sábado, 2 de janeiro de 2016

O propósito de nosso chamado (da série: meditação em Efésios)

Não é fácil ser Cristão de verdade! Definitivamente, nosso chamado não implica algum sossego ou plena paz (pelo menos por agora). Não obstante a graça maravilhosa que nos resgatou e a esperança firme que nos caracteriza como cristãos e salvos, nosso chamado é para a morte, para a renúncia, para o serviço, para a oposição, para a exposição pessoal, para o possível vitupério em diversas situações, etc.

Dizer-se eleito, afirmar-se salvo, intitular-se cristão e atribuir a si mesmo características evangélicas são atitudes que não podem ser tão simples a ponto de subsistirem apenas no âmbito das palavras. A nossa eleição é evidenciada pela nossa atuação, nossa ação. O meu cristianismo é mais o que eu faço do que o que eu digo. Nossa vida precisa evidenciar a mensagem que nos salvou. Precisamos nos aderir seriamente ao nosso chamado e fazer firme nossa vocação, pois isso dará prova, razão e testemunho de nossa fé e de nossa salvação.

Você que é cristão, freqüenta alguma igreja, carrega uma Bíblia, etc., sabe para quê foi chamado? Entende o objetivo da sua eleição? Pode evidenciar os reais motivos de ser um “escolhido de Deus”?

Sobre isso, Paulo fala em Efésios 1.

Deus elegeu o seu povo antes da fundação para que o mesmo fosse santo, irrepreensível perante ele. Em amor, Deus predestinou soberanamente cada um e, em momentos específicos, chamou cada um para que todos fossem filhos por meio de Jesus Cristo, pelo qual temos a remissão de nossos pecados. Portanto, nós fomos chamados para vivermos distantes do pecado, embora o pecado habite em nossa antiga natureza.
Não obstante a velha natureza pecadora e inimiga de Deus, o Eterno nos elegeu para sermos santos, dando a cada um de nós subsídios necessários para assumirmos em nossa vida a nova natureza, pois Cristo nos revestiu de novidade de vida e fez de cada um – por seu sangue – "nova criatura" para o louvor e para a glória de Deus. Recebemos a plenitude do Espírito Santo para que, regenerados e frutificados, venhamos nos portar dignamente conforme quer o nosso Pai que, em Cristo, adotou-nos eternamente.

Não é uma questão de sinergia, mas de evidenciar em nossa vida aquilo que Deus fez e garantiu para mim e você em Cristo Jesus.

Precisamos, então, saber, conhecer (para praticar) qual é a esperança do nosso chamamento, qual é a riqueza de sua glória da sua herança, qual é a grandeza e a eficácia do seu poder. Pois, se pela grandeza da graça de Deus, Cristo (sendo Deus) ressuscitou, agora eu e você, que morremos para o pecado, podemos ressurgir para uma nova vida cuja finalidade é sermos agradáveis a Deus em tudo e cumprir toda a sua vontade santa enquanto igreja do Senhor.
Somos a Igreja de Deus. Cristo é o cabeça da Igreja (Ef. 4.15)! É o Senhor nosso! Se nós somos, de fato, igreja e noiva de Cristo, que andemos, pois, conforme o Cabeça da Igreja, a saber, conforme o próprio Cristo.

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra [...]” (v.3-10);


“[...] Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais,
acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (v. 16-23).

Gabriel F. M. Rocha

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