O AMOR AO PECADOR
(e os limites que nos são traçados ante o não - arrependimento)
“[...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo [...]” (Mc. 12:31)
Bem, qual é a função da Igreja?
Levar ao mundo o AMOR de JESUS CRISTO. Como?
Em amor, no mesmo amor, demonstrando amor. É com extremo amor ao próximo que
vivemos de VERDADE O Evangelho de Cristo, pois, não é verdade que nós amamos a
nós mesmos em extremo? Temos um imenso cuidado conosco mesmo e, nesse cuidado todo, nos esquecemos que somos tão pecadores quanto o nosso "próximo". A prática do Evangelho
e o amor. É difícil? É! Temos falhado nisso? Temos! Mas amar ao próximo é
requisito inegociável para Deus. Não amar ao outro é desobediência, pois o amor
ao próximo é um MANDAMENTO que foi revelado na pesoa de
CRISTO. Se Cristo nos perdoou, como negaremos perdão?
Amar ao próximo não implica amar
somente o “próximo a você”, como o familiar, amigo, filhos, etc.(seria muito fácil). Mas implica
também amar o pecador. É isso mesmo! Até aquele que vive dentro da igreja se
fazendo de Cristão e não “larga” o pecado e vive de mentira e falsidade
semeando contenda e “pseudoarrependimento”. É amar aquele vaidoso(a) que não
quer compromisso nenhum com Deus , mas vive dentro da igreja disseminando “veneno”
e carnalidade. É difícil , mas é tarefa nossa!
“Isto é o meu corpo que por é dado...Este cálice é o Novo Testamento...fazei
em memória de mim” (Lc. 2219-20).
Jesus, quando compartilhou
conosco de sua ceia (dos elementos pão e vinho), nos deixava uma
responsabilidade. Naquele momento o ministério dEle havia sido transferido para
a sua Igreja, a saber, nós mesmos (cristãos). Ele nos amou com inefável amor.
Que responsabilidade grande nós recebemos!
Porém Ele sabia que não éramos
como Ele era. Pois seu amor era divino e quem somos nós para amar com tamanho amor? Seria uma pretensão absurda.
Mas a nossa tarefa não se torna extinta nesse argumento, embora aceito ao se
tratar de nossa condição HUMANA e corrupta.
“... não há um justo, nenhum sequer” (Rm. 3:10)
Mas o CORPO de Cristo é santo!
Nele não há pecado. Nós como “igreja” somos pecadores, mas o Corpo é irrepreensível,
pois é o Corpo santo de Jesus. Nós isoladamente somos pecadores e falhamos no amor, mas no Corpo,
fazendo e realizando a VONTADE DO ESPÍRITO SANTO, somos feitos Filhos de Deus e
livres da condenação (Rm. 8:14).
Portanto, não temos condição de
mantermos amor semelhante ao de Deus, mas tentamos. O problema é quando alguns
não querem receber deste amor e ACUSAM
os outros de “sem misericórdia”, “sem amor”, “falso cristão”, etc.
Mas quando olhamos para a vida
destes percebemos que NÃO EXISTE NENHUM LUGAR ALI PARA RECEBER O AMOR. Pois querem
viver suas vidas de pecado, apostasia e prostituição.
Hoje (19-11-12) fiz o login no
blog e vi um comentário de um “pseudocrístão” usando de palavras (infelizes) de
afronta, dizendo: “pregue o amor...tem feito isso?”. Daí fico a pensar: “Como essa pessoa tem
vivido?” Vive uma vida infeliz, pregando amor sem ter amor, pregando santidade
sem viver tal realidade, tenta ser um “pregador”, mas sem conhecimento do
VERDADEIRO AMOR DE DEUS, fala de “falta de misericórdia”, mas vive afrontando a
fé alheia com textos bíblicos isolados buscando para si mesmo justificação. Confesso
minha pena e minha lamentação.
Tantas pessoas saem do nosso meio
por causas tão horríveis que não caberia usar nossas postagens para enunciar
(até porque não é esse o nosso objetivo). Amamos sim o pecador, não queremos é
suportar pecados e falsidades no nosso meio.
São tantas mentes perigosas que
vivem ao nosso lado se dizendo “cristãos” que, as vezes, vivemos dando “pérolas
para porcos” sem saber que estamos tentando alimentar o joio ao invés do trigo.
Sério!
Rejeitar o pecador não é cristão.
Devemos amá-lo, cuidar de suas feridas. Mas suportar o apóstata, já não é mais
função da Igreja de Cristo.
Houve, porventura, desafeto de
Cristo quando colocou Judas em evidência como TRAIDOR (Mc. 14:18)? Jesus foi “menos
cristão” em sua atitude de excluir Judas dentre os santos (Mc. 14: 21)? Jesus
foi “sem misericórdia” quando expulsou os “cambiadores” do templo (Jo 2:15-17)?
Bem, nosso Mestre foi apenas ZELOSO.
“O zelo da tua casa me devorará” (Salmo 69:9)
Zelar pela “casa” do Senhor é TAMBÉM um ato bíblico e cristão. Cuidar do Corpo é
função da Igreja que se chama FIEL. Amar é requisito. Mas se arrepender de pecados
também. Cuidar da comunhão entre os VERDADEIROS IRMÃOS é fazer a vontade de
Cristo, pois Ele mesmo nos ensinou (pela carta de Paulo aos Romanos 9:21) que existem pessoas para honra e
outras para desonra. Infelizmente muitos desses “vasos de desonra” vivem em
nosso meio e desonram o Corpo de Cristo com suas sujeiras. Ah! Se pelo menos se
arrependessem... .... A Igreja estaria
ali para socorrer o “Filho Pródigo”. Interessante citar o “filho pródigo”, pois
me lembrei de que, na terça feira passada tive uma conversa (que na verdade foi
uma perda de tempo) com um jovem que pecou, mas não demonstrou arrependimento
e, no decorrer da conversa ele autodenominou o “filho pródigo” e, eu e outros
(da igreja) não tínhamos misericórdia do “pobre” rapaz. Mas o filho pródigo da
minha bíblia voltou ARREPENDIDO (Lc. 15:19)
ao Pai e se HUMILHOU. Não ficou usando de “falácias”
e autojustificações baratas e sem rumo espiritual.
Certa vez, um jovem chamado “José”
resolveu “namorar” uma moça chamada “Maria”. Esse rapaz foi ao encontro dela,
vestido de ovelha e de “obreiro do Senhor” e lhe seduziu com palavras sutis e
cheias de “espiritualidade”, porém o veneno logo começou ficar à amostra. A
carnalidade então dominou essa “relação”. A pobre moça, também falha nessa
história, chegou a abandonar os pais para viver esse romance diabólico e de
desonra. Caiu na prostituição, pois o “obreiro do Senhor”, que na verdade era
um “obreiro da iniquidade” não tinha nada de espiritual para oferecer, mas sim
carne...muita carne! Deu no que deu...
Nós, na igreja, quando ouvimos o
choro e vimos as marcas desse relacionamento no corpo da jovem, tomamos uma
posição (primeiramente espiritual). Oramos e buscamos uma direção e, oramos
também pelo ARREPENDIMENTO desta moça e deste rapaz, pois não queríamos perder
tais vidas. Embora fossemos acusados de “falta de amor”, suportamos essa “relação”
toda calados ante os pecados de prostituição dos dois e apenas ouvíamos seus “causos
de amor”. Mas quando a moça revelou e mostrou em seu corpo as marcas desse
ERRO, nós a recolhemos em amor (função nossa) sem tomar partidos e cairmos em
acusações, pois não nos cabia isso. Pagamos um enorme preço por ouvir tal moça,
pois o “cabeça” dessa relação toda não quis o arrependimento e se escondeu em
suas vaidades proclamando-se “justo” e “merecedor de misericórdias”, embora
fosse realmente carente de muita GRAÇA. Além disso atacou a igreja, o
ministério e algumas vidas, dizendo que não somos cristãos.
Bem, coloquei esse fato aqui para
mostrar com clareza o quão é difícil cuidar do pecador e, para mostrar até onde
vai o limite desse cuidado. Uma vez que o pecador não recebe o amor (muitas
vezes mostrada pela Palavra e correção), não cabe mais a nós, HOMENS LIMITADOS,
converter a mente em o espírito de ninguém.
Um grande exemplo disso está em
1Tm 1.20:
“E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais
entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20)
Timóteo, um obreiro ainda bem
jovem, estava enfrentando sérios problemas na igreja de Éfeso. Por conta disso,
o apóstolo Paulo lhe escreveu uma carta encorajando-o a manter a ordem entre os
irmãos. Os falsos mestres e pessoas sem uma genuína intenção eclesiástica,
estavam deturpando os ensinos originais nos quais a igreja tinha sido instruída
e, entre os tais, Paulo cita dois nomes: Himeneu e Alexandre.
Quando recebeu o ministério eclesiástico pela imposição das mãos do presbitério, o jovem Timóteo recebeu juntamente a responsabilidade de combater as heresias que possivelmente surgiriam no seio da igreja (1Tm 1.18; 4.14; 6.12).
Não há menção específica a respeito das heresias com as quais aqueles dois falsos “obreiros” se envolveram. Entretanto, parece que a carta de Paulo a Timóteo visava tratar problemas de crenças religiosas e idéias filosóficas. O contexto sugere que esses dois homens estavam envolvidos com questões pertinentes ao gnosticismo, sendo que Himeneu é citado por Paulo em 2Timóteo 2.17,18 como que ensinando que a ressurreição já tinha acontecido, minando a esperança futura dos irmãos.
A sentença para esses obreiros seria que fossem “entregues a Satanás”, o que a maioria dos teólogos entende como uma espécie de disciplina ou exclusão da comunhão com a Igreja, o Corpo de Cristo. Este procedimento visava tanto a correção como a punição. Quanto a este fato, a Bíblia de estudo de Genebra afirma o seguinte:
“Portanto, foram
devolvidos ao mundo – domínio de Satanás (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; Ef
2.2)”.
No mesmo
sentido, a Bíblia de estudo Pentecostal considera:
“Ser desligado da
Igreja; por outro lado, deixa a vida da pessoa aberta aos ataques destrutivos e
satânicos (Jó 2.6,7; 1Co 5.5; Ap 2.22)”.
Amor nós temos, é função nossa, é parte de nossa vida como SERVOS DE
CRISTO. Não há como servir a Cristo se não for em amor. O pecador é sempre bem
vindo e, sempre, será visitado por nós com uma palavra de amor, embora numa
temática corretiva.
Abraço a todos!
3 comentários:
Olá irmãos, amigos e leitores do palavra a sério, a paz de nosso Senhor Jesus! O exemplo que incluí na postagem acima (de "josé' e "Maria")é apenas para exemplificar a reação do apóstata mediante o pecado descoberto. Esse caso existiu de verdade (a um bom tempo atrás) e tomei a liberdade de exemplificar o asunto usando tal fato. Paz a todos!!!
Eu concordo em plenitude de opinião. A Palavra diz: O amor seja não fingido, agora não me lembro o texto. Não podemos fingir amor, mas sim mostrar o verdadeiro amor de Cristo. Muitos estao querendo mesmo é fingimento e não entrega de verdade. Boa palavra, varão. Nilton
"qualquer que permanece nele não vive pecando; qualquer que vive pecando não o viu nem o conheceu" João3:6. O pecador que se arrepende, simplesmente se arrepende... não comete mais os mesmos pecados. Lógico que não deixa de pecar, pois a santidade plena é só na Glória de Deus, mas não vive aqui comentrendo a mesma torpeza. Há um limite de envolvimento da Igreja com esses senão a maçã podre apodrece as boas.
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