JESUS, O BOM PASTOR (João 10:1-5)
Por Gabriel Felipe Rocha
Irmãos, amigos e verdadeiros estudantes da Palavra de Deus, a paz de nosso Senhor Jesus Cristo!
Mais uma vez trazemos aos amigos e leitores o tema “Jesus, o bom Pastor”, registrado no Evangelho segundo João, capítulo décimo.
Para quem ainda não leu as postagens aqui publicadas a respeito desse precioso tema, indico:
“Jesus, a Porta”: http://www.palavraserio.blogspot.com.br/2013/05/jesus-porta.html
“Se relacionando com Jesus”: http://www.palavraserio.blogspot.com.br/2013/03/se-relacionando-com-jesus.html
“Ovelhas do meu pasto”: http://www.palavraserio.blogspot.com.br/2013/02/ovelhas-do-meu-pasto.html
No texto que selecionamos hoje, vamos tratar de algo muitíssimo importante para quem é servo do Senhor: A diferença entre o “bom Pastor” e o que está de fora do aprisco.
No início do capítulo 10, Jesus já faz a denúncia: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas (ou aprisco), mas sobe por outra parte é ladrão e salteador” (João 10:1).
É interessante verificar que no início dessa frase, Jesus repete por duas vezes a frase “Na verdade”. O termo usado no original para “verdade” foi “amen” (gr.αμήν). Esse termo é muito conhecido em nosso meio, por exemplo: quando terminamos as nossas orações, dizemos “amém”. Pois é, “amém” é proveniente desse termo grego que significa “assim seja (ou será) feito” e, também, pode significar “firme” ou “confiável”.
Então Jesus quando diz “na verdade, na verdade” (por duas vezes), Ele está afirmando que sua Palavra é confiável, digna de aceitação, firme (não volta atrás) e conclusiva. E se Ele falou por duas vezes, é porque isso também é profético, pois Ele falava ao seu Corpo (sua Igreja, seu aprisco santo) e 2 é tipo da comunhão. No aprisco de Deus há, sobretudo, comunhão uns com os outros, amor, reuniões e orações por todos. No Corpo, a Palavra de Jesus se faz firme, pois é confiável. “e das minhas ovelhas sou conhecido” (João 10: 14).
Jesus afirma nesse texto que só Ele é quem entra pela porta, ao mesmo tempo em que diz: “Eu sou a porta”. Ele estava mostrando que, em sua Obra redentora, Ele se daria a conhecer de forma mais íntima às suas ovelhas, porém, dentro do aprisco e não fora. O fato de Jesus ser a “porta” nos remete ao seguinte: nós entramos e saímos por essa porta todos os dias.
A vida das ovelhas não são tão estática e ociosa quanto se imagina. Há uma dinâmica.
Todos os dias elas saem aos campos, aos pastos, se alimentam, correm riscos, se perdem ás vezes, entram pela noite aos apriscos, são tosquiadas (nas fases próprias), etc. É, portanto, uma vida corrida. Assim é com a Igreja: evangeliza, se alimenta, leva o alimento, sofre as lutas, se reúne todos os dias em um só corpo e, nessa perspectiva de dinâmica, caminha lado a lado com o Pastor Amado. Jesus também delegou a função de “pastor” a alguns homens (não mulheres) fiéis à doutrina e amáveis entre o rebanho. Eles entram pela porta. Para esses, o porteiro (Espírito Santo) abre e a Igreja Fiel é edificada na Verdade.
Mas é exatamente nesse ponto que Jesus faz a denúncia: “aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas (ou aprisco), mas sobe por outra parte é ladrão e salteador”.
Muitos “pastores” travestidos de ovelhas, mas, na verdade, são lobos cruéis, apóstatas e impiedosos, tentam entrar no aprisco, mas nunca entram pela “Porta” pelo fato de não estarem em Jesus.
Achei interessante o termo original usado para “ladrão”. Foi usado o termo “kleptés” (gr. κλέφτης) que indica o que “rouba de maneira secreta”, não como o assaltante ou um arrombador (lestés). Esse tipo de ladrão denunciado por Jesus é o ladrão que rouba sem alguém perceber. Isso acontece nas igrejas como? Muitos “ladrões” têm roubado a Herança do Senhor na vida de muitos santos e têm ferido a Vinha nos corações de muitos fracos e doentes espirituais. E tudo é de forma suave e serena. Muitos desses ladrões são até queridos e transmitem bem uma “mensagem do Evangelho”, porém não a vive. Não estou tratando aqui de roubos materiais e de valores como dízimos e ofertas (para esses tem um severo e justo juízo e os tais também não entram pela porta). Estou tratando do espiritual, isso nos interessa mais. Muitos estão entrando nas igrejas de forma sutil e mansa e lá disseminam erros, doutrinas de Balaão, apostasias sem limites e mundanismo.
O que não entra pela porta muitas vezes se parece com Jesus. parece, mas não é. Está sendo, hoje em dia, oferecido um "evangelho" que se parece com o Evangelho de Cristo, mas na verdade não tem nenhum compromisso com a cruz. Não quer carregar a cruz. Esses tem entrado como ladrões, não entram pela porta. Não conhecem de fato Jesus.
Jesus chama a esses também de "salteadores". Salteadores eram criminosos que não só roubavam, mas matavam, organizavam motins pelas cidades, assaltos, rebeliões, etc. Assim como a multidão escolheu Barrabás (salteador), muitos "crentes" contemporâneos têm escolhido salteadores ao invés de Cristo. Tem preferido um "evangelho" agressivo, preso nas contingências dessa vida, voltado para a satisfação de necessidades e carências materiais. Os salteadores ferem a doutrina e dispersam as ovelhas. Quantos têm andado dispersos acreditando que são crentes em Jesus? Muitos!
O que não entra pela porta muitas vezes se parece com Jesus. parece, mas não é. Está sendo, hoje em dia, oferecido um "evangelho" que se parece com o Evangelho de Cristo, mas na verdade não tem nenhum compromisso com a cruz. Não quer carregar a cruz. Esses tem entrado como ladrões, não entram pela porta. Não conhecem de fato Jesus.
Jesus chama a esses também de "salteadores". Salteadores eram criminosos que não só roubavam, mas matavam, organizavam motins pelas cidades, assaltos, rebeliões, etc. Assim como a multidão escolheu Barrabás (salteador), muitos "crentes" contemporâneos têm escolhido salteadores ao invés de Cristo. Tem preferido um "evangelho" agressivo, preso nas contingências dessa vida, voltado para a satisfação de necessidades e carências materiais. Os salteadores ferem a doutrina e dispersam as ovelhas. Quantos têm andado dispersos acreditando que são crentes em Jesus? Muitos!
Para entrar pela porta, necessário é ter a experiência que Pedro teve em Mateus 16:16 (confira).
Só se conhece Jesus de forma íntima se tiver uma experiência real com Ele. Ter uma experiência real com Ele é ter uma experiência com a revelação. A revelação é a “chave” oferecida por Jesus à Igreja (e não a Pedro somente). Em suma, só se entra no aprisco de Deus e faz parte do Corpo de Cristo quem teve uma experiência com a luz. A luz (revelação) foi quem fez Pedro dizer “na verdade” que “Jesus é o Cristo...”. Nesse momento, me atendo um pouco nessa passagem bíblica, Pedro conheceu o bom Pastor, por isso foi “bem aventurado”. Ele conheceu a voz do Pastor.
Se não tiver a chave, não entra. Isso é que Jesus ensinou. Essa chave foi dada quando Ele, Jesus Cristo, nosso Senhor, derramou seu sangue precioso na cruz. Hoje a Igreja Fiel de Cristo conhece a Jesus e ouve sua voz todos os dias, pois conhece e crê na eficácia desse “sangue”, a saber, a constante regeneração do Espírito Santo.
Esse é o principal segredo para se entrar pela porta e ter uma experiência pessoal com Cristo. Essa é a bem-aventurança da Igreja que vai ser arrebatada: poder, mediante a eficácia da ação do Espírito Santor, ouvir a voz do Pastor amado que fala às igrejas e diz: "Eis que estou a porta e bato", Maranata!
O porteiro (Espírito Santo), enquanto não chega o pastor (que foi resgatar “as outras ovelhas” – João 10:16), não abandona o aprisco. Continua sempre junto à porta. O porteiro ajuda o pastor. Ele cuida das ovelhas e deixa protegido o aprisco. Interessante que, no período da noite, principalmente em Israel, o pastor quando tinha de sair rapidamente para buscar ou tratar de uma ovelha, deixava o porteiro junto ao aprisco e, quando era noite, o porteiro mantinha a luz da candeia acesa para indicar e identificar o aprisco e também para afastar a presença de lobos ou outros predadores. A Igreja espera o bom Pastor e o Espírito Santo tem feito uma Obra de redenção em nosso meio. A luz (revelação de Jesus Cristo) não falta.
Quando chegava o dia, as ovelhas saiam para os pastos. Elas conheciam a voz do pastor, por isso não se dispersavam.
“seguem” aparece no original como “akoloutheo” que significa “estar no mesmo caminho”. O termo também pode se referir a “uma estrada”, um “caminho”. Mas o que me chamou mais a atenção foi o fato desse termo também ser traduzido como “atender a alguém”.
Assim é a caminhada da Igreja que vai morar na Eternidade com Deus: atendendo o chamdo de Cristo e a revelação do Espírito Santo que fala a Igreja.
No mesmo verso diz o seguinte: “seguem porque conhecem a sua voz”.
Analisei também o termo “conhecer” e fiquei surpreso. O termo usado para “conhecer” é “eido” que pode ser traduzido como “estar seguro”, “desejar” e “observar”. Então essa frase em João 10: 4 poderia ser lida ou escrita assim:
· “As ovelhas me seguem porque estão seguras em relação à minha voz” (veja em João 6:68);
· “as ovelhas me seguem (ou andam no mesmo caminho) porque observam o que Eu (com minha voz) tenho feito” (veja em Marcos 2:9-12).
Assim eu termino essa singela postagem desejando a todos a paz de nosso Senhor Jesus!
Gabriel Felipe M. Rocha
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