domingo, 24 de agosto de 2014

Os dons só cessam quando morremos ou só cessará na Vinda de Jesus

Os dons só cessam quando morremos ou só cessará na Vinda de Jesus
(Ariovaldo Ramos)


O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.” 1Co 13.8-10

Paulo nos diz que um dia não precisaremos mais de profecias, nem de dons, nem de conhecimento. Porque estas possibilidades compõem o que ele chama de “o que é em parte”. Na chegada do perfeito, o que é em parte será aniquilado.
Por que em parte conhecemos? Segundo João Calvino “a intenção de Paulo é mostrar que o fato de recebermos conhecimento e profecia é precisamente uma prova de que somos imperfeitos. Portanto ‘em parte’ significa que não fomos ainda aperfeiçoados. Conhecimento e profecia, portanto, terão lugar em nossas vidas enquanto a imperfeição fizer parte de nossa existência terrena, pois eles nos assessoram até que plenitude nos atinja.” (Comentário à Sagrada Escritura, Exposição de 1Coríntios, 1ª Edição em Português, São Paulo, 1996, Edições Paracletos, pg. 402)
Os dons durarão até chegar o que é perfeito. Quando chegará o que é perfeito? O que Paulo está dizendo? Segundo João Calvino “ele está dizendo: ‘Quando a perfeição chegar, tudo o quanto nos auxiliou em nossas imperfeições será abolido.’ Mas, quando tal perfeição virá? Em verdade, ela começa com a morte, quando nos despirmos das inúmeras fraquezas juntamente com o corpo; porém, ela não será plenamente estabelecida até que chegue o dia do juízo final.” (op. cit., pg. 403)
Então, enquanto vivermos precisaremos dos dons, do conhecimento e da profecia. É claro que “o benefício oriundo dos dons só é eficaz enquanto estivermos nos movendo para o alvo” (op. cit. Pg 402), isto é, os dons são os acessórios necessários para vivermos conforme a nossa vocação. “Paulo poderia ter posto nestes termos: ‘Quando tivermos alcançado o ponto de chegada, então as coisas que nos ajudaram no percurso deixarão de existir.’” (op. cit. Pg. 403) Só com a morte a gente deixa de precisar dos dons, do conhecimento e da profecia, não que a morte seja o que é perfeito, o que é perfeito vem com o juízo final: a nossa ressurreição!

Cessacionismo é liberalismo teológico e Determinismo é paganismo; não há nada de estranho no fato de andarem juntos.

Fonte: Ariovaldo Ramos

Divulgação: www.juliosevero.com

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