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terça-feira, 24 de junho de 2014

CRISTO, O MESTRE DE NOSSOS CORAÇÕES



(C.H. Spurgeon)

"A graça que não torna um homem melhor do que os outros é imitação sem valor"

Texto base: Mt 1.21

"Quando perguntadas sobre o que a salvação significa, muitas pessoas respondem que é 'ser salvo do inferno e levado ao céu'. Esse é um resultado da salvação, mas é apenas uma parte do que essa bênção contém. É verdade que nosso Senhor Jesus Cristo redime todo o seu povo do castigo que virá; Ele os salva da terrível condenação decorrente de seus pecados. Todavia, seu triunfo é muito mais completo do que isso. Ele salva o seu povo 'de seus pecados'. Oh, que excelente livramento nossos piores inimigos e maiores fraquezas, onde Cristo realiza uma obra de salvação, expulsa Satanás de seu trono e não mais o deixará ser o mestre. Nenhum homem é cristão verdadeiro se o pecado reina em seu corpo mortal. O pecado estará em nós - ele nunca será totalmente expelido até que nosso espírito entre na glória - mas nunca terá o domínio. Haverá uma batalha entre domínio e resistência em relação à nova terra e ao novo espírito que Deus implantou, mas o pecado nunca terá a supremacia para tornar-se o monarca absoluto de nossa natureza.

Cristo será o Mestre do coração, e o pecado deve ser eliminado. Se o Salvador não santificou, você não o renovou e não lhe deu um sentimento de aversão pelo pecado e amor pela santidade, não fez nada em você relacionado ao caráter da salvação. A graça que não torna um homem melhor do que os outros é imitação sem valor. Senhor, salva-me agora de todo mal e capacita-me para honrar meu Salvador."

(Fonte: O melhor de Charles Spurgeon, p. 36, CPDA, 2007)

A reconciliação com Deus

A reconciliação com Deus

“De modo que, de agora em diante, a ninguém mais consideramos do ponto de vista humano. Ainda que antes tenhamos considerado Cristo dessa forma, agora já não o consideramos assim. Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo suplicamos: Reconciliem-se com Deus.  Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:16 ao 21)


Em 2 Coríntios 5:16-21, Paulo descreve como a salvação através de Cristo funciona atraindo o conceito de reconciliação. Por que Paulo escolheu esse termo? Em Português, reconciliar significa “Fazer voltar à antiga amizade (aqueles que se malquistaram).” Vem do Latim reconciliare que significa “reunir-se novamente.” Esse contexto é bem aplicável, pois, quando o primeiro homem pecou, rompeu-se completamente a amizade com Deus e, sendo assim, a humanidade se encontra em constante inimizade com o Criador. Mas Cristo é a proposta divina para a reconciliação. E isso partiu da própria generosidade de Deus (graça) que, por Ele mesmo, quis se reconciliar com o pecador por intermédio de seu Filho através do sangue inocente. Hoje, nós todos, podemos chegar a Deus como amigos quando cremos na eficácia desse sacrifício perfeito.

Escrevendo em Grego, Paulo usa uma palavra diferente: καταλλάσσω (katallassō). No coração desta longa palavra se encontra a raiz ἄλλος (allos) que significa “outro”. Então o verbo katallassō significa “trocar uma coisa por outra coisa.” É utilizado normalmente no Grego Clássico para referir-se a troca de bens ou dinheiro. Depois foi aplicado às relações de apaziguamento entre pessoas ou nações em disputa; as duas partes deixam o rancor de lado e voltam a ser amigas.

Autores Gregos nunca utilizaram o termo katallassō em um contexto religioso. A inovação de Paulo é a utilização do idioma de troca/escambo para explicar a mensagem cristã da salvação. Ele diz que Deus faz as pazes entre ele e a humanidade, trocando sua própria justiça pelos pecados da humanidade. Essa justiça estaria no sangue do único Justo, a saber, Jesus Cristo. Este termo, que teria lembrado a audiência de Paulo sobre relações internacionais, é especialmente propício porque mostra a necessidade da morte de Cristo em uma cruz e a importância do derramamento de sangue para tal reconciliação. Ou seja, sem esse derramamento, não pode haver a troca no sentido empregado por Paulo, pois só há a troca quando Deus recebe nosso pecado dando-nos o perdão e a reconciliação.

O interessante é notar que: nós, seres humanos, somos seres em constante pecado e, sendo assim, constantemente necessitamos de um renovo para chegar diante de Deus.

Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”
(1 João 1:7-10)

Neste acordo de reconciliação, Cristo funciona como o mediador, o agente que vai e volta entre as duas partes até que a fenda seja remendada: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Cor 5:19). Sem Cristo como facilitador da troca, a reconciliação seria impossível.

" A cruz é aquela grande e última palavra de Deus ao homem que explica tudo o que precisa ser explicado e responde as nossas persistentes perguntas sobre o propósito e a obra de Deus entre os homens” (Paul Washer)







(Por Gabriel Felipe M. Rocha/ Interpretação grego/português por Jonathan A. Lipnick)