segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O ESPIRITO SANTO NA IGREJA



A OPERAÇÃO DO ESPIRITO SANTO NA IGREJA

por Gabriel Felipe M.R.

Muitos grupos cristãos hoje não conseguem entender o que é a presença do Espírito Santo agindo no ‘Corpo de Cristo’ (Igreja).
Há uma notória divisão entre os tradicionais, reformados,pentecostais e grupos que , apenas querem viver a OBRA do ESPÍRITO SANTO sem confusão e ventos doutrinários em divergências.
VEJAMOS A SEGUIR:
1. PROFECIAS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
O derramamento do Espírito Santo foi predito várias vezes antes do seu acontecimento. O profeta Joel vaticinou a respeito do derramamento do Espírito sobre toda a carne. Essa ocorrência se concretizará plenamente no futuro, em relação a Israel, por ocasião do reinado do Messias (Jl. 2.28-32), no tocante à igreja, se concretizou no dia de pentecostes (At. 2.16-18). Isaias profetizou o derramamento do Espírito sobre a posteridade de Israel (Is. 44.3). Depois do período do silêncio profético, João Batista, já próximo à manifestação do ministério público de Jesus, disse que batizava com água, para arrependimento, mas que viria um maior do que ele, que batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Mt. 3.11). No contexto dessa passagem, o batismo com o Espírito Santo diz respeito àqueles que crêem em Cristo, e com fogo, para os que O rejeitam como Senhor. Não podemos negar, porém, que o fogo é símbolo bíblico do Espírito Santo, pois, línguas repartidas como de fogo foram vistas por ocasião do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes (At. 2.3). Jesus também predisse, mais que isso, prometeu enviar o Espírito Santo sobre os seus discípulos (Jô. 14.16,17). Depois de ressuscitar, disse ele: “permanecei em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder (Lc. 24.49) e “vós sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias” (At. 1.5). Essa promessa foi ratificada em At. 1.8: “recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo”. As palavras de Jesus dizem respeito tanto ao recebimento do Espírito quanto ao Seu derramamento, experiências que ocorrem em momentos distintos.
2. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES
A festa judaica de Pentecostes acontecia no qüinquagésimo dia depois da Páscoa, também era denominada de Festa das Semanas, porque ocorria sete semanas depois da Páscoa. Na ocasião celebrava-se a colheita dos primeiros grãos de trigo (Ex. 23.16; 34.22; Lv. 23.15-21). Para a igreja, essa festa passou a ter um significado especial, diz respeito ao momento em que essa recebeu o poder do alto, o batismo no Espírito Santo, prometido por Jesus, para a expansão do evangelho (At. 2.1). Cento e vinte discípulos, que se encontravam reunidos no mesmo lugar, ouviram um som como de um vento, na medida em que esse encheu o cenáculo, línguas repartidas como que de fogo pousaram sobre os presentes (At. 2.2,3). E todos foram cheios do Espírito Santo, o verbo pimplemi - cheios em grego - dá idéia de uma capacitação sobrenatural para o serviço divino. Desse modo, o derramamento do Espírito Santo significa o mesmo que ser batizado no ou com o Espírito Santo ou receber o dom do Espírito (At. 1.5; 2.4; 38). Esse mesmo Espírito habilita sobrenaturalmente os discípulos a “falarem em outras línguas” (At. 2.4), isso quer dizer que eles não estudaram as línguas que falaram, ainda que, pelo contexto, inferimos que essas línguas foram reconhecidas como idiomas (At. 2.6). O falar em línguas é uma evidência física do batismo no Espírito Santo,porém não única. Esse precisa ser diferenciado do dom de variedade de línguas (I Co. 12.10). Quando o crente fala em línguas, no Batismo no Espírito Santo, demonstra que experimentou o derramamento. Quanto fala em línguas, enquanto dom, edifica a si mesmo, ou, se houver quem interprete, a igreja (I Co. 14.4,13,27).
3. O PROPÓSITO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
O propósito do Batismo no Espírito Santo está explicitamente registrado em At. 1.8. Ainda que alguns teólogos associem esse derramamento a uma vida de santificação, esse, na verdade, objetiva o testemunho da morte e ressurreição de Cristo por parte de quem o experimenta. O fruto do Espírito Santo, produzido a partir de uma vida de comunhão com Deus, favorece a santificação do cristão (Gl. 5.22), o derramamento do Espírito, no entanto, visa à capacitação do cristão, com o poder do alto, a fim de que esse tenha coragem e audácia, mesmo diante de perseguições e adversidades, para falar, com intrepidez, a respeito do evangelho de Cristo. Toda igreja que pretende ser missionária, e desenvolver o ministério de testemunho de Jesus com eficácia, deve buscar o derramamento do Espírito Santo. Ao lermos o relato das experiências pentecostais do século passado, somos impactados pelas proezas que os servos de Deus foram capazes de realizar no poder do Espírito Santo. Após terem passado pela experiência desse Batismo, não mediram esforços para levar adiante a mensagem da salvação. Os diários de homens como Daniel Berg e Gunnar Vingren, a biografia de cristãos como Orlando Boyer, e de tantos outros crentes batizados no Espírito Santo, revelam o que Deus pode fazer, e ainda tem feito, com homens e mulheres cheios do Espírito. Os crentes da igreja primitiva, outrora atemorizados pelas autoridades religiosas judaicas, após experimentarem o enchimento do Espírito, passaram a anunciar o evangelho com ousadia, impulsionados pelo Espírito Santo.
O ESPIRITO SANTO , HOJE, OPERA E SE MANIFESTA NAS IGREJAS ?
Grupos protestantes ‘reformados’ e tradicionais não conseguem aceitar toda a profecia sobre a presença do Espirito Santo no Corpo de Cristo.
Estão presos ainda na experiência obtida pelos grandes reformadores no período em que a Igreja se “libertou” pela e para a Palavra de Deus, não sabendo que, A reforma foi meramente o preparo para a Igreja receber a porção que já havia sido definida pelo Senhor para iniciar uma nova fase na vida do Corpo de Cristo: A fase e tarefa de proclamar (cheia do Espirito Santo) que o Jesus não só está vivo, mas voltará com juízo.
Afirmam que , no encerramento do cânon , as manifestações do E.S. (dons) foram aniquilados. A principal base para seus argumentos é: 1Cor. 13:8,9,10.
VEJAMOS ENTÃO:
Uma informação importante: Os dons do Espírito Santo são 9 ao todo. São operantes no ‘Corpo’. 1Cor. 12.
Os dons espirituais como profecias, línguas, ciência,etc. terminarão no fim da presente era. A ocasião em que eles cessarão é descrita assim: “quando vier o que é perfeito”(v10), ou seja, no fim da presente era quando , então, o conhecimento e o caráter do crente se tornarão perfeitos na eternidade, depois da segunda vinda de Cristo (v12;1.7). Até chegar esse tempo, precisamos do Espírito Santo e dos dons espirituais na congregação. Não há nenhuma evidencia aqui , nem em qualquer outro trecho das escrituras,de que a manifestação do Espírito Santo através de seus dons cessaria no fim da era apostólica como dizem os ‘reformados’ (ou inconformados).
Ainda em 1Cor.13:8,9,10. Estes versículos deixam claro que o dom de línguas ainda existe hoje. A expressão “quando vier o que é perfeito” refere-se à revelação registrada nas Escrituras. Mesmo estando concluída, a revelação é sempre confirmada pelos preciosos dons do Espírito Santo, os quais sempre foram dados para corroborar a mensagem que os apóstolos estavam pregando.
1Cor. 14:1-3. Aqui, é preciso fazer uma observação. Em três eventos históricos (Atos 2:4,6,8; 10:46;19:6), o falar em línguas refere-se a dialetos , ou idiomas(heteros), que não são conhecidos por quem fala. Quando a palavra “língua” é usada no singular(glossa), γλώσσα(1Cor.14:2,4,13,19,26,27),ela refere-se à expressão extasiada dos coríntios . Em 1Cor. 14:9, ela refere-se à língua física do homem, e em 1Cor. 14:23, estando no plural com um pronome plural,às expressões extasiadas dos corintios. O ensino do apostolo Paulo é de que aquele que fala em línguas edifica a si mesmo; porem, estando na presença de outras pessoas, se houver quem as interprete, elas também serão edificadas.
Pois bem, aqui fica mais uma contribuição sobre o tema.
Quero apenas deixar esclarecido que: Não fazemos apologia ao movimento pentecostal. Sabemos que esse tipo de movimento tem tomado rumos ruins e expondo o Evangelho ao ridículo e, ferindo gravemente a sã doutrina afastando os outros do evangelho.
O que existe é: Uma operação (com ordem e decência) do Espirito santo no Corpo de Cristo(igreja) com o intuito de preparar a Noiva do Senhor para entrar nas Bodas ( veja a alegoria feita na parábola das dez virgens).
O Espirito Santo tem realizado uma OBRA ,que, se agente for contar aqui, ninguém nos daria crédito.
Espirito Santo não é bagunça. É Deus manifestando seu poder, pois Ele é vivo.
Gabriel Felipe M.Rocha
Historia (lic.bach.)
Pos graduação-Sociologia
Estudante de Teologia – Bacharelado em Historia da Igreja;
Grego N.T.
Biel_shalom@yahoo,com.br / telefone 31 8619 5377

Um comentário:

Anônimo disse...

'' Espirito, Espirito, que desce como fogo, vem como em Pentecostes e enche-me de novo"