quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

E VÓS, QUEM SOIS?


E VÓS, QUEM SOIS?

“Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega” (Atos 19:13)

“Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” (Atos 19:15)

 

No livro de Atos (capítulo 19) vemos um momento curioso. Alguns judeus ambulantes, conhecidos como exorcistas, ouviram a mensagem evangelística de Paulo e, sem a fé genuína no Evangelho de Cristo e o entendimento do mesmo, eles intentaram exorcizar demônios usando o Nome de Jesus como uma espécie de “código” ou “mantra” para realizarem seus intentos (já que eram exorcistas por profissão). Curiosamente eles eram judeus, filhos de Cevas, um estimado sacerdote (principal).

Num determinado momento, praticando o exorcismo de um espírito maligno, esses religiosos usaram a “senha mágica”: O Nome de Jesus. Faziam assim inspirados nos atos de Paulo e, como viam que Paulo tinha êxito espiritual, eles creram que assim também fariam.

Mas havia um detalhe: eles não conheciam o Jesus que Paulo pregava e, não sabiam que o Nome Santo de Jesus não era nenhum mantra ou senha, muito menos “fórmula mágica” (como muitos “cristãos” usam em nome do “evangelho”).

Na tentativa de expulsar o demônio “no nome de Jesus, na qual Paulo prega”, o espírito maligno contendeu com esses judeus dizendo: “conheço Jesus e sei quem é Paulo, mas e vocês, quem são?”.

Isso só aconteceu pelo fato deles não terem a identidade com o Jesus de Paulo, de João, de Pedro, da Igreja apostólica, enfim, de NOSSO Jesus.

O que é ter identidade com Jesus? É ter sobre si o “Sangue do Cordeiro”, a marca do servo está no poder do Sangue. O Sangue de Jesus é a condição que Deus (Santo e Puro) instituiu para contemplar, conhecer e se relacionar com o homem (pecador e impuro). Sem o sangue não há identificação, sem o sangue não há remissão (Hb 9:22).

A Bíblia Sagrada traz esse projeto profético (eterno) de Gênesis a Apocalipse. Deus usou a figura do sangue para estabelecer uma ligação entre Ele e o pecador. E, biblicamente, temo muitos exemplos da “identificação pelo sangue”. Mas vamos destacar alguns momentos mais claros sobre esse tema:

·       Deus aceitou o sacrifício de Abel, pois era profético. O sacrifício de Caim era terreno. Deus, portanto, estabeleceu uma relação profética com Abel;

·       Na última praga sobre o Egito (momento de saída para Israel), o sangue foi necessário para “marcar” aqueles que seriam livrados da ira e retirados para a Terra Prometida;

·        Se o sacerdote entrasse no Lugar Santo ou no Lugar Santíssimo sem o sangue, não haveria aceitação por não ter havido o reconhecimento;

·       Jesus, enfim, ensinou que necessário seria “beber de seu sangue”, profeticamente indicando a Obra que seu Espírito realizaria na Igreja;

·       Jesus, em uma parábola, ensinou usando o símbolo da candeia acesa (cheia de óleo) nas mãos das cinco noivas prudentes. Elas foram reconhecidas pela luz da candeia iluminando o rosto na escuridão da noite.

No caso específico de Atos 19: 13 e 15, vemos que tais homens não tinham a identidade espiritual em Cristo, não tinham o sangue. O compromisso ainda era com o judaísmo (religiosidade e teologia) e com o espetáculo atrativo.

O espírito maligno disse conhecer Jesus, pois quando Ele morreu e derramou seu sangue, a derrota do inimigo havia sido decretada, portanto, nenhum demônio podia subsistir ao poder do sangue. Eles disseram que conheciam Paulo, pois Paulo foi remido pelo poder do sangue, tinha a marca do Espírito Santo sobre si, sua candeia estava cheia de óleo.

Mas disseram para aqueles homens: “e vós, quem sois?”- Não tinham a remissão que há no sangue de Jesus. Seus projetos ali não eram proféticos, mas terrenos.

Se fosse Paulo ali, não haveria nenhum diálogo com o inimigo.

Gabriel Felipe M. Rocha

 

 

 

 

2 comentários:

Fláviol.damasceno@yahoo.com.br disse...

Boa está palavra! Depois alguns ainda dizem que o fato de Jesus ter derramado o sangue uma vez só dispensa clamar pelo poder do sangue. Precisamos dele a cada momento para nadramos na luz como na luz Jesus está. Flávio Luiz

Gabriel F. M. Rocha disse...

Amém, irmão Flávio! A paz do Senhor Jesus!