segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O AMOR AO PECADOR


O AMOR AO PECADOR
(e os limites que nos são traçados ante o não - arrependimento)

[...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo [...]” (Mc. 12:31)

 

Bem, qual é a função da Igreja? Levar ao mundo o AMOR de JESUS CRISTO. Como? Em amor, no mesmo amor, demonstrando amor. É com extremo amor ao próximo que vivemos de VERDADE O Evangelho de Cristo, pois, não é verdade que nós amamos a nós mesmos em extremo? Temos um imenso cuidado conosco mesmo e, nesse cuidado todo, nos esquecemos que somos tão pecadores quanto o nosso "próximo". A prática do Evangelho e o amor. É difícil? É! Temos falhado nisso? Temos! Mas amar ao próximo é requisito inegociável para Deus. Não amar ao outro é desobediência, pois o amor ao próximo é um MANDAMENTO que foi  revelado na pesoa de CRISTO. Se Cristo nos perdoou, como negaremos perdão?

Amar ao próximo não implica amar somente o “próximo a você”, como o familiar, amigo, filhos, etc.(seria muito fácil). Mas implica também amar o pecador. É isso mesmo! Até aquele que vive dentro da igreja se fazendo de Cristão e não “larga” o pecado e vive de mentira e falsidade semeando contenda e “pseudoarrependimento”. É amar aquele vaidoso(a) que não quer compromisso nenhum com Deus , mas vive dentro da igreja disseminando “veneno” e carnalidade. É difícil , mas é tarefa nossa!

 

“Isto é o meu corpo que por é dado...Este cálice é o Novo Testamento...fazei em memória de mim” (Lc. 2219-20).

Jesus, quando compartilhou conosco de sua ceia (dos elementos pão e vinho), nos deixava uma responsabilidade. Naquele momento o ministério dEle havia sido transferido para a sua Igreja, a saber, nós mesmos (cristãos). Ele nos amou com inefável amor. Que responsabilidade grande nós recebemos!

Porém Ele sabia que não éramos como Ele era. Pois seu amor era divino e quem somos nós para amar com  tamanho amor? Seria uma pretensão absurda. Mas a nossa tarefa não se torna extinta nesse argumento, embora aceito ao se tratar de nossa condição HUMANA e corrupta.

“... não há um justo, nenhum sequer” (Rm. 3:10)

Mas o CORPO de Cristo é santo! Nele não há pecado. Nós como “igreja” somos pecadores, mas o Corpo é irrepreensível, pois é o Corpo santo de Jesus. Nós isoladamente somos pecadores e falhamos no amor, mas no Corpo, fazendo e realizando a VONTADE DO ESPÍRITO SANTO, somos feitos Filhos de Deus e livres da condenação (Rm. 8:14).

Portanto, não temos condição de mantermos amor semelhante ao de Deus, mas tentamos. O problema é quando alguns não querem receber deste amor e ACUSAM  os outros de “sem misericórdia”, “sem amor”, “falso cristão”, etc.

Mas quando olhamos para a vida destes percebemos que NÃO EXISTE NENHUM LUGAR ALI PARA RECEBER O AMOR. Pois querem viver suas vidas de pecado, apostasia e prostituição.

Hoje (19-11-12) fiz o login no blog e vi um comentário de um “pseudocrístão” usando de palavras (infelizes) de afronta, dizendo: “pregue o amor...tem feito isso?”.  Daí fico a pensar: “Como essa pessoa tem vivido?” Vive uma vida infeliz, pregando amor sem ter amor, pregando santidade sem viver tal realidade, tenta ser um “pregador”, mas sem conhecimento do VERDADEIRO AMOR DE DEUS, fala de “falta de misericórdia”, mas vive afrontando a fé alheia com textos bíblicos isolados buscando para si mesmo justificação. Confesso minha pena e minha lamentação.

Tantas pessoas saem do nosso meio por causas tão horríveis que não caberia usar nossas postagens para enunciar (até porque não é esse o nosso objetivo). Amamos sim o pecador, não queremos é suportar pecados e falsidades no nosso meio.

São tantas mentes perigosas que vivem ao nosso lado se dizendo “cristãos” que, as vezes, vivemos dando “pérolas para porcos” sem saber que estamos tentando alimentar o joio ao invés do trigo. Sério!

Rejeitar o pecador não é cristão. Devemos amá-lo, cuidar de suas feridas. Mas suportar o apóstata, já não é mais função da Igreja de Cristo.

Houve, porventura, desafeto de Cristo quando colocou Judas em evidência como TRAIDOR (Mc. 14:18)? Jesus foi “menos cristão” em sua atitude de excluir Judas dentre os santos (Mc. 14: 21)? Jesus foi “sem misericórdia” quando expulsou os “cambiadores” do templo (Jo 2:15-17)? Bem, nosso Mestre foi apenas ZELOSO.

“O zelo da tua casa me devorará” (Salmo 69:9)

 Zelar pela “casa” do Senhor é TAMBÉM  um ato bíblico e cristão. Cuidar do Corpo é função da Igreja que se chama FIEL. Amar é requisito. Mas se arrepender de pecados também. Cuidar da comunhão entre os VERDADEIROS IRMÃOS é fazer a vontade de Cristo, pois Ele mesmo nos ensinou (pela carta de Paulo aos Romanos 9:21) que existem pessoas para honra e outras para desonra. Infelizmente muitos desses “vasos de desonra” vivem em nosso meio e desonram o Corpo de Cristo com suas sujeiras. Ah! Se pelo menos se arrependessem...  .... A Igreja estaria ali para socorrer o “Filho Pródigo”. Interessante citar o “filho pródigo”, pois me lembrei de que, na terça feira passada tive uma conversa (que na verdade foi uma perda de tempo) com um jovem que pecou, mas não demonstrou arrependimento e, no decorrer da conversa ele autodenominou o “filho pródigo” e, eu e outros (da igreja) não tínhamos misericórdia do “pobre” rapaz. Mas o filho pródigo da minha bíblia voltou ARREPENDIDO (Lc. 15:19) ao Pai e se HUMILHOU. Não ficou usando de “falácias” e autojustificações baratas e sem rumo espiritual.

 

Certa vez, um jovem chamado “José” resolveu “namorar” uma moça chamada “Maria”. Esse rapaz foi ao encontro dela, vestido de ovelha e de “obreiro do Senhor” e lhe seduziu com palavras sutis e cheias de “espiritualidade”, porém o veneno logo começou ficar à amostra. A carnalidade então dominou essa “relação”. A pobre moça, também falha nessa história, chegou a abandonar os pais para viver esse romance diabólico e de desonra. Caiu na prostituição, pois o “obreiro do Senhor”, que na verdade era um “obreiro da iniquidade” não tinha nada de espiritual para oferecer, mas sim carne...muita carne! Deu no que deu...

Nós, na igreja, quando ouvimos o choro e vimos as marcas desse relacionamento no corpo da jovem, tomamos uma posição (primeiramente espiritual). Oramos e buscamos uma direção e, oramos também pelo ARREPENDIMENTO desta moça e deste rapaz, pois não queríamos perder tais vidas. Embora fossemos acusados de “falta de amor”, suportamos essa “relação” toda calados ante os pecados de prostituição dos dois e apenas ouvíamos seus “causos de amor”. Mas quando a moça revelou e mostrou em seu corpo as marcas desse ERRO, nós a recolhemos em amor (função nossa) sem tomar partidos e cairmos em acusações, pois não nos cabia isso. Pagamos um enorme preço por ouvir tal moça, pois o “cabeça” dessa relação toda não quis o arrependimento e se escondeu em suas vaidades proclamando-se “justo” e “merecedor de misericórdias”, embora fosse realmente carente de muita GRAÇA. Além disso atacou a igreja, o ministério e algumas vidas, dizendo que não somos cristãos.

Bem, coloquei esse fato aqui para mostrar com clareza o quão é difícil cuidar do pecador e, para mostrar até onde vai o limite desse cuidado. Uma vez que o pecador não recebe o amor (muitas vezes mostrada pela Palavra e correção), não cabe mais a nós, HOMENS LIMITADOS, converter a mente em o espírito de ninguém.

Um grande exemplo disso está em 1Tm 1.20:

 

“E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20)

 

Timóteo, um obreiro ainda bem jovem, estava enfrentando sérios problemas na igreja de Éfeso. Por conta disso, o apóstolo Paulo lhe escreveu uma carta encorajando-o a manter a ordem entre os irmãos. Os falsos mestres e pessoas sem uma genuína intenção eclesiástica, estavam deturpando os ensinos originais nos quais a igreja tinha sido instruída e, entre os tais, Paulo cita dois nomes: Himeneu e Alexandre.


Quando recebeu o ministério eclesiástico pela imposição das mãos do presbitério, o jovem Timóteo recebeu juntamente a responsabilidade de combater as heresias que possivelmente surgiriam no seio da igreja (1Tm 1.18; 4.14; 6.12).
Não há menção específica a respeito das heresias com as quais aqueles dois falsos “obreiros” se envolveram. Entretanto, parece que a carta de Paulo a Timóteo visava tratar problemas de crenças religiosas e idéias filosóficas. O contexto sugere que esses dois homens estavam envolvidos com questões pertinentes ao gnosticismo, sendo que Himeneu é citado por Paulo em 2Timóteo 2.17,18 como que ensinando que a ressurreição já tinha acontecido, minando a esperança futura dos irmãos.
A sentença para esses obreiros seria que fossem “entregues a Satanás”, o que a maioria dos teólogos entende como uma espécie de disciplina ou exclusão da comunhão com a Igreja, o Corpo de Cristo. Este procedimento visava tanto a correção como a punição. Quanto a este fato, a Bíblia de estudo de Genebra afirma o seguinte:

“Portanto, foram devolvidos ao mundo – domínio de Satanás (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; Ef 2.2)”.

No mesmo sentido, a Bíblia de estudo Pentecostal considera:

“Ser desligado da Igreja; por outro lado, deixa a vida da pessoa aberta aos ataques destrutivos e satânicos (Jó 2.6,7; 1Co 5.5; Ap 2.22)”.

 

Amor nós temos, é função nossa, é parte de nossa vida como SERVOS DE CRISTO. Não há como servir a Cristo se não for em amor. O pecador é sempre bem vindo e, sempre, será visitado por nós com uma palavra de amor, embora numa temática corretiva.

Abraço a todos!

3 comentários:

Gabriel F. M. Rocha disse...

Olá irmãos, amigos e leitores do palavra a sério, a paz de nosso Senhor Jesus! O exemplo que incluí na postagem acima (de "josé' e "Maria")é apenas para exemplificar a reação do apóstata mediante o pecado descoberto. Esse caso existiu de verdade (a um bom tempo atrás) e tomei a liberdade de exemplificar o asunto usando tal fato. Paz a todos!!!

Anônimo disse...

Eu concordo em plenitude de opinião. A Palavra diz: O amor seja não fingido, agora não me lembro o texto. Não podemos fingir amor, mas sim mostrar o verdadeiro amor de Cristo. Muitos estao querendo mesmo é fingimento e não entrega de verdade. Boa palavra, varão. Nilton

Jesiel C. Matias disse...

"qualquer que permanece nele não vive pecando; qualquer que vive pecando não o viu nem o conheceu" João3:6. O pecador que se arrepende, simplesmente se arrepende... não comete mais os mesmos pecados. Lógico que não deixa de pecar, pois a santidade plena é só na Glória de Deus, mas não vive aqui comentrendo a mesma torpeza. Há um limite de envolvimento da Igreja com esses senão a maçã podre apodrece as boas.