Sexta parte
8 – O que
o EVANGELHO nos ensina? Como devemos ser? O que Cristo quer que sejamos? Seria
a ICM um modelo daquilo que o Evangelho ensina?
Ele
nos quer prosseguindo para o Alvo. Ele quer que a nossa caminhada cristã chegue
um dia à perfeição em Cristo. A
caminhada cristã se caracteriza especialmente por ser, ao mesmo tempo, uma
jornada e uma expressão existencial dotadacpor uma finalidade, ou seja, dotada
de um fim em glória .Veja em Filipenses 3: 14. Nossa jornada se polariza
basicamente em duas finalidades que, embora específicas, não estão separadas e
se concretizam de forma concomitante. Falo da finalidade específica do crente,
a saber, alcançar a perfeição em glória através da salvação e do Triunfo de
Cristo (Fp 3: 12-16). A outra finalidade (que é geral) é a Eternidade de Deus
(João 6: 51) através da graça soberana desse mesmo Deus, da obra salvífica de
Cristo mediante os méritos desse mesmo Cristo e da obra de regeneração
(constante e segura) do Espírito Santo.
Essas duas finalidades não se separam, sendo as duas, de igual forma, de
extrema importância. Embora não participemos do ato da salvação divina (que é
por graça e soberania de Deus e é segura em Cristo), nós - pela vida cheia do
Espírito Santo – caminhamos rumo à perfeição e glória de Cristo. Assim ,
precisamos congregar e caminhar em boas companhias, em lugares onde o Evangelho
é ensinado em sua totalidade e não em partes. Longe do engano religioso, da
mentira farisaica, da idolatria denominacional, longe da vaidade religiosa, longe
do sectarismo e das heresias.
Sobre
isso, apontamos algumas verdades referentes à nossa jornada como cristãos:
1) Andando
conforme a Palavra, congregando e trabalhando para o Reino, nós crescemos a cada
instante em graça, conhecimento (2 Pd 3: 18) e fé (Rm 3: 28);
2) E,
através da firmeza de nossa caminhada (Lc 13: 33) e da constância no serviço do
Evangelho (1 Cor 16: 13), desenvolvemos a nossa salvação com temor e tremor (Fp
2: 12);
3) Sendo
Deus mesmo quem nos faz perseverar no caminho (Fp 2: 13) dando-nos a graça,
disposição, força e oportunidades;
4) Assim,
evidenciamos cada dia (em nossa existência e em nossos corpos) o início
(motivação) e o fim (consumação) de nossa caminhada, palavras, gestos e ações.
Jesus é o Início (João 1: 1-3) e o fim (Mt 28: 20), o Alfa e o Ômega (Ap 1: 8).
Através de nossas vidas, evidenciamos Jesus. Mostramos Jesus ao mundo (João 17:
22, 23). Por isso precisamos ser sal e luz do mundo (Mt 5: 14);
5) Por
fim, precisamos dar razão de nossa fé em Jesus Cristo através de nossas obras de
transformação (Tg 2: 17);
6) No
entanto, sem amor, genuína entrega e piedade, tudo se perde e se torna vão
(veja em 1 Cor 13)
Mas, para que nossa caminhada venha se efetivar como caminhada de sucesso e
crescimento rumo ao fim estabelecido, precisamos ter em mente que Deus é
quem nos dá todas essas oportunidades. Só dessa forma é que nosso coração
se torna um altar para Deus através do reconhecimento de sua graça e
misericórdia. Precisamos colaborar para que o Espírito Santo venha realizar
e consolidar sua obra em nossos corações (Cl 1: 6). Muitas são as
oportunidades e meios pelo qual Deus nos induz ao fim desejado (Fp 2: 13).
Contudo, aqui, quero falar, de forma bem especial, de uma oportunidade (ou meio
de graça) que Deus dispôs para que venhamos desenvolver nossa salvação e
avançarmos para o alvo, a fim de concluirmos a carreira que nos foi proposta
desde a Eternidade.
Uma das tantas oportunidades e recursos oriundos da graça divina é a CONGREGAÇÃO.
Isso! A nossa igreja é um dos tantos meios de graça que Deus nos concedeu para
que venhamos nos tornar crentes melhores, aptos para o serviço do Reino e
perfeitos em Cristo (mesmo que tal perfeição venha ser concluída em glória).
Pertencer a uma boa igreja não é simplesmente bom. É mais que isso. É
necessário. Não é algo que possa ser prescindido (Hb 10: 25). A Bíblia nos
ensina que congregar é benção, pois é na comunhão da congregação que,
efetivamente, somos membros do Corpo espiritual de Cristo. De fato, somos
membros do Corpo de Cristo quando recebemos a fé, mas o ser membro ajustado
desse Corpo é ser regenerado, genuinamente piedoso, disposto, servo, canal de
benção para o outro, obediente, fiel, operante, assíduo e participante de forma
geral da comunhão da igreja. Muitas
seitas como a que citei nesta postagem não conseguem mais viver isso, pois
estão preseas em seus próprios sistemas legalistas e farisaicos. A Igreja como
congregação é um recurso da graça divina para que os crentes desenvolvam – cada
um – sua vida cristã pessoal e, de forma concomitante, para que toda a igreja
cresça na missão proposta pelo Evangelho a fim de edificar o Corpo de Cristo e
evidenciar a Boa Notícia no mundo.
Para
vivermos bem e andarmos em boas igrejas, devemos nos atentar para algumas admoestações
bíblicas fundamentais. Devemos fugir das seitas e das heresias:
·
“E Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos
do fermento dos fariseus e saduceus” (Mateus 16:6)
·
“Porque não me envergonho do evangelho de
Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro
do judeu, e também do grego" (Romanos 1:16)
·
“Porque não ousamos classificar-nos, ou
comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos, mas estes que se medem a si
mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento” (II Co. 10:12)
·
“Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente
aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que,
na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão
perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou um
anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que pregamos a vocês, que
seja amaldiçoado! Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de
Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando
agradar a homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1: 6-10).
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