Revelação
(Por R. C. Sproul)
Olá, amigos, irmãos e leitores do Blog
Palavra a Sério! A Paz!
Desde que abracei a fé reformada,
entendendo-a e percebendo-a como uma fé pautada não só na história gloriosa da
Reforma Protestante, mas pautada e totalmente fundamentada nas Escrituras, na
Bíblia como regra única de fé e prática da Igreja de Jesus Cristo, Sproul tem
sido um pregador, autor e exemplo que tem sido usado por Deus para me inspirar
cada dia mais. Sendo assim, deixo um breve texto de R.C. Sproul sobre o
conceito de “Revelação” à luz das Escrituras. Principalmente, sabendo que muitas
igrejas de cunho sectário surgiram através de supostas “revelações” e, o mesmo
termo tem sido – também – muito usado entre os neopentecostais sem nenhum
cuidado, entendimento e estudo. Portanto, faz-se relevante e pertinente
analisar à luz da Bíblia tal conceito. Boa leitura!
Tudo o que sabemos sobre o Cristianismo nos foi revelado por Deus. Revelar significa "tirar o véu." Tem a ver com remover a cobertura e descobrir algo que está encoberto.
Quando meu filho era pequeno, nossa
família desenvolveu uma tradição anual para comemorar seu aniversário. Em vez
da prática geral de entregar os presentes, fazíamos isso por meio da nossa
versão caseira do programa de televisão "Vamos Fazer um Trato." Eu escondia
os presentes destinados a ele, por exemplo, dentro de uma gaveta, debaixo do
sofá ou atrás de uma cadeira. Então lhe dava algumas opções: "Você pode
ganhar o que está na gaveta da minha escrivaninha ou o que está no meu
bolso". O ponto principal do jogo era o "grande trato do dia".
Eu colocava três cadeiras, uma ao lado da outra, cada uma delas coberta com um
lençol. Cada lençol encobria um presente. Na primeira cadeira colocávamos um
presente simples, na Segunda o presente principal que ele iria ganhar e sobre a
terceira uma muleta que ele havia usado quando quebrou a perna aos sete anos de
idade.
Meu filho escolheu a cadeira com a
muleta por três anos consecutivos! (No final, sempre permitíamos que trocasse a
muleta pelo presente.) No quarto ano, estava determinado a não escolher mais a
muleta. Desta vez, eu escondi o presente principal junto com a muleta, na mesma
cadeira, e deixei a ponta da muleta aparecendo por baixo do lençol. Ao ver a
ponta da muleta, meu filho evitou cuidadosamente aquela cadeira. Ganhei de
novo!
A parte mais divertida da brincadeira
era tentar adivinhar onde o presente estava escondido. Tratava-se contudo de um
trabalho de mera suposição, pura especulação. A descoberta do verdadeiro
tesouro só podia ser feita depois que o lençol era removido e o presente ficava
exposto.
O mesmo acontece com o nosso
conhecimento de Deus. A especulação fútil sobre Deus é mera tolice. Se queremos
conhecê-lo de verdade, temos de depender daquilo que ele revela sobre si mesmo.
A Bíblia declara que Deus se revela de
várias maneiras. Manifesta sua glória na natureza e por meio dela. Revelou-se
nos tempos antigos por meio de sonhos e visões. As marcas da sua providência se
manifestam nas páginas da História. Revela-se nas Escrituras inspiradas. O ponto
mais alto da sua revelação é visualizado em Jesus Cristo, tornando-se ser
humano – o que os teólogos chamam de "encarnação".
O autor da carta aos Hebreus escreveu: Havendo Deus, outrora, falado, muitas
vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos
falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual
também fez o universo. Hebreus 1.1,2.
Embora a Bíblia fale das "diversas
maneiras" em que Deus se revela, distinguimos entre dois tipos principais
de revelação – a geral e a especial.
A revelação geral é chamada assim por
duas razões: (1) ela é geral no conteúdo e (2) é revelada para uma audiência
geral.
Conteúdo Geral
A revelação geral nos proporciona o
conhecimento de que Deus existe. "Os céus proclamam a glória de
Deus", diz o salmista. A glória de Deus é manifesta nas obras das suas
mãos. Essa manifestação é tão clara e visível que nenhuma criatura pode deixar
de percebê-la. Ela revela o poder eterno de Deus e sua divindade (Rm.1.18-23).
A revelação na natureza, porém, não proporciona uma revelação plena de Deus.
Não nos dá informações sobre o Deus Redentor que encontramos na Bíblia. O Deus
que se revela na natureza, entretanto, é o mesmo Deus que se revela na Bíblia.
Público Geral
Nem todas as pessoas no mundo já leram
a Bíblia ou ouviram a proclamação do Evangelho. A luz da natureza, porém,
brilha sobre todos, em todos os lugarem em todo o tempo. A revelação geral de
Deus acontece diariamente. Deus nunca fica sem um testemunho de si mesmo. O
mundo visível é como um espelho que reflete a glória do seu Criador.
O mundo é um palco para Deus. Ele é o
ator principal, que aparece em primeiro plano e no centro. Nenhuma cortina pode
fechar-se para obscurecer sua presença. Basta um olhar de relance na criação
para se perceber que a natureza não é sua própria mãe. Não existe a tal
"Mãe Natureza". A natureza em si mesma não tem poderes para produzir
qualquer tipo de vida. A natureza, em si é estéril. O poder de produzir a vida
reside no Autor da natureza – Deus. Colocar a natureza como a fonte de vida é
confundir a criatura com o Criador. Todas as formas de adoração da natureza,
portanto, são atos de idolatria e são abomináveis para Deus.
``A luz da força da revelação geral,
todo ser humano sabe que Deus existe. O ateísmo envolve a negação total de algo
que é reconhecido como verdadeiro. Por isso a Bíblia diz: "Diz
o insensato no seu coração: Não há Deus." (Sl. 14.1). Quando as
Escrituras tratam tão severamente o ateu, chamando-o de "insensato",
elas estão fazendo um julgamento moral dele. Ser insensato, em termos bíblicos,
não significa Ter pouco entendimento ou falta de inteligência; é ser imoral.
Como o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, assim a negação de Deus é o
máximo da loucura.
Semelhantemente o agnóstico nega a
validade da revelação geral. O agnóstico, porém, é menos berrante que o ateu.
Ele não nega terminantemente a existência de Deus. Pelo contrário, ele declara
que as evidências são insuficientes para se decidir de uma maneira ou de outra
quanto à existência de Deus. Prefere suspender seu julgamento, deixando o tema
da existência de Deus uma questão em aberto. À luz da clareza da revelação
geral, entretanto, a posição do agnosticismo não é menos abominável para Deus
do que a do ateísta militante.
Para qualquer pessoa, porém, cuja mente
e coração estão abertos, a glória de Deus é maravilhosa de se ver – desde os
bilhões de universos no firmamento, até as partículas subatômicas que formam a
menor das moléculas. Que Deus incrível nós servimos!
A influência de vários movimentos em
nossa cultura, tais como a Nova Era, as religiões orientais e a filosofia
irracional tem provocado uma crise no entendimento. Uma nova forma de
misticismo tem surgido, a qual exalta o absurdo como a marca registrada da
verdade religiosa. Lembremo-nos da máxima do Zen Budismo, de que "Deus é
uma mão batendo palmas" como uma ilustração desse padrão.
Dizer que Deus é uma mão batendo palmas
tem uma ressonância profunda. Tal afirmação conffunde a mente consciente, pois
é um golpe nos padrões normais de pensamento. Soa "profundo" e
intrigante, até analisarmos cuidadosamente e descobrirmos que na raiz é
simplesmente destituída de sentido.
A irracionalidade é um tipo de caos
mental. Fundamenta-se na confusão que se opões ao Autor de toda a verdade, o
qual não é de forma alguma autor de confusão.
O Cristianismo bíblico é vulnerável a
tais correntes de irracionalidade exaltada, porque irracionalidade admite
candidamente que existem muitos paradoxos e mistérios na própria Bíblia.
Existem linhas que separam o paradoxo, o mistério e a contradição; embora sejam
tênues, essas linhas divisórias são cruciais e é importante que aprendamos a
distingui-las.
Quando tentamos perscrutar as
profundezas de Deus, somos facilmente confundidos. Nenhum mortal pode
compreender a Deus exaustivamente. A Bíblia revela coisas sobre Deus que
sabemos serem verdadeiras, a despeito da nossa incapacidade de entendê-las
totalmente. Não temos um ponto de referência humano para entender, por exemplo,
um ser que é três em termos de pessoa, mas um só em essência (a Trindade), ou
um ser que é uma pessoa com duas naturezas distintas, humana e divina (a pessoa
de Cristo). Essas verdades, tão certas, como são, são "elevadas"
demais para podermos compreendê-las.
Encontramos problemas similares no
mundo natural. Sabemos que a força da gravidade existe, mas não a entendemos e
nem tentamos defini-la como irracional ou contraditória. A maioria das pessoas
concorda que o movimento é uma parte integrante da realidade, embora a essência
do movimento em si tenha deixado filósofos e cientistas perplexos por milênios.
Isso, porém, não justifica um salto no absurdo. A irracionalidade é fatal tanto
para a religião como para a ciência. De fato, ela é mortal para qualquer verdade.
O filósofo cristão Gordon H. Clark
certa vez definiu um paradoxo como "uma cãibra entre as orelhas’. Seu
comentário espirituoso destina-se a destacar que aquilo que às vezes é chamado
de paradoxo frequentemente nada mais é do que preguiça mental. Clark,
entretanto, reconhecia claramente o papel legítimo e a função do paradoxo. A
palavra paradoxo vem de uma raiz grega que significa "parecer ou aparentar".
Paradoxos são difíceis de entender porque à primeira vista "parecem"
contradições, mas quando são sujeitos a um exame minucioso, frequentemente
pode-se encontrar as soluções. Por exemplo, Jesus disse: "Quem
perde a vida por minha causa achá-la-á" (Mt.10.39). Aparentemente, isso
soa semelhante à declaração de que "Deus é uma mão batendo palmas".
Soa como vida em um sentido, irá encontrá-la em outro
sentido. Já que a perda e a salvação têm sentidos
diferentes, não há contradição. Eu sou pai e filho ao mesmo tempo, mas
obviamente não há contradição. Eu sou pai e filho ao mesmo tempo, mas
obviamente não no mesmo relacionamento com a mesma pessoa.
O termo paradoxo é frequentemente mal-interpretado como
sendo sinônimo de contradição; agora, inclusive, aparece em alguns dicionários como um significado
secundário desse termo. Uma contradição é uma afirmação que viola a lei
clássica da não contradição. A Lei da não-contradição declara que A não pode ser A e não-A ao mesmo tempo e
no mesmo contexto. Quer dizer, algo não pode ser o que é
e não ser o que é ao mesmo tempo e no mesmo contexto. Essa é a mais fundamental
de todas as leis da lógica.
Ninguém pode entender uma contradição,
porque uma contradição é inerentemente
incompreensível. Nem mesmo Deus pode entender
contradições; entretanto, certamente ele pode reconhecê-las pelo que são –
falsidades. A palavra contradição vem do latim "falar contra". Às vezes é chamada uma antinomia, que significa "contra a lei". Para Deus, falar em
contradições seria ser intelectualmente anormal, falar com uma língua
bipartida. Até mesmo insinuar que o Autor da verdade poderia cair em
contradição seria um grande insulto e uma blasfêmia irresponsável. A
contradição é a arma do mentiroso – o pai da mentira, que despreza a verdade.
Existe uma relação entre mistério e
contradição, que facilmente nos leva a confundir ambos. Não entendemos
mistérios. Não podemos entender contradições. O ponto de contato entre ambos os
conceitos é seu caráter ininteligível. Os mistérios podem não ser claros para
nós agora simplesmente porque nos falta a informa[ção o u a perspectiva para
entendê-los. A Bíblia promete que no céu teremos mais luz sobre os mistérios
que agora não podemos entender. Mais luz pode resolver os atuais mistérios. Não
existe, entretanto, luz suficiente nem no céu nem na Terra para resolver uma
óbvia contradição.
Quando eu era menino e minha mãe queria
que fizesse algo para ela sem demora, acentuava a ordem usando o adverbio imediatamente. Ela dizia: "Filho, vá para o seu quarto imediatamente."
Minha mãe usava a palavra imediatamente para referir-se a um evento no tempo que devia ocorrer sem qualquer
bloco de tempo intermediário. Na teologia, o termo imediato significa algo mais. Significa que algo acontece sem passar por nenhum
agente, objeto ou meio intermediários. É uma ação que ocorre sem a participação
de intermediários.
Na teologia bíblica podemos distinguir
dois tipos de revelação geral – aquela que é comunicada diretamente. Quando
falamos de revelação geral imediata, nos referimos à revelação transmitida por
meio de alguma coisa. Quando os céus revelam a Deus, tornam-se os mediadores,
ou o meio pelo qual Deus manifesta sua glória. Neste sentido, todo o universo é
um meio de revelação divina. A criação dá testemunho do seu Criador.
A Bíblia diz que toda a terra está
repleta da glória de Deus. Lamentavelmente, com frequencia nós ignoramos essa
glória que nos cerca. Temos a tendência de viver de maneira superficial.
Estamos desatentos diante da maravilha que Deus nos proporciona em sua gloriosa
criação. Estamos desligados e fora de contato. As idéias religiosas são inúteis
se não expressam algo real.
A presença sublime de Deus está em toda
a nossa volta. Ainda assim, muitas vezes estamos cegos e surdos para ela. Não
compreendemos sua linguagem. Exige mais do que simplesmente parar para cheirar
as flores. A flor contém mais do que um aroma suave ou um perfume agradável.
Ela transpira a glória do seu Criador. Todos nós estamos em contato com a
revelação divina, quando reconhecemos a glória de Deus na natureza e é revelada
nela e por meio dela.
Além de revelar sua glória indiretamente
por meio da criação, Deus também se revela diretamente à mente humana. Essa é
chamada revelação geral imediata.
O apóstolo Paulo fala da Lei de Deus
escrita em nosso coração (Rm.2.12-16). João Calvino falou sobre um senso do
divino, o qual Deus implanta na mente de cada pessoa. Ele disse: Nós,
inquestionavelemente, afirmamos que os homens têm em si mesmos certo senso da
divindade; e isto, por um instinto natural. ... Deus mesmo dotou todos os
homens com certo conhecimento de sua divindade, cuja memória ele constantemente
renova e ocasionalmente amplia. (Institutas, II, 1,43).
Todas as culturas atestam a presença de
alguma atividade religiosa, confirmando a incurável natureza religiosa da
humanidade. Os seres humanos são religiosos no seu âmago. O caráter de tal
religiosidade pode ser grosseiramente idólatra; mas até mesmo a idolatria, ou
melhor, principalmente a idolatria, dá uma evidência desse conhecimento inato que pode ser
distorcido, mas jamais destruído.
Lá bem no fundo da nossa alma nós
sabemos que Deus existe e que nos deu suas Leis. Procuramos sufocar esse
conhecimento a fim de escapar dos seus mandamentos. Por mais que nos
esforcemos, porém, não podemos calar essa voz interior. Ela pode ser abafada,
mas jamais ser destruída.
Quando foi tentado por Satanás no
deserto, Jesus o repreendeu com as palavras: "Está
escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca
de Deus" (Mt.4.4). Historicamente, a igreja tem feito ecoar o ensino de
Jesus, afirmando que a Bíblia é a vox Dei, a "voz de Deus" ou o verbum
Dei, a "Palavra de Deus’. Chamar a Bíblia de "a Palavra de Deus"
não significa sugerir que ela foi escrita pela própria mão de Deus, ou que caiu
do céu num pára-quedas. A própria Bíblia claramente chama a atenção para seus muitos
autores humanos. Se a estudarmos cuidadosamente, percebemos que cada autor
humano tem seu próprio estilo literário peculiar, seu próprio vocabulário,
ênfase especial, perspectiva e outros aspectos. Já que a produção da Bíblia
envolveu esforço humano, como pode ser ela considerada Palavra de Deus?
A Bíblia é chamada de Palavra de Deus
por causa da sua reivindicação, crida pela igreja, de que os escritores humanos
não escreveram simplesmente suas próprias opiniões, mas que suas palavras foram
inspiradas por Deus. O apóstolo Paulo escreve: "Toda
Escritura é inspirada por Deus" (2 Tm. 3.16). A palavra inspiração é uma tradução da palavra grega que significa "sopro de Deus".
Quer dizer, Deus soprou a Bíblia. Assim como temos de expelir ar de nossa boca
quando falamos, assim, em última análise, a Bíblia é Deus falando.
Embora a Bíblia tenha chegado a nós por
intermédio das mãos de autores humanos, a fonte suprema das Escrituras é Deus.
Por isso os profetas podiam prefaciar suas palavras, dizendo: "Assim
diz o Senhor". Por isso Jesus também podia dizer: "A
tua palavra é a verdade" (Jo. 17.17) e "a
Escritura não pode falhar" (Jo. 10.35).
A palavra inspiração também chama a atenção par ao processo
pelo qual o Espírito Santo superintendeu a produção da Bíblia. O Espírito guiou os autores humanos para que as
palavras deles não fossem nada menos que a Palavra de Deus. Não sabemos como
Deus superintendeu a redação original da Bíblia. Inspiração, entretanto, não
significa que Deus ditou sua mensagem para aqueles que redigiram a Bíblia. Ao
invés disso, o Espírito Santo comunicou as exatas palavras de Deus por
intermédio dos escritores humanos.
Os cristãos afirmam a infalibilidade e
a inerrância da Bíblia porque, em última análise, Deus é o seu autor. E porque
Deus é incapaz de inspirar algo falso, sua palavra é totalmente verdadeira e
digna de toda confiança. Qualquer literatura humana, elaborada pelos meios
normais, está sujeita a erros. A Bíblia, porém, não é um projeto humano normal.
Se a Bíblia foi inspirada por Deus e sua redação foi supervisionada por ele,
então não pode ter erros.
Isso significa que as traduções da
Bíblia que temos hoje não estejam isentas de erro, mas que os manuscritos
originais eram absolutamente corretos. Isso também não significa que cada declaração
da Bíblia seja a expressão da verdade. O escritor do livro de Eclesiastes, por
exemplo, declara que "no além para onde tu vais, não há obra,
nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma" (Ec.9.10). O escritor estava falando do ponto de vista do
desespero humano e sabemos que esta declaração não expressa a verdade, de
acordo com outros textos bíblicos. A Bíblia expressa a verdade até mesmo ao
revelar a falsa argumentação de um homem desesperado.
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