Estou apresentando aqui neste blog e em outros meios de divulgação alguns textos e postagens que abordam o tema: seitas, heresias e religiosidade. Como a pouco mais de três meses deixei de congregar numa denominação religiosa sectária e cheia de problemas doutrinários e problemas na liderança e administração de recursos financeiros, acho pertinente postar aqui alguns textos que denunciam essas mazelas que existem não só ali, mas em muitas igrejas que abandonaram a verdade geral da Palavra de Deus para se fundamentarem em dons subjetivos e em "novas revelações", o que caracteriza uma SEITA.
O texto que compartilho é um texto de meu estimado amigo Dan Russel. É
um texto para nossa reflexão e, pretendi um dia escrever algo no mesmo sentido,
mas o tal já expressa exatamente aquilo que precisei mostrar e o que fui e que
deixei de ser quando passei a querer viver o Evangelho como ele é (conforme a
Palavra), deixando o legalismo religioso e o sectarismo denominacional que,
infelizmente, está em vigência em muitos lugares que se autodenominam
"especiais" e "únicos"mas que, na verdade, estão cheios de
rapina, heresia, engano, doutrinas que só são justificadas por eles mesmos,
pois a Bíblia não as respaldam, aparência de piedade, famílias destruídas e
sepulcros caiados. Espero que gostem e reflitam. Nossos ensinamentos aqui são
fundamentados e justificados pela BÍBLIA e não por conceitos denominacionais e “revelações
extras” como fazem as igrejas sectárias. (Gabriel Felipe M. Rocha)
Já Fui Um Fariseu!
Fariseu, uma palavra que vem do Grego PHARISAIKOS e do Hebreu
P’RISHAYYA, relativa ao verbo PARUSH, que significa “SEPARADO ou SEPARAR”.
De acordo com o Índice de Temas em Cadeia da Bíblia Thompson - Almeida
Edição Contemporânea Revisada - o farisaísmo era um partido judaico que se
identifica basicamente por três princípios, quais sejam:
1 – punham muita ênfase na observância de ritos e cerimônias;
2- consideravam-se possuidores de piedade superior e se separavam da gente comum;
2- consideravam-se possuidores de piedade superior e se separavam da gente comum;
3 – criam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo e na existência de anjos e espíritos.
Note, o leitor, que dentro de suas três características, uma estava
correta, de acordo com as Sagradas Escrituras: os fariseus criam na
imortalidade da alma, na ressurreição do corpo e na existência de anjos e
espíritos. Neste ponto estavam corretos, contudo, nos outros dois,
demasiadamente equivocados.
Dar ênfase a ritos e cerimônias leva o homem a preocupar-se mais com o
exterior (aparência) do que com o interior. Esse, inclusive, era um dos piores
males dos fariseus. Outrossim, considerar-se superior em piedade e separar-se
das pessoas comuns é ir contra um dos grandes mandamentos do Deus vivo: “que os
irmãos vivam em união”.
Nesta senda, com um olhar mais atento, observa-se algo assustador: O
FARISAÍSMO CONTINUA VIVO NOS DIAS ATUAIS. O sistema continua o mesmo. Nele, há
algumas verdades, porém há muito mais mentiras, sendo esse o seu perigo:
apresentar mentiras sutis e destruidoras, acobertadas por algumas verdades.
Jesus entra, então, neste cenário, combatendo veementemente o
farisaísmo, justamente porque os fariseus, por apresentarem algumas verdades e
por se preocuparem excessivamente com a piedade aparente, consideravam-se
superiores a todos os homens.
Não é sem motivo que Jesus os chama de “sepulcros caiados”, como ele diz
em Mateus 23:27: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois
semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas
interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia”.
Esses sepulcros caiados eram sepulcros enfeitados. Sim, por mais mentiras,
ladroíces, traições e enganos que existissem dentro de suas sinagogas, os
fariseus não se arrependiam diante de Deus e, consequentemente, aparentavam,
diante da população, serem santos e irrepreensíveis.
Jesus, durante todo seu ministério, travou diversos embates com esses
religiosos hipócritas, sendo que grande parte de suas mazelas, atravessando
milênios, continuam vivas no coração de muitos crentes contemporâneos.
Dentre elas, podemos destacar as seguintes:
“mazelas dos fariseus com seus familiares”: em Mateus 15: 4-9 Jesus
aponta que os religiosos davam mais importância às suas tradições do que aos
seus familiares, anulando assim o mandamento do Senhor. Não é diferente hoje.
Quantos jovens, homens e mulheres, estão abandonando seus familiares, “em nome
de Deus”, para servirem à tradição dos homens. Há algumas religiões que não dão
espaço para seus membros: feriados após feriados, finais de semana após o
outro, promovendo encontros e eventos, desgastando suas comunhões familiares,
pensando agradar a Deus, não percebendo que agem como os fariseus, desonrando o
mandamento do Senhor; mulheres viúvas de maridos vivos; filhos órfãos de pais
vivos; não por acaso, muitos perdidos na pornografia e sexualidade, mas sempre
mantendo a aparência de santos irrepreensíveis;
“Preocupação excessiva com os ritos e cerimônias” - Mateus 15:11 – os
fariseus criticaram Jesus e seus discípulos por comerem com as mãos sujas.
Preocupavam-se em demsia com os rituais, com a aparência, pois não conheciam a
liberdade que Cristo veio lhes proporcionar. Hoje, alguns fariseus não permitem
louvar a Deus com as mãos para o alto; não permitem dizer: “obrigado Senhor”,
tudo ao seguinte argumento: “é uma orientação de Deus!” Hipócrita, Deus não se
importa se a mão está para o alto ou para baixo, se a mão está suja ou se está
limpa, se está calçado ou descalço, ele se importa com a pureza e integridade
do coração. Não há imoralidade, indecência ou desordem em levantar as mãos a
Deus. O fariseu preocupa-se com a aparência e se esquece do coração. “não ore
dizendo “obrigado Senhor”, diga “agradeça”. Hipócrita! Não é a palavra, é o
coração; “a hipocrisia”: Mateus 23:25 – Jesus os chamou de hipócritas por
diversas vezes. Mas é isso mesmo que são, pois falam uma coisa e fazem outra.
Esse é o mal do fariseu; diz: “não somos crentes, somos servos do Senhor”, mas
não se sujeita à palavra de Deus. Diz: “somos sérios”, mas faz meninices; diz:
“não pregamos sobre dízimos”, mas vigia se seus prosélitos estão dizimando;
diz: “temos dons”, mas são pouquíssimos os dons que se cumprem; diz: “nossos
pastores não são remunerados”, mas se esquece que Deus manda remunerá-los “I
Cor 9:13-14”; prega sobre o amor, mas aplaude seus pastores arrogantes e mal
educados e expulsa os mendigos, os bêbados e os oprimidos das portas de suas
sinagogas; prega a liberdade, mas escraviza seus fiéis com imposições humanas;
às vezes, raramente, diz com orgulho: “nossos pastores são leigos”, mas se
esquecem que Deus disse que “daria pastores que apascentariam com inteligência
“Jer 3:14; fala de perdão, mas apedreja os que confessam os seus pecados,
esquecendo-se do amor, da misericórdia, da justiça e do evangelho; fala de
união (corpo), mas o “corpo” é somente a sua instituição, a ponto de se
sentirem culpados ou serem disciplinados por visitarem outras denominações e
não permitirem a visita de outros pastores em suas reuniões; diz que jejua, mas
o faz dormindo; “madruga”, mas o faz por aparência e não consegue ficar uma
noite em vigília de oração; diz que é feliz com Jesus, mas vive murmurando,
sentindo ódio e rancor no coração.
“o fermento dos fariseus”: “um pouco de fermento leveda toda a massa”.
Não basta haver algumas verdades, uma mentira só anula todo o evangelho de
Cristo. O farisaísmo hoje prega a Jesus como o único e suficiente salvador, mas
prega também que seu sistema é “a obra – filho único” - mentira! Obra, filho
único, é Jesus, não um emaranhado de dogmas e doutrinas que destoam a palavra
de Deus e confundem corações e mentes fragilizadas. Não é um sistema. Não é um
movimento separatista (fariseu); obra filho único é o evangelho de Jesus vivido
por milhares de crentes em todo o mundo; “Deus amou o mundo de tal maneira que
enviou seu ÚNICO FILHO, para que TODO AQUELE que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna”. Jo 3:16.
“o sectarismo” - Mateus 23:15 – nessa passagem Jesus diz que os fariseus
percorriam o mundo para fazerem prosélitos, e não crentes em Deus. Prosélito é
aquele que é convertido a um sistema, pensando estar convertido a Deus. Os
fariseus pensavam ser os melhores, os filhos únicos, por essa razão queriam que
todos os outros homens se convertessem a seu sistema. Não levavam a liberdade,
mas a escravidão em cerimônias e rituais confusos, sendo que Deus não é Deus de
confusão. “Acautelai-vos deles”.
“perseguições” - Mateus 23: 34. Jesus os culpa por matar os profetas que
eram enviados para convertê-los do mau caminho. Hoje, também, o farisaísmo
persegue, calunia, difama e destrói a todo o custo àqueles que se levantam para
anunciar suas heresias e apostasia; não recebem a correção; sequer ouvem os
profetas. Temem ler e ouvir críticas a sua religião; são incentivados e não dar
crédito a nada que for contrário à “lei que o seu Moisés os deu”. Muitos,
provavelmente, estão lendo este texto com receio de estar fazendo algo errado.
Eu já fui assim. Era exatamente assim que eu agia. Tinha raiva dos que
saíam do sistema; desejava o mal para quem não pensava como eu; quando alguém
saía, eu pensava: “agora vai adoecer”, “agora o casamento termina”, “coitados
dos filhos”, “espero que quebre a cara” e por ai vai. Nunca abençoava. Só
amaldiçoava.
Um certo fariseu disse, certa vez, acerca de um que havia saído do
sistema: “agora o casamento dele termina”; outro fariseu disse, em outra
situação: “Deus já está o amaldiçoando, pois vendeu seu carro e trocou por um
outro”. Quanta tolice. Quanta hipocrisia.
Hoje sei que muitos pensam isso a respeito de todos quantos são libertos
desse sistema maligno. O fariseu é perigoso.
Sim, o farisaísmo era tão perigoso que Nicodemos e José de Arimateia
tiveram um encontro com Jesus, mas não queriam se revelar aos homens por medo
de serem mortos pelos fariseus (Jo 19:38-39). Quantos, hoje, também enxergaram
a verdade do evangelho, mas não conseguem de desvincular dos fariseus, por medo
de serem perseguidos, difamados e caluniados. Muitos! Conheço alguns. Amados,
isso não ocorre em lugar algum, apenas no farisaísmo. Você é livre. Jesus te
fez livre para adorar. O lugar da adoração não existe. Não é “onde”, é “como”.
A adoração deve ser em espírito e em verdade, não naquele ou nesse lugar.
O fariseu é realmente perigoso.
Reflita melhor, amado irmão, pense se você não está fazendo muitas
coisas por mera aparência, ou por amor ao seu partido, ou por medo dos
fariseus.
O objetivo desse texto, embora confronte muito daquilo que muitos
entendem como verdade, não é simplesmente apontar as mazelas desse sistema
destruidor de lares e de vidas, mas também exortar a todos a viverem o puro e
simples evangelho de Cristo.
O evangelho não consiste em mandamento de homens, mas na graça de
Cristo. Consiste em mudança de vida de dentro para fora, não de fora para fora.
É uma mudança leve, não pesada. É uma transformação do Espírito, não do sistema
religioso. É a conversão de homens pecadores em homens adoradores, não em
prosélitos. É a paz de Cristo, não a paz do culto. É o amor a todos os homens,
inclusive aos inimigos.
Jesus é a verdade que liberta, liberta inclusive dos partidos sectários.
Paulo era “o pior dos fariseus” e teve um encontro com a luz. A luz mostrou que
Paulo, na verdade, era cego. Talvez você esteja cego. A luz está brilhando, mas
muitos estão resistindo a seu brilho, “recalcitrando contra os aguilhões”. Não
resista ao Espírito Santos de Deus. Venha para a verdade e siga o evangelho de
Cristo.
Dan Russel
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