quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Parte 6

Sexta parte

8 – O que o EVANGELHO nos ensina? Como devemos ser? O que Cristo quer que sejamos? Seria a ICM um modelo daquilo que o Evangelho ensina?

             Ele nos quer prosseguindo para o Alvo. Ele quer que a nossa caminhada cristã chegue um dia à perfeição em Cristo. A caminhada cristã se caracteriza especialmente por ser, ao mesmo tempo, uma jornada e uma expressão existencial dotadacpor uma finalidade, ou seja, dotada de um fim em glória .Veja em Filipenses 3: 14. Nossa jornada se polariza basicamente em duas finalidades que, embora específicas, não estão separadas e se concretizam de forma concomitante. Falo da finalidade específica do crente, a saber, alcançar a perfeição em glória através da salvação e do Triunfo de Cristo (Fp 3: 12-16). A outra finalidade (que é geral) é a Eternidade de Deus (João 6: 51) através da graça soberana desse mesmo Deus, da obra salvífica de Cristo mediante os méritos desse mesmo Cristo e da obra de regeneração (constante e segura) do Espírito Santo.
          Essas duas finalidades não se separam, sendo as duas, de igual forma, de extrema importância. Embora não participemos do ato da salvação divina (que é por graça e soberania de Deus e é segura em Cristo), nós - pela vida cheia do Espírito Santo – caminhamos rumo à perfeição e glória de Cristo. Assim , precisamos congregar e caminhar em boas companhias, em lugares onde o Evangelho é ensinado em sua totalidade e não em partes. Longe do engano religioso, da mentira farisaica, da idolatria denominacional, longe da vaidade religiosa, longe do sectarismo e das heresias.
          Sobre isso, apontamos algumas verdades referentes à nossa jornada como cristãos:

1)        Andando conforme a Palavra, congregando e trabalhando para o Reino, nós crescemos a cada instante em graça, conhecimento (2 Pd 3: 18) e fé (Rm 3: 28);

2)        E, através da firmeza de nossa caminhada (Lc 13: 33) e da constância no serviço do Evangelho (1 Cor 16: 13), desenvolvemos a nossa salvação com temor e tremor (Fp 2: 12);

3)        Sendo Deus mesmo quem nos faz perseverar no caminho (Fp 2: 13) dando-nos a graça, disposição, força e oportunidades;

4)        Assim, evidenciamos cada dia (em nossa existência e em nossos corpos) o início (motivação) e o fim (consumação) de nossa caminhada, palavras, gestos e ações. Jesus é o Início (João 1: 1-3) e o fim (Mt 28: 20), o Alfa e o Ômega (Ap 1: 8). Através de nossas vidas, evidenciamos Jesus. Mostramos Jesus ao mundo (João 17: 22, 23). Por isso precisamos ser sal e luz do mundo (Mt 5: 14);

5)        Por fim, precisamos dar razão de nossa fé em Jesus Cristo através de nossas obras de transformação (Tg 2: 17);

6)        No entanto, sem amor, genuína entrega e piedade, tudo se perde e se torna vão (veja em 1 Cor 13)

          Mas, para que nossa caminhada venha se efetivar como caminhada de sucesso e crescimento rumo ao fim estabelecido, precisamos ter em mente que Deus é quem nos dá todas essas oportunidades. Só dessa forma é que nosso coração se torna um altar para Deus através do reconhecimento de sua graça e misericórdia. Precisamos colaborar para que o Espírito Santo venha realizar e consolidar sua obra em nossos corações (Cl 1: 6). Muitas são as oportunidades e meios pelo qual Deus nos induz ao fim desejado (Fp 2: 13).

          Contudo, aqui, quero falar, de forma bem especial, de uma oportunidade (ou meio de graça) que Deus dispôs para que venhamos desenvolver nossa salvação e avançarmos para o alvo, a fim de concluirmos a carreira que nos foi proposta desde a Eternidade.
          Uma das tantas oportunidades e recursos oriundos da graça divina é a CONGREGAÇÃO. Isso! A nossa igreja é um dos tantos meios de graça que Deus nos concedeu para que venhamos nos tornar crentes melhores, aptos para o serviço do Reino e perfeitos em Cristo (mesmo que tal perfeição venha ser concluída em glória).

          Pertencer a uma boa igreja não é simplesmente bom. É mais que isso. É necessário. Não é algo que possa ser prescindido (Hb 10: 25). A Bíblia nos ensina que congregar é benção, pois é na comunhão da congregação que, efetivamente, somos membros do Corpo espiritual de Cristo. De fato, somos membros do Corpo de Cristo quando recebemos a fé, mas o ser membro ajustado desse Corpo é ser regenerado, genuinamente piedoso, disposto, servo, canal de benção para o outro, obediente, fiel, operante, assíduo e participante de forma geral da comunhão da igreja.  Muitas seitas como a que citei nesta postagem não conseguem mais viver isso, pois estão preseas em seus próprios sistemas legalistas e farisaicos. A Igreja como congregação é um recurso da graça divina para que os crentes desenvolvam – cada um – sua vida cristã pessoal e, de forma concomitante, para que toda a igreja cresça na missão proposta pelo Evangelho a fim de edificar o Corpo de Cristo e evidenciar a Boa Notícia no mundo.

Para vivermos bem e andarmos em boas igrejas, devemos nos atentar para algumas admoestações bíblicas fundamentais. Devemos fugir das seitas e das heresias:

·         “E Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus” (Mateus 16:6)

·         “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (Romanos 1:16)

·         “Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos, mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento” (II Co. 10:12)


·         “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que pregamos a vocês, que seja amaldiçoado! Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1: 6-10).

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