sexta-feira, 27 de junho de 2014

O Espírito Santo e o crescimento da igreja

O Espírito Santo e o crescimento da igreja

Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. 1 Coríntios 3:6
Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. 1 Coríntios 3:7

Se o Senhor Jesus não tivesse em mente a redenção daqueles que o Pai haveria de lhe dar, Ele poderia, talvez, se preocupar com “números”, “muita gente”, “multidões”,e teria dado uma ordem diferente daquela que deixou para a Igreja (discípulos) antes de Sua ascensão aos céus. Mas graças a Deus Ele agiu conforme o desejo do Pai e, como Deus, amou a salvação dos perdidos em imensurável graça. Suas palavras, talvez as mais lembradas pela igreja e, paradoxalmente, as mais negligenciadas também, foram (e ainda continuam sendo) estas: Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” (Mateus 28.19 – NVI). Não sabemos quantos discípulos o Senhor Jesus tinha em mente, mas quando menciona nações, deixou claro que a missão da Igreja envolveria avanços, crescimentos, multiplicações.

Como Igreja do Senhor, precisamos rejeitar a numerofobia (o medo do crescimento – às vezes justificado da seguinte maneira: “Prezamos pela qualidade, não pela quantidade”) e a numerolatria(o culto aos números). Tanto a numerofobia como a numerolatria não fazem parte do propósito original do Senhor Jesus para a Igreja. A primeira trava a Igreja e constrói muito mais “muros” do que “pontes”. A segunda transforma o crescimento em um fim em si mesmo, onde os números são mais importantes do que as pessoas.

Como Jesus olhava para as almas e para as nações a receberem sua Palavra, a Igreja não pode deixar de fazer o mesmo; não pode querer só para ela o que foi ordenado que fosse compartilhado com todos. Olhando para o nascedouro da Igreja e seus “primeiros passos”, não temos dúvidas quanto ao propósito do Senhor Jesus em relação ao crescimento. Todavia, não podemos deixar de considerar que este crescimento contava com a saúde divina. O avanço da Igreja glorificava o nome do Senhor Deus.
O Espírito Santo foi derramado sobre um pequeno grupo e logo foi sendo derramado sobre mais e mais pessoas. O propósito do batismo fpi e é aperfeiçoar e capacitar a Igreja para o trabalho da obra do Pai. Em seguida já passamos a ouvir falar de multidões (falamos aqui do exemplo de Atos dos Apóstolos). Sob o poder e atuação do Espírito Santo os discípulos faziam sinais e prodígios: os Doze, Estêvão, Filipe, Paulo…  Conosco ainda pode ser semelhante se nos atentarmos para a verdade da Palavra, se buscarmos o genuíno avivamento espiritual (pela Palavra), pelos dons do Espírito, pela regeneração, santificação e transformação do Espírito que nos dá poder para testemunhar ao mundo da grande salvação, etc.
A ação do Espírito Santo é indispensável ao crescimento que glorifica o Senhor. Pelo Espírito Santo a Igreja recebe instrução e direção da parte do Senhor (sua função é ensinar à Igreja, conduzindo-a a Verdade – João 16.13-16). Esta mesma direção foi fator preponderante para que a mensagem do Evangelho do Reino chegasse à Ásia (Atos 16.6-10). Pelo Espírito as conversões passaram a acontecer em proporções jamais vistas; somente ele pode convencer e converter o ser humano, transformando-o em um discípulo de Cristo (João 16.8). A Igreja foi/é liderada pelo Senhor (Ele é o Cabeça do Corpo/ Igreja) e o Espírito capacita homens que tem a mente de Cristo e não somente a mente denominacional ou sectária. Só quem tem a mente de Cristo atrai vidas para Cristo. A Igreja é formada por pessoas santificadas pelo Espírito Santo e remidas pelo mesmo Espírito Santo e é liderada por homens separados pelo Espírito Santo (Atos 13.1-3). Pela ação do Espírito Santo, a obra missionária foi/é largamente impulsionada (Atos 13-28). Por todo o livro de Atos há registros de que a Igreja crescia, mesmo tendo contra si todo o esforço do inferno – Atos 5.14; 6.7; 9.31; 12.24; 14.1; 16.5; 17.4; 19.20 (Jesus havia predito que isto ocorreria: oposição e crescimento – Mateus 16.18).
Sem a ação do Espírito Santo, a Igreja pode até avançar, mas isto não será considerado “crescimento” diante de Deus; será um enchimento de prédios e não um “povoamento do céu”.
Nem numerofobia, nem numerolatria; simplesmente números, os números de Deus. Todos quantos Ele escolher, separar e chamar, a Igreja deve estar pronta para buscar, acolher e cuidar. Este é o crescimento saudável, o crescimento resultante da ação do Espírito Santo sobre a Igreja.


Pr. Gidiel Câmara Jr. / Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte

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