Não
é fácil ser Cristão de verdade! Definitivamente, nosso chamado não implica algum sossego
ou plena paz (pelo menos por agora). Não obstante a graça maravilhosa que nos
resgatou e a esperança firme que nos caracteriza como cristãos e salvos, nosso
chamado é para a morte, para a renúncia, para o serviço, para a oposição, para
a exposição pessoal, para o possível vitupério em diversas situações, etc.
Dizer-se
eleito, afirmar-se salvo, intitular-se cristão e atribuir a si mesmo
características evangélicas são atitudes que não podem ser tão simples a ponto
de subsistirem apenas no âmbito das palavras. A nossa eleição é evidenciada
pela nossa atuação, nossa ação. O meu cristianismo é mais o que eu faço do que
o que eu digo. Nossa vida precisa evidenciar a mensagem que nos salvou.
Precisamos nos aderir seriamente ao nosso chamado e fazer firme nossa vocação,
pois isso dará prova, razão e testemunho de nossa fé e de nossa salvação.
Você
que é cristão, freqüenta alguma igreja, carrega uma Bíblia, etc., sabe para quê
foi chamado? Entende o objetivo da sua eleição? Pode evidenciar os reais
motivos de ser um “escolhido de Deus”?
Sobre
isso, Paulo fala em Efésios 1.
Deus
elegeu o seu povo antes da fundação para que o mesmo fosse santo,
irrepreensível perante ele. Em amor, Deus predestinou soberanamente cada um e,
em momentos específicos, chamou cada um para que todos fossem filhos por meio
de Jesus Cristo, pelo qual temos a remissão de nossos pecados. Portanto, nós
fomos chamados para vivermos distantes do pecado, embora o pecado habite em
nossa antiga natureza.
Não
obstante a velha natureza pecadora e inimiga de Deus, o Eterno nos elegeu para
sermos santos, dando a cada um de nós subsídios necessários para assumirmos em
nossa vida a nova natureza, pois Cristo nos revestiu de novidade de vida e fez
de cada um – por seu sangue – "nova criatura" para o louvor e para a
glória de Deus. Recebemos a plenitude do Espírito Santo para que, regenerados e
frutificados, venhamos nos portar dignamente conforme quer o nosso Pai que, em
Cristo, adotou-nos eternamente.
Não
é uma questão de sinergia, mas de evidenciar em nossa vida aquilo que Deus fez
e garantiu para mim e você em Cristo Jesus.
Precisamos,
então, saber, conhecer (para praticar) qual é a esperança do nosso chamamento,
qual é a riqueza de sua glória da sua herança, qual é a grandeza e a eficácia
do seu poder. Pois, se pela grandeza da graça de Deus, Cristo (sendo Deus)
ressuscitou, agora eu e você, que morremos para o pecado, podemos ressurgir
para uma nova vida cuja finalidade é sermos agradáveis a Deus em tudo e cumprir
toda a sua vontade santa enquanto igreja do Senhor.
Somos
a Igreja de Deus. Cristo é o cabeça
da Igreja (Ef. 4.15)! É o Senhor nosso! Se nós somos, de fato, igreja e noiva
de Cristo, que andemos, pois, conforme o Cabeça da Igreja, a saber, conforme o
próprio Cristo.
“Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte
de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu,
nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante
ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de
Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de
sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a
redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua
graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e
prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito
que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude
dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra [...]” (v.3-10);
“[...]
Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para
que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito
de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do
vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a
riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu
poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual
exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à
sua direita nos lugares celestiais,
acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (v. 16-23).
acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (v. 16-23).
Gabriel F. M. Rocha
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