O nome Saulo de Tarso num breve comentário
“Todavia, Saulo, também
chamado Paulo…” (At 13.9)
Sempre
temos falado da mudança do nome de Saulo para Paulo e que Saulo significa
“grande”. No entanto, o que realmente nos ensina a Bíblia a respeito desse caso
e quais as bases para tal afirmação?
Primeiramente,
Saulo não significa grande:
Saulo : Bíblico: “Maneira Grega De Escrever Saul”. Vários Foram Os Personagens Do Novo Testamento
Com Este Nome, Entre Eles O Apóstolo Paulo.
Saul :Bíblico: “Solicitado”. Reinou Em Israel.
A
verdade é que em nenhum lugar das Escrituras encontramos menção de Paulo ter
mudado de nome. O que a Bíblia diz é o seguinte: “Todavia, Saulo, também chamado Paulo…” (At
13.9). Até este versículo, o apóstolo é chamado (no
registro da Palavra de Deus) de Saulo; a partir de então passa a ser chamado de
Paulo. E, na hora da mudança, Lucas, o autor da narrativa diz que Saulo TAMBÉM
era chamado Paulo. Ou seja, não houve uma troca
de nomes, o que de fato a Bíblia diz era que ele tinha DOIS
NOMES DIFERENTES, fato comum para um judeu que também tinha
cidadania romana, como era o caso de Paulo (At
16.37,38 e 22.25,26). Saulo era o nome hebraico;
enquanto a Bíblia retrata a relação do apóstolo com os judeus, este nome
aparece – mesmo depois da conversão (o que indica que o nome não mudou por
causa da conversão). Entretanto, quando enviado juntamente com Barnabé em sua
viagem missionária aos gentios, o escritor de Atos menciona que Saulo TAMBÉM
era chamado Paulo, seu nome romano e de relacionamento com os gentios.
Este
é o mesmo caso de Silas,
companheiro de viagens de Paulo, que também era chamado de Silvano
(ver 2Co 1.19; 1Ts 1.1 e At 15.22-40; 16.19; 17.15;
18.5). E, alguns acreditam que a variação do nome João
e Marcos (companheiro de
viagem de Paulo e Barnabé) tenha o mesmo motivo (At
12.12,25).
Então,
vejamos que podemos considerar Saulo o grande de maneira analógica a condição
de Saul. Saul era vaidoso, obstinado, arrogante, senhor de si mesmo. Saulo
antes da conversão no mínimo era obstinado e senhor de si mesmo. Era uma
autoridade farisaica o que vem a corroborar na sua condição de superior aos
seus semelhantes. Saulo/ Paulo mesmo diz que era fariseu de fariseu (religioso
extremista). Seu zelo excedia ao de muitos nisso tudo Saulo era grande no seu orgulho.
Pra Igreja,então,
estabelece a sua condição nova. A nova criatura em Cristo Jesus precisava agora
ser identificada diante da Igreja não mais como o presunçoso e orgulhoso Saulo,
mas Paulo... o servo menor. Na OBRA do
ESPÍRITO SANTO, somos mordomos, menores e não donos, grandes e “senhores de nós
mesmos”. A vida agora é “vivida pela fé”, regida pelo Espírito Santo. E de fato
Paulo significa “de baixa estatura”,
mas no espiritual já havia alcançado a estatura de “varão
perfeito”. O nome Paulo identificava plenamente a nova
condição do servo devedor. A posição de
mordomia agora a ele confiada. Seu nome agora já num era apenas uma metáfora,
mas traduzia fielmente a posição do servo diante de Deus.
Observemos
a condição de Israel. Saul era rei e reinava segundo seus interesses. Ele não
era governado, mas governava. Então presenciamos a providência de Deus.
Profética, pois estava declarada na eternidade. O eleito do Senhor subiria ao
trono. Aquele que estaria ali pra ser governado e não governar. “Achei
a Davi varão segundo meu coração”. Saul precisou
sair por que ele representava o governo humano, o governo do povo. Quando
Samuel entristeceu com o povo, o Senhor lhe confortou. Saul representa uma
mente dominada pela sua própria razão. Davi ao contrário aprendera a depender
do Senhor. Nessa analogia vemos a própria transformação de Saulo. A razão
religiosa, a vaidade precisava sair e dar lugar “ao
varão segundo meu coração”.
Então,
finalmente, o que realmente conta é uma vida transformada pelo Poder de Deus.
Uma vida que, em suas atitudes, representem um testemunho fiel da nova vida
gerada pela revelação (luz) do Senhor na sua vida.
Comentário
de: Pr. David Cristiano/ I.C.M- Caratinga-MG (26/10 /2011). Fiz apenas alguns
acréscimos.
Paz!
Gabriel
Felipe
Um comentário:
Amém, irmão, é importante aniquilar alguns mitos bíblicos mesmo que insistem em fazer parte de nossas pregações. Cultura bíblica deve ser genuínamente correta e fundamentada. Guilherme Campos
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