Tenho reparado o quanto o cristianismo está em descrédito.
Principalmente no meio dito "evangélico" ou protestante onde há uma
maior carga de cobrança pelo simples fato de pregarem mais enfaticamente a
santidade. Bem, de fato o descrédito é justo quando olhamos para os vários
problemas que permeiam o meio cristão. Mas a culpa é nossa e não do Evangelho.
A essência do mesmo é tão real e eficaz que é capaz de transformar vidas, coisa
que homem nenhum pode fazer. E o fato do Evangelho ser simples e ser, ao mesmo
tempo, o poder de Deus para a salvação, aumentam mais a nossa culpa. Tantas
igrejas, tantas ideias, tantas heresias, tantas pessoas vazias, tantos
pseudocristãos que em nada se mostram diferentes ou transformados pela Palavra
do genuíno Evangelho (que é poder de Deus). Existem mais crentes
denominacionais do que homens e mulheres compromissados com as questões do
Reino de Deus, aliás, homens e mulheres que, como os cristãos primitivos,
morreriam pela causa cristã.
Mas o conteúdo do Evangelho é salvação, é graça divina, é resgate e é
amor. Está faltando um real engajamento. Está faltando qualidade. A mensagem do
Evangelho é para transformação e nós somos os culpados do descrédito do mesmo,
pois nossas ações não são boas! Não tem como pregar amor se não amamos e nem fé
se a nossa fé não vem acompanhada por sinais verdadeiros e nem frutos visíveis
de arrependimento, amor e piedade. Nós somos os culpados...
Mas quando há o verdadeiro engajamento, o mundo lê
as nossas vidas, pois somos, de fato, cartas abertas para o mundo onde a
mensagem do Cristo vivo está escrita com sangue. Assim fazemos diferença! Como
o nosso Senhor ensinou: precisamos ser sal e luz do mundo. Precisamos temperar
a terra e iluminar onde há escuridão. Não podemos ser iguais aos que não
conhecem a Cristo. Portanto, a tarefa é nossa e, com ela, a culpa, também é
nossa. Coloco aqui o termo “culpa” não
no sentido do pecado para morte, embora Deus irá requerer o fruto de nosso
trabalho e a multiplicação dos talentos que um dia nos foi confiado. Deus nos
chamou para sermos mordomos e precisamos dar conta dessa mordomia. A culpa que
emprego aqui nessa reflexão não é pessoal, mas muito abrangente. O fato de o
Evangelho estar em descrédito é culpa do ser humano comissionado a levá-lo e
anunciá-lo e não do Evangelho em si que é puro e santo. É nessa perspectiva que
deixo essa reflexão.
Contudo, Deus tem chamado o seu povo para andar com
Ele e ser participante da glória dEle. Ele é rico em misericórdia e a
nossa culpa foi expiada pelo precioso sangue de Jesus. Basta, agora, nos
achegarmos diante dEle com fé e confiança. Precisamos (todos nós) a cada
instante nos renovarmos nesse amor, pois Jesus pagou a nossa culpa, nossa
dívida, mas o pecado ainda está em nós. Não sejamos mais omissos, mas sim
sensíveis e obedientes à voz do Espírito. Sejamos luz e sal.
Sejamos todos “atalaias da Verdade” e jamais venhamos nos assemelhar ao mundo.
"Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 João 1:7-9)
"Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 João 1:7-9)
Alguns ainda
poderão dizer: Ah! Isso tudo que está acontecendo é profético... ...O
amor de muitos se esfriaria, etc. Sendo profético ou não, é nossa
responsabilidade zelar pelo Evangelho de Jesus Cristo em nossas vidas e em
nossa congregação.
"Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na
verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua
palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em
mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu
me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como
nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade,
e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles
como me tens amado a mim" (João 17:18-23)
Maranata!
Gabriel Felipe M. Rocha: professor e acadêmico;
Graduado em História (licenciatura e bacharelado);
Pós graduado em Sociologia (lato sensu);
Mestrando em Filosofia (área de estudo: Ética e Antropologia);
Bacharel em Teologia (ênfase em História da Igreja);
Estudou Francês Instrumental na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte.
Graduado em História (licenciatura e bacharelado);
Pós graduado em Sociologia (lato sensu);
Mestrando em Filosofia (área de estudo: Ética e Antropologia);
Bacharel em Teologia (ênfase em História da Igreja);
Estudou Francês Instrumental na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte.
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