terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Salvação de Nossos Familiares


Jesus também tinha parentes incrédulos

 


     A paz de nosso Senhor Jesus, amados leitores e amigos do “Palavra a Sério”. Você, assim como eu, tem parentes que não creem em Jesus? Se sim, estamos em boa companhia. Jesus também tinha. E acho que a razão para isso ter acontecido é nos dar esperança, aliás, em tudo, Jesus nos dá esperança.

 

    De acordo com o apóstolo João, “nem os seus irmãos criam nele” (João 7.5). Isso é incrível. Aqueles que viveram com Jesus por 30 anos não o conheciam de verdade. Nenhum dos irmãos de Jesus é mencionado como um discípulo durante seu ministério pré-crucificação. Mas após sua ressurreição e ascensão, ali estão eles no cenáculo adorando-o como Deus (Atos 1.14).

 

Por que eles não acreditavam? E o que os fez mudar?

 

    A Bíblia não responde a primeira pergunta, mas eu aposto que era difícil ter Jesus como irmão.

 

Primeiro, Jesus era inigualável em inteligência e sabedoria. Aos 12 anos, ele deixava os mestres no templo admirados (Lucas 2.42,47). Um irmão pecador, caído e com dons pode ser difícil de acompanhar. Imagine um irmão com dons e perfeito.

 

Segundo, o consistente e extraordinário caráter moral de Jesus deve ter tornado difícil e irritante ficar por perto dele. Seus irmãos deviam gradativamente ter uma autoconsciência melhor, cientes de sua própria pecaminosidade, de seus comportamentos e motivos egoístas, enquanto notavam que Jesus não exibia qualquer traço do gênero. Para pecadores, é difícil conviver com alguém assim.

 

Terceiro, Jesus era profunda e unicamente amado por Maria e José. Como seus pais poderiam não ter tratado-o de forma diferente? Eles sabiam que ele era o Senhor. Imagine a confiança extraordinária e a deferência a Jesus à medida que ele crescia. Sem dúvida os irmãos percebiam uma dimensão no relacionamento do irmão mais velho deles com seus pais que era diferente daquilo que eles experimentavam.

E quando contavam as histórias da família, era difícil igualar a história de uma estrela aparecendo no nascimento de seu irmão.

 

Jesus era superior aos seus irmãos em todas as categorias. Como alguém com uma natureza ativamente pecadora não ficar ressentido por ser apagado por um irmão-fenômeno? A familiaridade produz desprezo quando o orgulho governa o coração.

 

    Uma dor maior do que sabemos deveria estar por trás das palavras de Jesus: “Só em sua própria terra e em sua própria casa é que um profeta não tem honra” (Mateus 13.57).

 

    Então, à medida que avaliamos o papel que nosso testemunho fraco e titubeante possui na incredulidade de nossos parentes, lembremo-nos de Jesus – nem mesmo um testemunho perfeito garante que nossos entes verão e abraçarão o evangelho. Devemos nos humilhar e nos arrepender quando pecamos. Mas lembremo-nos que o deus desse mundo e o pecado que habita no ser humano são os responsáveis por cegar a mente dos incrédulos (2Coríntios 4.4).

 

A história dos irmãos de Jesus pode na verdade nos dar esperança pelos nossos amados.

    No momento em que os irmãos dele disseram que Jesus estava “fora de si” (Marcos 3.21), deve ter dado a impressão que provavelmente eles nunca se tornariam discípulos dele. Mas eles se tornaram! E não apenas seguidores, mas líderes e mártires da igreja primitiva.

 

    O Deus que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, brilhou no coração deles para dar a luz do conhecimento da glória de Deus na face do irmão deles, Jesus (2 Coríntios 4.6).

 

    Portanto, ânimo! Não desista de orar por parentes que não creem. Não tome a resistência deles como a palavra final. Eles ainda podem crer e ser usados de maneira significativa na Obra de Deus!

 

    E enquanto eles resistem ou se eles aparentemente morreram sem crer, podemos confiá-los ao Juiz de toda a terra que será perfeitamente justo (Gênesis 18.25). Jesus não promete que todos os parentes, irmãos e filhos de um servo dele irão crer, mas promete, dolorosamente, que algumas famílias irão se dividir por causa dele (Mateus 10.34-39). Podemos confiar nele quando isso acontece.

 

É emocionante ouvir Tiago se referindo ao irmão dele como “nosso Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória” (Tiago 2.1).

    Você pode imaginar o que essa frase significou para Tiago? No passado, o Senhor da glória dormia do lado dele, comia na mesma mesa de jantar, brincava com seus amigos, falava com ele como irmão, suportou sua incredulidade, pagou a dívida do seu pecado e então o trouxe a fé.

 

    Pode ter levado 20 a 30 anos de testemunho fiel e piedoso do Filho de Deus, mas o milagre aconteceu: seus irmãos creram. Que o Senhor da glória conceda a mesma graça para os nossos amados que não creem.
 
"Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e a tua casa" (Atos 16:31)

 

Gabriel Felipe M. Rocha

2 comentários:

Gabriel F. M. Rocha disse...

Olá, amigos, paz! Só para não deixar nenhuma dúvida e para manter o conteúdo do texto pertinente, esclareço que os exemplos citados acima a respeito da infancia de Jesus e dos possíveis ciúmes de seus irmãos são apenas conjecturas para emoldurar a intenção da postagem. Abraços e continue conosco (se você entrou no Blog Palavra a Sério é porque tem um excelente gosto)!!!

Anônimo disse...

O AMOR ENTRE OS IRMÃOS, É TÃO SOMENTE A OBRA DO SENHOR DEUS NO CORAÇÃO DOS PAIS QUE, DESDE A ETERNIDADE JÁ FORAM ESCOLHIDOS E PREPARADOS PARA EDUCAREM OS FILHOS DE MANEIRA HARMONIOSA. DEUS DEU A CADA PAI E A CADA MÃE UM CORAÇÃO FORTE PARA SABER DISTRIBUIR DE FORMA IGUAL CADA FILHO, CABE AOS IRMÃOS SE RECONHECEREM COMO IRMÃOS DE SANGUE E IRMÃOS EM CRISTO; E QUE AQUELES QUE CONHECERAM A VERDADE PRIMEIRO, SAIBAM ORAR E ESPERAR QUE CADA UM CONSIGA ANDAR PELO MESMO CAMINHO. ORAÇÃO É QUE LEVA À CONCLUSÃO DE QUE FELIZ É A FAMÍLIA QUE PODE DIZER COM ALEGRIA:'EU E MINHA CASA SERVIMOS AO SENHOR."