domingo, 7 de junho de 2015

Por que sou presbiteriano?

Por Que Sou Presbiteriano? (1)

Leitura Bíblica: Romanos 13:8-10, Marcos 2:18-22
Ninguém põe vinho novo em odres velhos...” (Marcos 2:22)

Eu, Gabriel Felipe M. Rocha, casado com Bianca Skov e pai de Mariana Skov Rocha, sou presbiteriano por alguns motivos. Quero falar disso, mas, antes, preciso explicar que o fato de dizer em uma postagem os "por quês" de ser presbiteriano não implica um orgulho denominacional, mas sim uma decisão que se tornou necessária.

Converti-me pela mensagem do Evangelho em uma igreja neopentecostal denominada de “Igreja Cristã Maranata”. Ali eu ouvi a mensagem do Evangelho e irresistivelmente eu me converti a Cristo. Nutri por muito tempo um enorme apreço por essa igreja. No entanto, eu também estudava a Escritura e me desenvolvi na área dos estudos bíblicos. Bem, por muito tempo estive cego em relação a algumas coisas ali dentro. Entretanto, eu tinha o meu Senhor e era a Ele que sempre procurei agradar, mesmo praticando alguns enganos que a religiosidade (tão forte na referida igreja) exigia. Todos os meus testemunhos e experiências foram com o Deus da Palavra e não o “deus encaixado” de uma igreja tão sectária, cheia de religiosos e fariseus que até hoje desconhecem a graça do Eterno Deus.

Os estudos bíblicos foram suficientes para que eu percebesse alguns erros graves dentro de um sistema religiosos cheio de máculas, engano, heresias e escândalos. Num momento de maturidade, eu comecei a questionar algumas coisas. Bem, como em toda igreja neopentecostal, que tem um líder supremo, que carrega um conjunto dogmático impregnado de conceitos exclusivistas, que se baseia em uma “nova e exclusiva revelação”, experimentalismos e pseudo “dons” (subjetivos) e que tem uma cosmovisão do Evangelho bastante equivocada, não podia dar em outra: entrei em atrito com algumas pessoas. Aliás, não se pode pensar dentro dessas igrejas.

A gota d’água veio na cidade de Santa Luzia –MG, quando estava já no processo que eles chamam de “morte espiritual”, mas que para mim significou em vida e avivamento. Antes de questionar abertamente alguns pontos doutrinários amplamente subjetivos e exclusivos (o que caracteriza u sistema religioso sectário), eu comecei a ter problemas com alguns religiosos ali dentro. Bem, eu – em toda minha caminhada cristã dentro da referida denominação – nunca havia me envolvido com nada grave (e louvo a Deus por isso) e nunca me envolvi com escândalo algum. Certamente eu tive meus problemas como jovem, mas nunca coloquei em minha “conta” problemas sérios. No entanto, em Santa Luzia conheci pessoas boas, mas outras totalmente problemáticas. Tive uma péssima experiência, por exemplo, com um famigerado, de má fama, com fama de “doido” até mesmo entre os membros da igreja que frequenta. Cheio de escândalos nas costas e hoje com sérios problemas familiares. Tive problema com um outro (da mesma laia) em uma igreja menor. Esse segundo chegou a dizer que não podemos falar da liderança da referida igreja porque "eles pagaram um preço por nós" (que heresia! Que desconhecimento da graça salvadora...). O mesmo desloucado chegou a afirmar que "a obra é o alimento". Isso, sem falar das tantas "revelações" que o mesmo apresentava nos cultos cheias de deduções humanas e que passavam no crivo questionável do 2x1 ou 3x0 da prática de bibliomancia. Tive que sofrer com a “fiscalização”, inveja e astúcia dessas cobras por algum tempo. No entanto, as pessoas podem olhar para mim e para minha família hoje e podem olhar para meu sucesso acadêmico e perspectiva profissional e perceberem que a verdadeira e sadia fé, geralmente, é acompanhada por favores do Altíssimo, o que gera um testemunho pessoal a ser contado.

Bem, a coisa ficou séria, quando lá dentro resolvi falar mais abertamente sobre minha fé bíblica e a refutar aquilo que entendia como engano. Como não se pode pensar na referida seita e, tampouco, questionar o líder supremo e os supostos “dons do presbitério”, fui perseguido. Reuni com pessoas em minha casa, logo denunciaram: “ele quer abri uma igreja...”; “quer fazer um movimento...”, etc. Ah! Rolos, fariseus e religiosos cegos! Quis somente reunir com irmãos que não estavam se sentindo alimentados dentro de uma igreja, cuja pregação não passava de uma devoção à “obra filha única” como os heréticos ali dentro amam dizer. Mas, não demorou muito e eu – depois de um mês de oração com minha esposa – resolvi sair e hoje somos presbiterianos.

Sobre a seita neopentecostal que frequentei, veja mais em:








Mas, por que hoje sou presbiteriano?

Um ano antes de começar a questionar os enganos e algumas heresias da igreja neopentecostal (Igreja Cristã Maranata), eu estava estudando sobre as doutrinas da graça, quando conheci a fé reformada. A princípio, eu achei a doutrina reformada bastante confrontadora, pois eu tinha a orientação arminiana (por causa da I.C. Maranata) e, como todo bom arminiano, eu cria que o homem é quem escolhe se quer ser salvo ou não, o homem resiste à vontade soberana de Deus, que Jesus morreu por todos, mas todos não serão salvos e, portanto, seu sacrifício foi insuficiente para salvar todos (se essa era a vontade divina), etc. No entanto, fui estudando... Resolvi focar mais na leitura bíblica! 

Pronto! Não é que as doutrinas da fé reformada s encaixavam perfeitamente com a hermenêutica bíblica completa? Percebi que a orientação calvinista era a que melhor interpretava a Bíblia. Então passei a estudar mais sobre a igreja presbiteriana, assim como outras tantas que confessam e fé reformada. A maioria delas, assim como a presbiteriana, está fora do contexto de escândalos e têm uma estrutura doutrinária sólida. Não era como na porta larga do pentecostalismo e do neopentecostalismo.  

Vi pela primeira vez uma igreja que se baseia totalmente na Palavra e prcebi o quanto eu era confrontado com a mensagem bíblica.  Percebi que o avivamento se dava pela pregação da Escritura e não por experimentalismos subjetivos. Entendi que os dons espirituais existem numa aplicação bíblica e perfeita e tal aplicação se encaixava bem com a hermenêutica bíblica. Percebi que o verdadeiro cessacionismo não implicava na crença de que não existem os dons, mas na crença de que os dons revelacionais não têm mais seu lugar na direção da igreja. E entendi que isso não implicava dizer que eles não existem.

 Tanto, que vi que em muitas igrejas presbiterianas do Brasil (IPB) tem a confessionalidade dos dons carismáticos, porém, sem ultrapassarem a centralidade da Escritura. Minha igreja mesmo (Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte) é uma igreja que coloca em prática e incentiva os dons espirituais. Contudo, a Bíblia é a base e não as tantas e perigosas “revelações”. Entendi que o batismo infantil, na verdade em nada difere da apresentação da criança e da consagração da mesma diante da congregação e que a mesma criança será acompanhada pela igreja (o que não acontece nunca na igreja onde eu estava) até a fase jovem onde fará a profissão de fé pública (que é a mesma proposta objetiva do batismo). 

Entendi que existe o batismo adulto por aspersão, sendo que a Bíblia dá margens para três tipos de batismos nas águas, sendo a proposta a mesma. Bem, entendi muita coisa. 

Porém, mantendo o velho e sadio hábito de verificar na Escritura se essas coisas eram mesmo assim. Diante disso, fiquei na presbiteriana e lá vivo aquilo que não vivia antes, a saber, um Evangelho sem retoques humanos. Um Evangelho com ousadia! Um Evangelho com Bíblia! Um Evangelho com frutos! Um Evangelho que confronta e nos convida à santidade, pois a segurança de nossa eleição e salvação se atesta na vida que é santa. Meu maior arrependimento em relação à igreja hoje é: não ter saído a mais tempo de onde estava!

Vejo que alguns “meninos em teologia” que frequentam a sinagoga neopentecostal que um dia eu frequentei (Igreja Cristã Maranata) estão tentando difamar a boa e reconhecida imagem das Igrejas Presbiterianas do Brasil. Bem, esses fazem isso para tentar colocar a IPB no mesmo patamar sujo e manchado de sua denominação. Falam de "calvinolatria", mas se esquecem que a nossa centralidade e fundamentação não é Calvino, mas sim a Palavra, sendo toda a nossa doutrina justificada e passada pelo rigoroso crivo das Escrituras. Aliás, as igrejas presbiterianas têm a Confissão de Fé de Westiminster como modelo pragmático de fé, depois (bem depois) das Escrituras e não Calvino. Calvino foi um exemplar teólogo. Foi um homem do seu referido século. Fez coisas naturais e comuns em relação ao seu século. Foi um homem! Portanto, não temos o objetivo de defender a santidade de J. Calvino, pois foi um homem... Contudo, Calvino não foi o líder primaz e supremo das igrejas reformadas, ao contrário de algumas lideranças torpes, manchadas e sem exemplos que não largam o “trono” de suas denominações (mesmo cheios de escândalos em suas vidas). 

Calvino não era dono de igreja e nem “papa” de Genebra (aliás, respeitem a bela história de Genebra). Alguns por aí, são donos da denominação e a interpretação doutrinária altamente subjetiva desses é que compõe o contexto eclesiológico de seus grupos, como é o caso da igreja onde frequentei. Grande parte do conjunto doutrinário da fé reformada não veio de Calvino, mas sim de vários teólogos. 

Para esses, ser presbiteriano ou pertencer à fé reformada é "passar pela porta larga". Tolos! mal sabem eles que "porta larga" é o que eles vivem. Diante das sólidas doutrinas da graça, da eleição e diante da pregação expositiva das Escrituras, tem como estar em uma "porta larga"? Um Evangelho que confronta e que convida à santidade no verdeiro entendimento da graça pode ser chamado de porta larga? Ah! Já sei! É porque nós não nos prendemos em usos e costumes como eles. Não costumamos criar e inventar regras onde a Bíblia não não se posiciona. A Bíblia fala do pecado do excesso da bebida da mesma forma que fala do excesso da comida. Qual é o maior pecado em ambos os excessos? O excesso! Nos chamam de "liberais", mas creio que eles desconhecem o sentido de liberalismo. Não somos liberais. Apenas não somos fariseus cegos! Cremos na ação do Espírito Santo e na transformação de toda a vida humana (em todos os aspectos), sendo a interioridade humana a mais importante, pois a genuína transformação e regeneração interior produz bons frutos no exterior e tais frutos não é calça longa, sai, etc. 


Portanto, falar dos presbiterianos e de Calvino pela perspectiva pentecostal e neopentecostal é aceitar a falácia... A falácia de quem não tem sequer bons exemplos para dar....


Vamos ao texto:

Por Que Sou Presbiteriano? (2)
Não sei dizer por que sou presbiteriano... Às vezes é o que se ouve em face da dificuldade que o afanoso meio religioso tem para responder às questões que ninguém ainda formulou...

Se hoje eu pudesse ter certeza de algo isso seria que muito poucas pessoas acordaram com essa pergunta em mente: “Porque ser presbiteriano?”

Estamos diante de um momento interessante e crítico para as denominações religiosas neste país. São elas um anacronismo, fenômeno emergido em uma outra situação histórica particular e que agora necessita desaparecer? Ou, são elas de valor permanente? Há alguma coisa no Presbiterianismo, Metodismo, Luteranismo que justifique a necessidade de serem preservadas e merecerem celebração?

Não sem propósito que trago este assunto.


Com muita alegria e honra sou presbiteriano! Sou presbiteriano porque esta denominação está SOB AUTORIDADE DA BÍBLIA e não sob A AUTORIDADE DE UM LÍDER HUMANO. II Pedro 4.16-21
Por que sou? Porque preciso pertencer a uma igreja que creia na SOBERANIA eterna de Deus, antes de crer no poder falível da INSTITUIÇÃO humana. Prov. 20.24; 16.4
Sou presbiteriano pelo fato de que nesta igreja não dependo de minhas forças, nem de sacrifícios pessoais, nem de meu livre arbítrio para ser salvo. Apenas sou alvo da GRAÇA de Deus que me escolheu, justificou , regenerou, santificou e selou para salvação eterna. João 10.27-29
Sou sim presbiteriano e porque não seria? Pois aqui, com muita alegria nos reunimos não para negociar bênçãos com Deus, mas para adorar com alegria e gratidão pelo fato de já sermos curados, abençoados e escolhidos por Deus! Rom. 839,39
Sou presbiteriano porque não aceito manipulação e coerção psicológica e emocional sobre a formação e educação religiosa de meus filhos, e aqui a formação é desenvolvida em quatro níveis essenciais ao ser humano, a saber: uma formação biopsicossocial e espiritual. Prov. 22.6
Sou presbiteriano porque minha natureza exige de mim mesmo pertencer a uma igreja que saiba de ONDE VEIO – ONDE ESTÁ E PARA ONDE VAI nossa denominação é herdeira de 500 anos de história, onde olhamos para o passado e sabemos de onde viemos, quando olhamos para o presente sabemos onde estamos e ao olharmos par ao futuro, podes crer, sabemos para onde vamos. II Pd 9-13
Por fim, sou presbiteriano porque sou um ser criado à imagem e semelhança de Deus, para andar na LUZ – e por isto sou inteligente! A inteligência leva-me necessariamente a escolher uma Denominação inteligente que promova a LUZ. Denominação que seja iluminadora e construtora de seres iluminados, que buscam valores eternos, onde jamais existirá espaço para ações inibidoras e alienadoras na formação e desenvolvimento integral do ser humano. Gen. 4.26; I João 4.5-7



O QUE É, DE FATO, SER UM PRESBITERIANO?
             
                                             
O que é o presbiterianismo? O que é uma Igreja Presbiteriana? Por que sou presbiteriano? Será que sou presbiteriano? O que é ser presbiteriano? Estas são as perguntas que precisamos responder para começarmos a entender a nossa igreja, a nossa doutrina e a nossa liturgia.
            É triste notar que muitos membros de nossas igrejas não conhecem o tesouro que possuem; e assim, acham que o cobre reluz mais que o ouro. O presbiterianismo é um ramo do cristianismo que tem muito a nos oferecer no entendimento correto das Escrituras. O presbiterianismo é “uma forma diferenciada de cristianismo”[1], esta é uma declaração inegável a ponto de um pastor tecer palavras similares ao dizer: “Quem conhece o presbiterianismo, não sai dele”[2].
            Conheço muitas pessoas que são presbiterianas desde a sua infância - são presbiterianos por tradição. Conheço outras que se tornaram presbiterianas - saíram de suas igrejas e vieram para a Igreja Presbiteriana; o curioso é que muitas vieram por questões de doutrina, outros por afinidade, outros por julgarem ser esta  a igreja dos intelectuais e coisas do tipo. Todavia, existe um terceiro grupo de pessoas que são presbiterianas que são aquelas que foram convertidas através da pregação de algum pastor presbiteriano e decidiram fazer parte desta igreja. Em qual tipo de pessoa você se encaixa? Deixe-me ajudá-lo a saber que tipo de presbiteriano você é!

I - O QUE SIGNIFICA SER PRESBITERIANO:

            Depois de olharmos negativamente a questão, vejamos ela de forma positiva, ou seja, o que de fato significa ser presbiteriano?

2.1 - Compreender e aceitar o governo da Igreja.

            Você já se perguntou por que a Igreja se chama presbiteriana? A resposta está ligada a quem dirige e governa a Igreja. Alguém já deve ter perguntado a você “quem manda na sua igreja?” E talvez a resposta que tenha saído de sua boca tenha sido “o pastor”, mas esta resposta não toda a verdade. A questão que lidamos é quem deve governar a Igreja. Três propostas são oferecidas pela história da Igreja:
1 - O Bispo = o Sistema Episcopal diz que o bispo que não é eleito pela igreja deve ter a primazia nas decisões referentes à Igreja.
1        - O povo = O sistema Congregacional ou Independente, todo o povo governa e manda na igreja.
2        -  Os Presbíteros = O sistema presbiteriano diz que alguns governam sobre todos.
O sistema episcopal diz que o bispo e maior que o presbítero, todavia, a Escritura nos ensina que essa distinção não é verdadeira: Atos. 20.17,28.
Note: De mileto mandou chamar os “Presbíteros de Éfeso” (vs.17) - observem o termo plural na Igreja local deve haver mais de um presbítero; esses presbíteros são chamados debispos (supervisores) e que possuem a função de pastorear o rebanho de Deus (vs.28).
A)    A Igreja do Novo Testamento era governada por presbíteros (Atos 11.30).
B)    A Igreja do Novo Testamento promovia eleição de vários presbíteros para uma mesma igreja (Atos 14.23)
C)    Problemas em uma igreja local deveriam ser resolvidom em concílio de presbíteros (Atos 15.2,4,6,22,23)
D)    As decisões destes presbíteros devem ser acatadas (Atos.16.4).
E)     Existem dois tipos de presbíteros: 1) os regentes; 2) os docentes (1 Timóteo 5.17).

2.2 - Compreender e aceitar a doutrina da Igreja.

            A nossa doutrina é um dos pontos que mais nos cativam dentro da igreja presbiteriana. O nosso sistema de doutrinas é conhecido na história como sistema reformado de doutrinas ou Calvinismo.
            A igreja presbiteriana é uma igreja reformada que nasceu na reforma protestante na cidade genebra e na Escócia. Em Genebra o seu líder foi João Calvino e na Escócia o seu líder foi João Knox. Posteriormente a doutrina da Igreja Presbiteriana ficou conhecida comoTeologia Reformada  ou Teologia Calvinista.  Que podem ser estruturadas em cinco pontos. Nós iremos ver um após o outro.

II - O PRESBITERIANISMO E TOTAL DEPREVAÇÃO DO HOMEM - O PRIMEIRO PONTO DO CALVINISMO.

2.1  o que significa a depravação total do homem?

A nossa Confissão de Fé declara o seguinte:

“II. Por este pecado eles decaíram da sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma.  IV. Desta corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, adversos a todo o bem e inteiramente inclinados a todo o mal, é que procedem todas as transgressões atuais. ”[3]
Esta depravação inclui todo  o ser humano seu coração tornou-se maligno, perverso e incapaz de fazer o bem para a sua salvação.

2.2  - A Depravação Total segundo a Bíblia:

Nós como crentes bíblicos ensinamos que o homem não possui livre-arbítrio. Há igrejas que defendem que o homem é livre para escolher ir para o céu; todavia, a Bíblia nos ensina algo totalmente contrário a isso. Vejamos:

1)      Desde a queda de Adão no Éden o homem possui uma natureza pecaminosa e morreu em seus pecados, por isso, é incapaz de fazer o que é bom. A Bíblia ensina de forma clara: Gn.2.17 - “no dia em comerdes certamente morrerás” um morto tem vontade livre? Pode escolher alguma coisa?. Agora observe o texto de Efésios 2.1-3: este texto nos mostra que o pecador  está “morto em delitos e pecados”, sendo “objeto da ira de Deus”  que precisa ser  vivificado por Deus, e isso só ocorre pela graça soberana do Senhor (vs.8-10). Seguindo para o salmo 51.5 e 58.3 vemos o que é o homem desde o ventre materno; o homem precisa ser nascido do alto - dos céus (João 3.1,3) porque encontra-se morto em seus pecados.

2)      Sendo decaídos, o coração e a mente  do homem são pecaminosos: O profeta Jeremias declara isso de forma clara no capítulo 17.9. Aqui vemos que o coração do homem é “desesperadamente corrupto” é enganoso e completamente corrompido pelo pecado. Ninguém pode sondar a si mesmo, a menos que Deus o faça soberanamente (vs.10). Em Efésios 4.17-19  somos introduzidos ao conceito de que a queda e o pecado afetaram todas as constituições do homem sua mente e seu coração estão entenebrecidos.
3)      Esta depravação torna o homem em escravo do pecado: Jesus declarou isso de forma categórica em Jo.8.34,44; em 2 Timóteo  2.25-26 temos uma descrição desta prisão que homem tem em pecado, ele não possui nenhum livre-arbítrio para se libertar do pecado que sempre está em sua natureza.
4)      Os homens em pecados entregues a si mesmos são incapazes de fazer o bem, logo a  livre vontade é uma ilusão: O profeta Jeremias diz exatamente isso em 13.23 e Mateus ensina que homem não pode mudar sua própria natureza no capítulo 7.16-18.


Ver também: Por que sou presbiteriano (em oito tópicos)








Comentários e textos de:

Prof. João Ricardo Ferreira de França.


John M. Buchanan

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