O "PROJETO DE MICA" 2ª PARTE

Observação: Para que 2ª parte seja bem entendida, necessário é ler a 1ª parte: O “PROJETO DE MICA” (logo acima)

“E havia um moço de Belém de Judá, da tribo de Judá, que era levita, e peregrinava ali. E este homem partiu da cidade de Belém de Judá para peregrinar onde quer que achasse conveniente. Chegando ele, pois, à montanha de Efraim, até à casa de Mica, seguindo o seu caminho. Disse-lhe Mica: Donde vens? E ele lhe disse: Sou levita de Belém de Judá, e vou peregrinar onde quer que achar conveniente. Então lhe disse Mica: Fica comigo, e sê-me por pai e sacerdote; e cada ano te darei dez moedas de prata, e vestuário, e o sustento. E o levita entrou”

 

Amém, amados, continuando o nosso assunto: O “projeto de Mica”, vemos que o jovem levita, então, buscou em sua peregrinação a COMODIDADE.

Muitos que buscam a comodidade espiritual e associam-na com a comodidade material (busca por valores), encontram respostas imediatas ao desejo na qual é escravo. O jovem levita encontrou a casa de Mica.

Quem era Mica? Mica era um homem idólatra que carregava no seio de sua família uma espiritualidade maligna. Sua casa, como informa a Bíblia, se tornou uma “casa de ídolos”.

Hoje a situação espiritual (até mesmo do Cristianismo com o rótulo de ‘evangélico’) de muitos não está diferente. Hoje vemos nas igrejas e na vida de muitos o culto ao ídolo. Seja na religiosidade e idolatria a semideuses (santos e outros), seja no culto ao corpo, ao dinheiro, ao homem (líder) etc.

A situação descrita na Palavra era: “naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos” (Juízes 17:6).

A situação do mundo em que vivemos, como disse, não está diferente. Não há “rei” (Jesus) em muitos lugares e fazem o que “parece” direito, ou seja: peregrinam em vários caminhos e atalhos buscando comodidade e se ausentam de qualquer compromisso com Deus e com o profético.

Mica significa: “quem é semelhante a Jeová?”. O que é semelhante não é o verdadeiro. O que vemos hoje? Heresias sem fim, desvio da VERDADE (Jesus é a verdade). O homem está brincando com a Graça e faz dela um banquete de conveniências onde o adorado não é Deus, mas sim o ídolo de sua casa, ou seja: a si próprio, seus planos, suas razões, suas convicções, etc.

Como o caminho do jovem levita não era maio o caminho do Espírito Santo, ele logo encontrou Mica.

Mica perguntou: “de onde vens?” O jovem respondeu: “Sou levita, de Belém, mas decidi peregrinar a fim de achar comodidade”. Ele estava decidido.

Muitos são reféns de seus desejos e de suas mentes, não perseveram na fé e se deixam levar por conversas e acusações do inimigo que pões a fé em questionamento e, a apostasia (resultado da não permanência no projeto), os leva para o alvo da carne. Caem na operação do erro, assim como foi com o rei Saul.

Mica disse: “fica comigo”. Este é o desejo do nosso adversário: a troca de valores. Não quer a Obra de Deus? Fica com Mica! Mica achou a pessoa certa:

“...cada ano te darei dez moedas...” – o jovem levita optou agora pelo ministério profissional, pois a Herança profética já não tinha valor algum para ele. As pessoas saem do nosso meio, na verdade, procurando satisfazer desejos e não conseguem controlar seus desejos e nem suas mágoas. Saem e desprezam com facilidade o que viveu enquanto estavam no projeto de Deus.

“farei-te pai e sacerdote”- O jovem levita, antes era um servo do Senhor Deus, seu trabalho era humilde (ser levita exigia submissão total a Deus e á lei), mas agora (com Mica) ganhou títulos. “Agora eu sou Pastor”, “agora eu sou líder do louvor”, “me tornei teólogo...”, “quem manda sou eu”, “agora eu prego”, “sou apóstolo”, “sou bispo”,etc. Não é mais mordomo, se tornou dono de seu ministério. Sua prática ministerial tinha um preço.

Irmãos, o nosso chamado não mudou. Fomos chamados para “levar a Arca” até o fim. Esse é o nosso gozo: servir ao Deus que nos ama e que nos resgatou com alto preço.

Na OBRA do Espírito Santo, temos o alimento espiritual (o Pão de Belém), temos Jesus vivo e glorificado. Em “Belém”, Jesus nasce em nossos corações (se revela) a cada amanhecer e o servimos com humildade cuidando daquilo que não é nosso, somos mordomos e devedores e não credores obstinados. No projeto eterno de Deus, somos participantes de uma herança profética que não se compara com qualquer glória terrena. Não herdamos a letra e nem a doutrina de homens, mas herdamos a Palavra Revelada, Na Obra do Espírito Santo não peregrinamos sem direção, mas somos guiados e, fazemos sempre a vontade de nosso Senhor. Com Deus, temos a disposição de servir.

Com Mica é diferente: lá você desfaz da experiência com o Deus vivo e nega tudo que viveu por intermédio do Espírito Santo com muita facilidade, em Mica você encontra comodidade e a doutrina vai de encontro com a sua subjetividade corrompida. Com Mica, você é sustentado com o pão material e vive da letra sem compreender seu teor profético.

Mica também ofereceu “vestuário”- Troca de valores. A salvação profética é trocada por “outra” salvação.

O jovem levita decidiu ficar: “e o levita entrou”- Entrou definitivamente à casa de Mica para viver um Evangelho “semelhante”, uma obra “parecida”, porém miserável e indigna por não incluir a HERANÇA PROFÉTICA.

Sempre houveram dois caminhos. Qual você tem escolhido?

“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; PORÉM EU E A MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR” (Js. 24:15)

A paz do Senhor Jesus a todos!

Gabriel Felipe M. Rocha