A paz de
nosso Senhor Jesus a todos os amigos, leitores, irmãos e verdadeiros estudantes
da Palavra de Deus! Continuo com a temática a respeito das “seitas e heresias”
e, nesta postagem, deixo um texto que escrevi em dezembro sobre um diálogo
entre “um, outro e eu”. Um diálogo fictício, porém que expressa uma lamentável
verdade que pode ser identificada na fala de muitos crentes denominacionais e
religiosos que existem por aí. A religiosidade e qualquer outro problema, é
comum em todas as igrejas. Porém, algumas igrejas incentivam essas práticas por
meio de suas “formas de vida” e por meio de suas doutrinas questionáveis.
Um, Outro e Eu
Em uma
eventual reunião, um, outro e eu começamos a conversar sobre nossas igrejas e
sobre nossa real motivação no Evangelho.
Um disse:
"Na
minha igreja, o culto começa pontualmente, os louvores são solenes, os irmãos
usam terno e as irmãs usam saia ou vestido, fazemos tudo conforme a
"revelação" de nossa liderança, temos usos e costumes, nossa doutrina
é "especial", pois Deus quis revelá-la apenas para nós, pois somos
"um povo único" e o culto só existe se houverem dons espirituais em
evidência, pois, "se não tiver dons, não tem culto" e a pregação é
"além da letra" porque a "letra mata, mas o espírito vivifica".
Em minha igreja, sabemos orar corretamente, pois Deus nos ensinou o que dizer
em cada oração e antes de nós, todos faziam errado. Nosso Evangelho é
"revelado", pois o da Bíblia é ineficaz e o Espírito Santo precisou
ditar novas coisas e novos métodos... Lá aprendemos a amar nossa denominação
mais que nossa família, pois somos "devedores" e precisamos
"pagar" nossas dívidas através de nossos esforços em prol de nossa
santa instituição, pois ela é a Noiva de Jesus e o restante são
"primas". Lá, nós madrugamos e jejuamos e fazemos questão de mostrar
que estamos na benção e, por cumprir todas as ordenanças, nos tornamos aptos
para cobrar e requerer dos outros o mesmo esforço. Na minha igreja, se um irmão
decidir sair, logo perdeu a benção e vai "perder sua salvação" por
isso. Isso se ele não morrer e for comido por um câncer ou coisa parecida, pois
deixou o único lugar onde Deus fala...[...]"
Eu me
admirei e disse:
"Olha,
muito bom, parabéns!". Em meio a tantos cristãos na face da terra, sua
igreja é a única que Deus se agrada. Parabéns por tamanha santidade...
Mas o
outro, em meio a "edificante" e farisaica explanação disse:
"Na
minha igreja o povo é diferente. É mais pobre e necessitado, pois não podem
"ajudar a Deus" na salvação, pois eram depravadamente perdidas no
pecado e Deus teve que resgatá-las apenas com os méritos de Jesus Cristo para
concedê-las vida. Nós oramos, jejuamos e madrugamos porque necessitamos muito
de Deus e amamos sua presença. Na minha igreja existem homens, mulheres e
crianças alcançadas pela graça e misericórdia de Deus, pessoas que não merecem
a salvação, mas que foram salvas, em fim, pelo Soberano Deus. Na nossa
igreja... Ah! Aprendemos que não somos nada! Não "ajudamos" em nada
nosso Deus em relação à nossa salvação, pois é obra exclusiva e soberana dele,
por isso aprendemos o caminho da humildade e da submissão ao Evangelho. Existem
ali pessoas cheias de defeitos, falhas e pecados, mas que se renovam a cada dia
em Cristo e tal renovo é contínuo e transformador, tanto, que elas passam a
amar mais as pessoas, os irmãos e, suas obras, evidenciam a presença viva de um
Deus generoso. O entendimento do Evangelho da graça e da generosidade constante
desse Deus tem promovido ali pessoas bem humildes que sentem a necessidade de
contribuírem - também generosamente e livremente - para o Reino através de
vidas edificadas na Palavra de Deus e na genuína revelação de Jesus Cristo. Na
minha igreja as pessoas não externizam através de usos e costumes que "são
da benção", mas, existencialmente elas provam que são uma benção pela
graça, pelo caráter, pela família edificada e pela regeneração que há nelas
obrada por um Santo Espírito cuja obra é eficaz. A liderança de nossa igreja
necessita bastante de oração, pois são homens como cada um de nós. Minha igreja
é simples, pois não tem dono. Lá precisamos sempre escolher em meio a
congregação e sob a comunhão da mesma nossas lideranças. Lá aprendemos que
somos fracos o suficiente para não nos aventurarmos em "novas
revelações" e por isso não evidenciamos os usos de dons 'revelacionais' e
nem buscamos adivinhar situações alheias para que assim possa haver um culto,
pois lá - quando reunimos - existe um Deus vivo que recebe nosso louvor porque
Ele nos capacitou para ofertarmos tal louvor... Lá a Palavra está no centro do culto,
pois Jesus é o centro do culto e Cristo é revelado nas Escrituras. Portanto,
somos fracos, necessitados, mas estamos firmes na fé pela graça de um Deus
forte, soberano cuja obra é eficaz e não nos traz encargos humanos e
legalistas, mas sim suavidade para servir com alegria, amor, devoção sincera e
ajuda mútua, na qual chamamos de verdadeira comunhão".
Eu disse:
"É
isso que quero viver! Fui liberto para servir em entendimento e graça. Quero o
Evangelho santo da graça e não o outro evangelho da religiosidade".
Assim,
caminhamos juntos olhando para o alto de onde vem nossa salvação, esquecendo o
que para trás ficou e prosseguindo para o alvo da soberana vocação e, dessa
forma, não mais vivemos nós, mas Cristo, de fato, vive...
Filipenses
3 - 7. Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor
de Cristo;
8. sim,
na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas
coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo,
9. e seja
achado nele, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela
fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;
10. para
conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a participação dos seus
sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte,
11. para
ver se de algum modo posso chegar à ressurreição dentre os mortos.
12. Não
que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas vou prosseguindo, para ver
se poderei alcançar aquilo para o que fui também alcançado por Cristo Jesus.
13.
Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é
que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão
adiante,
14.
prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus.
(Gabriel F. M. Rocha)
Pra ler mais sobre o tema: “Seitas e
Heresias”, acompanhem as seguintes postagens:
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