O desvio do profético e a busca por comodidade
(JUÍZES 17:7-10)
“E havia um moço de Belém de Judá, da tribo de Judá, que era
levita, e peregrinava ali. E este homem partiu da cidade de Belém de Judá para
peregrinar onde quer que achasse conveniente. Chegando ele, pois, à montanha de
Efraim, até à casa de Mica, seguindo o seu caminho. Disse-lhe Mica: Donde vens?
E ele lhe disse: Sou levita de Belém de Judá, e vou peregrinar onde quer que
achar conveniente. Então lhe disse Mica: Fica comigo, e sê-me por pai e
sacerdote; e cada ano te darei dez moedas de prata, e vestuário, e o sustento.
E o levita entrou”
Israel vivia um momento crítico: o povo
vivia em uma inconstância espiritual e política e se via em lutas diversas. Poucos valentes
(remanescentes) suportavam a prova e se mantinham fieis ao Concerto de Deus,
mas a maioria se corrompia e se vendia fácil.
Os levitas haviam sido separados para o
ministério espiritual, mas alguns também se apostataram dando lugar aos ídolos.
O jovem levita citado nessa (misteriosa)
passagem bíblica foi um dos que se desviaram da fé e se acovardaram em vez de
sem manterem fieis ao CHAMADO.
Interessante que o jovem levita era da tribo de Judá, um caso raro em Israel.
Ele morava em Belém de Judá e lá
exercia seu ministério. Ele era um escolhido.
Os levitas foram chamados para o exercício
do templo e estavam à frente de toda função espiritual em Israel (eram
exemplos), mas um dos maiores destaques e a maior honra para os levitas estavam
em: CARREGAR A ARCA (Dt. 10:8-9).
Outro detalhe importante: os levitas, em
relação às outras tribos de Israel, não tinham nenhuma herança material, mas a
herança da tribo de Levi era profética.
No caso do jovem levita (em destaque), o
mesmo não perseverou na fé e rejeitou a sua herança profética. Ele não
exercitou a fé e, no momento em que Israel se via em lutas, ele simplesmente
saiu negando o seu chamado e seu compromisso espiritual.
Ele decidiu fazer o seu próprio caminho, no
versículo sete vemos que ele abandona Belém de Judá e passa,
agora, a peregrinar: “seguindo o SEU caminho”.
Belém tem como significado: “Casa de Pão”. O levita deixou para
trás a sua experiência viva com Jesus (o Pão da Vida) e passou a “peregrinar”. A
peregrinação nos ensina uma coisa: Falta de direção. Qual seria essa
direção? A do Espírito Santo.
Belém de Judá (Projeto Profético – onde Jesus
nasceu em nossos corações) era um lugar específico e ali o jovem levita exercia
o seu chamado e realizava uma OBRA revelada por Deus (disse revelada). Estava
no centro da vontade de Deus, mas escolheu “seguir o seu
caminho”. Ele não suportou a prova e, nem sequer quis lutar em favor
daquilo que um dia aceitou viver. Ele tinha uma forma de vida diferente,
inclusive, ser levita era ter uma vida de testemunho de fé e devoção. Mas negou
o projeto.
O jovem abandou Belém e peregrinou por seu
caminho buscando aquilo que sua vida carnal queria. Era um escravo de seus próprios desejos. Nunca
experimentou a relação íntima com Deus
“Partir” aponta para o abandono da fé. Apostasia. Deixar o pão (Jesus),
a benção espiritual para viver um OUTRO ministério: o ministério religioso,
mundano, da letra, da história, etc.
Nós fomos, também, chamados para algo
específico. Deus nos chamou para viver uma grande OBRA onde ELE seria o nosso
alimento (o Pão vivo), onde não precisaríamos peregrinar (seguir os caminhos do
mundo para buscar salvação). Nosso compromisso é: CARREGAR A ARCA. A nossa herança não é
material e nem mesmo histórica (não ficamos na letra e nem no rótulo), mas
nossa herança é espiritual. Fomos feitos coerdeiros com
Cristo de uma herança eterna (Rm. 8:17).
O levita vivia daquilo que era oferecido,
ofertado e sacrificado. Hoje nós vivemos pela Graça! O que temos, vem do sacrifício. Se estamos de pé e servimos a
Deus com alegria e disposição, é porque houve um sacrifício. O levita tinha
acesso ao sacrifício todos os dias, as outras tribos não. O Senhor tem nos
chamado para viver uma OBRA que custou o sangue e, todos os dias, fazemos
menção desse sangue, pois, é através do Espírito Santo (o Sangue de Cristo) que
estamos de pé.
Carregar a Arca de Deus é um privilégio. É levar aquilo que não é nosso, mas que nos foi confiado.
Estamos diante de uma Arca de tantos embates e acusações, mas, que representa
muito para nós. É o Concerto Eterno que nos resgatou e nos transformou para uma
vida eterna ( a nossa maior esperança). Fomos chamados para “estarmos diante do Senhor” (função do
levita). Os servos verdadeiros do Senhor Jesus dizem: “eis- me aqui, Senhor”.
O que o jovem levita queria? Queria comodidade (v.8).
A religião contemporânea nos oferece tal
comodidade. Inclusive, o mundo atual nos oferece variedades de comodidade. Não
colocamos como “errado” viver uma vida de comodidade, afinal, é para isso que
trabalhamos e estudamos, não é verdade? Deus mesmo garante o conforto aos seus
servos. Mas o perigo em questão está na “comodidade
espiritual”.
Hoje você vê igreja para tudo. Para todo o
tipo de pessoa. Para quê pregar arrependimento, isso é desconfortável para a “multidão” que, certamente falará: “Duro é esse discurso” (João 6:60). Para quê pregar uma mudança
de vida? Não precisamos perder membros assim! Você é homossexual? Não concorda
com o que a Bíblia (Palavra de Deus) diz sobre você e seu pecado? Não se
preocupe, existem “igrejas” para você.
Ter compromisso com o profético
é para os fortes e valentes, pois exige renúncia e entrega diária. Servir a Deus de
verdade e viver sua OBRA significa carregar a cruz (que muitas vezes, somos nós
mesmos). Quer comodidade? Faça como o jovem levita, vá peregrinar. Ande de
igreja em igreja, ouça conselhos e mais conselhos por ai, alimente-se daquilo
que lhe oferecem sempre, como de tudo, uma vez que o Pão vivo foi deixado para
trás.
O inimigo de nossas almas tem implantado,
na atualidade, diversos tipos de comodismo dentro das igrejas, pois sabe que o
“crente” carnal e descompromissado se atrairá facilmente e perderá a herança
profética. Ele veio para minar a nossa herança (I Rs. 21:1-3)
Vivemos num mundo onde a Igreja de Laodiceia já exerce o seu ministério. A
noiva corrompida oferece comodidades. Hoje a primazia está em pregar mensagens
convenientes, fazer da Graça o que convém e ditar facilidades e liberdades
religiosas. O relativismo já
atingiu países (USA e países europeus) que antes eram o berço do Evangelho e
hoje necessitam de uma conversão. Tal relativismo já nos alcança e, junto com o
terrível sincretismo religioso que o nosso país vive, se soma uma triste
associação religiosa onde MUITOS preferem viver os “seus caminhos”.
Jesus mesmo não buscou comodidade,
mas, pelo contrário, se fez fraco para nos fazer fortes. Negou seu trono para
dormir, muitas vezes, em pedras.
O momento é de vigilância. Não é hora de
comodismo espiritual, mas sim de estarmos de pé como vigias e combatentes de
Deus. “Bem aventurado aquele que, quando o Senhor vier, o achar
servindo assim” (Mt 24:46).
A igreja (infiel) que vai ficar no dia do
Arrebatamento é aquela que, nesse período profético, desfez de seu compromisso
espiritual com o Senhor Jesus: Essa igreja é citada em Cantares 3:3.
“Já despi as minhas vestes; como as tornarei a vestir? Já lavei
os meus pés; como os tornarei a sujar”?
A igreja que o jovem levita encontrou e,
que muitos em suas peregrinações procuram, já “despiu
de suas vestes”- já não tem compromisso nenhum
com a salvação. Ela já “lavou os seus pés”- Não quer mais caminhar e realizar a OBRA de Deus, não quer ter
em seus pés a poeira (compromisso) com as Boas Novas.
O que o jovem levita encontrou em seu
caminho? Ele encontrou o que procurava: comodidade. Onde? Na casa de Mica.
A SEGUNDA PARTE DESTE TEXTO SE ENCONTRA NA POSTAGEM ABAIXO: O “PROJETO DE MICA” 2ª PARTE.
Gabriel Felipe M. Rocha
2 comentários:
Infelismente tenho visto alguns fazendo igual ao jovem levita na minha igreja. Não estam aguentando a pressão e estao saindo para procurar comodidade
mUITO BOM, VARÃO, OBRIGADO POR AMIS ESSA. vAGUIN
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