima da própria lei. Tanto Witherspoon quanto Rutherford foram homens que creram que a palavra de Deus abordava temas sobre coisas que envolviam a vida do homem de maneira plena em todos os campos e departamentos. Creram nas Escrituras como palavra de Deus e isso, foi fundamental na formação de uma nação que teve sob princípios cristãos a compreensão de que somente se sujeitando ao Deus das Escrituras, eles poderiam construir um mundo melhor. Leiam se puderem: Manifesto Cristão.
Quando ouvimos dizer sobre: Certos direitos inalienáveis, essa frase incrível, não pense que quem dá esses direitos é o estado ou o governo. Tanto o Estado quanto o Governo são peças mutantes de nossa sociedade, por isso, eles não podem garantir nada, ao contrário no decorrer da história vimos os governos tirarem alguns direitos que tínhamos.
Quem então pode garantir os direitos? Somente aquele que concedeu esses direitos, por isso, uma nação que nasce fundamentada sob essa perspectiva é capaz de lutar sempre enquanto tiver as Escrituras em suas mãos, para o bem estar do povo. Calvino, Institutas Livro 1, cap VI, pg 71 diz: “Exatamente como se dá com pessoas idosas, ou enfermas dos olhos, e tantos quantos sofram de visão embaçada, se puseres diante delas mesmo um vistoso volume, ainda que reconheçam ser algo escrito, contudo mal poderão ajuntar duas palavras: ajudadas porém, pela interposição das lentes, começarão a ler de forma distinta. Assim a Escritura, coletando-nos na mente conhecimento de Deus que de outra sorte seria confuso, dissipada a escuridão, nos mostra em diáfana clareza, o verdadeiro Deus.”
Quando os fundadores americanos disseram, “Em Deus Confiamos”, não havia nenhuma confusão naquilo que estavam querendo dizer. Eles entendiam e reconheciam publicamente que a lei poderia ser rei porque havia alguém que tinha dado a lei, existia alguém que deu direitos inalienáveis. Por isso enfraquecemos hoje como igreja, porque não temos a fé necessária, para enfrentarmos os leões, que rosnam a nossa volta, e que desonram a palavra de Deus.
Homens no passado morreram por suas certezas e viveram demonstrando fé inabalável na palavra de Deus e nas promessas que os seguiriam. A igreja evangélica de hoje nem mesmo sabe no que deve crer a respeito do Deus que se revela na bíblia. At7, Estevão, o grande mártir, Fl3.20. Uma coisa é fato, o fundamento apostólico e profético é o alicerce e a base, para que a igreja exista, portanto, como igreja de Cristo, devemos crer na sua inteira infalibilidade e não temer os lobos que se levantam tentando distanciar-nos da verdade revelada de Deus que é a bíblia Ef2.20.
4) O pensamento confuso sobre o que pensar e crer da bíblia e o desencorajamento que isso causa na vida da igreja. Há igrejas em que nem mesmo incentiva seus membros a levarem sua bíblia em momentos de culto. Somos nascidos da reforma protestante, e nossos irmãos do passado lutaram contra um clero que queria manter as pessoas na ignorância.
Colocar a bíblia no vernáculo foi um dos grandes desafios de Lutero, Calvino, William Tyndale e outros, pois fazendo assim, eles entendiam que o povo teria acesso muito claro sobre o que pensar sobre o pensamento de Deus claramente manifesto nas Escrituras. Naquela época a igreja sentiu o peso de sua carta de alforria e cresceu e se fortaleceu, lutando suas batalhas contra o catolicismo romano que governa a mente dos homens, levando-os a pensar que a igreja era a autoridade última sobre o que era verdade ou não, referente a palavra de Deus.
Calvino, Institutas Livro 1 capVII, pg 76 diz: “Portanto, mui fútil é a ficção de que o poder de julgar a Escritura está na alçada da igreja, de sorte que se deva entender que do arbítrio desta, a igreja, depende a certeza daquela, a Escritura.” Uma das grandes obras da reforma foi colocar a bíblia nas mãos do povo para que este saísse das trevas, hoje o povo tem a bíblia e está nas trevas por não fazer uso dela da maneira correta, agindo como os crentes de Bereia At17.2 e entender que podemos através da iluminação do Espírito Santo, conhecer a bíblia pela bíblia.
Nos dias de hoje, não há por parte da igreja católica nenhuma opressão no que diz respeito à reivindicação de que eles são os determinadores do que é a verdade bíblica ou o que não é, isso por que hoje não precisamos mais disso, infelizmente não usamos mais a Escritura da forma devida, o que significa, que a luz outrora apresentada a nós, foi com o tempo se apagando de nosso contexto evangélico.
Isso não quer dizer que a igreja católica ainda não creia que são os detentores da autoridade máxima em relação a bíblia, um teólogo católico romano chamado John Eck disse: “ As Escrituras não são autênticas, a não ser pela autoridade da Igreja”. O Papa Pio IX por ocasião do Primeiro Concílio Vaticano, em 1870 disse: “Eu sou a tradição”. Sola Scriptura, Robert Godfrey pg24.
Muitos líderes evangélicos hoje, infelizmente agem da mesma forma, trazem para si a autoridade absoluta de ensinar as Escrituras como fazia a parte do magistério da igreja, e muitos dos membros da igreja, desprezam as Escrituras e não mais lêem e se dedicam no conhecimento como deveriam. Conseqüentemente isso gera uma total descaracterização da igreja em decorrência do fato dela ter perdido o seu sentido bíblico.
O protestantismo se levantou no século XVI em reação as alegações de que a igreja seria a grande e única interprete da bíblia, juntamente com seus magistrados. A tradição da igreja era colocada no mesmo pé de igualdade da palavra de Deus, fato que foi contestado pela reforma descobrindo inclusive os reformados que a tradição, contradizia a própria bíblia.
O fato de não mais precisarmos de uma luta aguerrida contra o catolicismo romano, está associado, ao fato de nos dias de hoje, termos abandonado a própria palavra de Deus como fundamento básico de nossa comunhão com Deus e do nosso conhecimento de Deus. Mt22.29, esse é um dos pontos mais sérios em relação a morte dos evangélicos nos dias de hoje, o que acarreta grande prejuízo para a igreja de Cristo. Leiam a bíblia ouçam com atenção o que lhes está sendo ensinado, porém, examinem as Escrituras assim como o próprio apóstolo João disse em Jo 5:32.
SINTESE CRISTA original  kaka
Rev. Nelson/ Igreja Presbiteriana Betânia

A Declaração de Cambridge





As igrejas evangélicas de hoje estão cada vez mais dominadas pelo espírito deste século em vez de pelo Espírito de Cristo. Como evangélicos, nós nos convocamos a nos arrepender desse pecado e a recuperar a fé cristã histórica.
No decurso da História, as palavras mudam. Na época atual isso aconteceu com a palavra evangélico. No passado, ela serviu como elo de união entre cristãos de uma diversidade ampla de tradições eclesiásticas. O evangelicalismo histórico era confessional. Acolhia as verdades essenciais do Cristianismo conforme definidas pelos grandes concílios ecumênicos da Igreja. Além disso, os evangélicos também compartilhavam uma herança comum nos “solas” da Reforma Protestante do século 16.
Hoje, a luz da Reforma já foi sensivelmente obscurecida. A conseqüência foi a palavra evangélico se tornar tão abrangente a ponto de perder o sentido. Enfrentamos o perigo de perder a unidade que levou séculos para ser alcançada. Por causa dessa crise e por causa do nosso amor a Cristo, seu evangelho e sua igreja, nós procuramos afirmar novamente nosso compromisso com as verdades centrais da reforma e do evangelicalismo histórico. Nós afirmamos essas verdades e não pelo seu papel em nossas tradições, mas porque cremos que são centrais para a Bíblia.
SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.
Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.
A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.
A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.
Tese 1: Sola Scriptura

Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.
SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo

À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.
Tese 2: Solo Christus

Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.
SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho

A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.
Tese 3: Sola Gratia

Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.
SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial

A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.
Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.
Tese 4: Sola Fide

Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.
SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus

Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, o­nde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.
Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.
Tese 5: Soli Deo Gloria

Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.
Um Chamado ao Arrependimento e à Reforma

A fidelidade da igreja evangélica no passado contrasta fortemente com sua infidelidade no presente. No princípio deste mesmo século, as igrejas evangélicas sustentavam um empreendimento missionário admirável e edificaram muitas instituições religiosas para servir a causa da verdade bíblica e do reino de Cristo. Foi uma época em que o comportamento e as expectativas cristãs diferiam sensivelmente daquelas encontradas na cultura. Hoje raramente diferem. O mundo evangélico de hoje está perdendo sua fidelidade bíblica, sua bússola moral e seu zelo missionário.
Arrependamo-nos de nosso mundanismo. Fomos influenciados pelos “evangelhos” de nossa cultura secular, que não são evangelhos. Enfraquecemos a igreja pela nossa própria falta de arrependimento sério, tornamo-nos cegos aos pecados em nós mesmo que vemos tão claramente em outras pessoas, e é indesculpável nosso erro de não falar às pessoas adequadamente sobre a obra salvadora de Deus em Jesus Cristo.
Também apelamos sinceramente a outros evangélicos professos que se tenham desviado da Palavra de Deus nos assuntos discutidos nesta declaração. Incluímos aqueles que declaram haver esperança de vida eterna sem fé explícita em Jesus Cristo, os que asseveram que quem rejeita a Cristo nesta vida será aniquilado em lugar de suportar o juízo justo de Deus pelo sofrimento eterno e os que dizem que os evangélicos e os católicos romanos são um em Jesus Cristo, mesmo quando a doutrina bíblica da justificação não é crida.
A Aliança de Evangélicos Confessionais pede que todos os crentes dêem consideração à implementação desta declaração no culto, ministério, política, vida e evangelismo da igreja.
Em nome de Cristo. Amém.
Aliança de Evangélicos Confessionais.
Cambridge, Massachusetts
20 de abril de 1996.


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Fonte:
REFORMA HOJE: Uma convocação feita pelos evangélicos confessionais
Autores: James M. Boice, Gene Edward Veith, Michael Horton, Sinclar Ferguson e outros
Editora Cultura Cristã
Reproduzido com Autorização