sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Eleição e Predestinação

(Estudando Eleição e Predestinação para a glória de Deus)
Uma rápida lição em Romanos 8: 29 (A doutrina da predestinação)

Em primeira análise, Deus é o autor da eleição e não o homem. Foi Deus quem nos escolheu. Não nós que escolhemos Deus. Jamais poderíamos escolher a Deus. Nossa condição espiritual não nos garantia esse poder de escolha. Estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Éramos ímpios, fracos, pecadores e inimigos de Deus. Por isso, a escolha de Deus é incondicional. Sendo dessa forma, a lição dada pelo arminianismo sempre tende a um modelo de humanismo. Deus não nos escolheu por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. Por isso "graça". Graça, portanto, é o favor imerecido. Deus não nos escolheu porque éramos bons, mas apesar de sermos maus. Por isso Jesus Cristo é para nós a reconciliação plena com Deus mediante seu sacrifício vicário. Deus não nos escolheu porque cremos em Cristo; cremos em Cristo porque Deus nos escolheu (At 13.48). Pois bem, esta é uma lição básica para que nossa mente se abra para o entendimento da predestinação.
Para sustentar o entendimento, veja o que está escrito em Efésios capítulo 1, versículo 4, a doutrina da eleição: “Assim como nos escolheu, nele, [em Cristo], antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele…”.
Portanto, a predestinação é pontualmente a escolha pré definida de Deus e se passa na esfera pessoal, ou seja: Deus predestinou e elegeu indivíduos.predestinação se refere especificamente à decisão de Deus tomada na eternidade, em relação ao destino final de pessoas individuais, antes de o mundo existir. Em geral, o Novo Testamento fala da predestinação ou eleição de pecadores particulares para a salvação e para a vida eterna (Veja em Rm 8.29; Ef 1.4-5,11), ainda que as Escrituras também ocasionalmente atribuam a Deus antecipada decisão a respeito dos que, finalmente, não foram salvos (Rm 9.6-29; 1 Pe 2.8; Jd 4). Por essa razão, na teologia protestante, define-se a predestinação mediante a inclusão tanto da decisão de Deus de salvar alguns do pecado (a eleição) como a correspondente decisão de não salvar outros (reprovação).
O termo grego para predestinação é prooridzo, um termo usado para declarar os decretos eternos de Deus, nos desígnios e nos propósitos do seu plano de salvação (como mostrado em Romanos 8; 29 e 30). O termo está ligado a outras importantes palavras, como: proetoimadzo (que significa "adequar antecipadamente") que dá a noção de um preparo já definido para que o objeto da escolha seja um dia adequado e moldado conforme aquilo que de antemão foi estabelecido. Por isso a vida do cristão genuíno é uma constante adequação ao modelo perfeito, a saber, Jesus Cristo. É um constante e dinâmico cumprimento da ordem divida. É a realização existencial e espiritual do determinismo divino. Esse termo também pode significar "ordenar antecipadamente", dando a ideia de um selo, uma escolha e uma separação para tal patamar, porém num tempo eterno (kronos). Daí tem-se a profunda ligação entre predestinação e eleição. O termo Predestinação também tem ligação com outro termo grego e outra expressão bíblica: protasso. Esse termo traz consigo a ideia de "organizar" ou "arranjar" para determinado fim bem posterior. Significa "prescrever antes de nomear ou indicar". Assim, predestinação é um momento anterior à própria eleição, embora caminham juntas no processo e no conceito de salvação como ato soberano de Deus. Deus predestinou e elegeu. Isso ainda no tempo eterno. Logo - no tempo (kronos) terreno, Ele chamou, efetivando assim a eleição ocorrida já na sua eternidade.
No entanto, esse conceito de predestinação não pode sugerir algum tipo de estagnação espiritual, moral e intelectual. Não significa que, sendo predestinados e salvos, podemos "congelar" nossa vida. Não! Voltemos ao que foi escrito logo acima. Predestinação, a partir do termo original, significa "adequar antecipadamente", ou seja: Deus nos separou desde sua eternidade para que fossemos conforme soberana vontade. Fomos predestinados para sermos segundo seus propósitos específicos já definidos em glória. "Conformes a imagem de seu Filho" (Rm 8:29). Fomos predestinados a participarmos da glória de Jesus Cristo, sendo que fomos definidos por Deus para receber um coração (uma mente) conforme a de Cristo e, logo, um corpo glorificado em glória para reinar com Cristo. Em Cristo somos co-herdeiros da Herança eterna. "[...] a fim que Ele o primogênito entre muitos irmãos" (Rm 8:29). Portanto, a necessidade de se entender a predestinação e eleição junto com a noção da perseverança dos santos. Temos um alvo: a perfeição, embora esta se efetive em glória. Pois fomos eleitos e separados para andarmos conforme Cristo e, gradativamente, alcançarmos a forma ideal de acordo com aquilo que Deus determinou antes do nosso chamado. Para que isso seja cumprido diligentemente, Ele nos conferiu a fé e, com a fé, a certeza e a segurança da salvação para que andemos olhando para o alvo, pensando nas coisas que são de cima e não olhando para trás jamais.
Breve reformulo o presente estudo e continuo o mesmo (se Deus permitir). Há muito ainda que melhorar....


Gabriel Felipe M. Rocha.

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