quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

JÓ 37:1-5 (análise)

Por Gabriel Felipe M. Rocha
 

Jó 37:1
Sobre isso também treme o meu coração, e salta do seu lugar.
Jó 37:2
Dai atentamente ouvidos ao estrondo da voz de Deus e ao sonido que sai da sua boca.
Jó 37:3
Ele o envia por debaixo de todo o céu, e o seu relâmpago até os confins da terra.
Jó 37:4
Depois do relâmpago ruge uma grande voz; ele troveja com a sua voz majestosa; e não retarda os raios, quando é ouvida a sua voz.
Jó 37:5
Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não compreendemos.

Esta postagem, na verdade, é uma mensagem que preguei a alguns dias atrás. Esperem que gostem.

Nossa experiência pessoal com o Senhor Jesus e a honra de sermos chamados ‘filhos de Deus’ consistem em ouvir sua voz, temê-lo em obediência e santidade. Santidade essa que envolve também envolvimento em sua OBRA, serviço e frutos, muitos frutos.

Jó foi um servo que entendeu a importância do temor e, na provação árdua, venceu ouvindo a voz de seu criador em humildade e santidade, recebendo de Deus a justificação pela fé. Pela fé em sua voz. Pela fé na Palavra de Deus. Ele também foi justificado (profeticamente) pela fé em Jesus, a palavra de Deus, a voz do Criador. “eu sei que vive meu Redentor”.

Toda a nossa caminhada começa num ato interno: Temendo a Deus.

Deus se revela ao homem através de Jesus, o concede salvação (ato soberano e sem participação humana), mas, a partir daí a caminhada inicia-se com o primeiro passo dado pelo homem e esse primeiro passo é o temor. Temor ao Deus vivo que fala e vive para todo o sempre. Temor é o princípio... Jesus (a voz de Deus) é o princípio. E nossa caminhada termina onde tudo começou, na eternidade, pois, temor é o fim de todas as coisas. Jesus é o início e fim de todas as coisas.

Era comum nos tempos bíblicos, um homem ao estar em dívida, se tornar escravo de alguém até pagar, ou, para todo o sempre. Mas também era comum, num ato de misericórdia, livramento de uma morte,perdão de uma dívida, um homem ficar servo de alguém por gratidão e honra. É o nosso caso. Paulo disse que,uma vez mortos para o pecado (na qual éramos escravos),nos tornamos servos (escravos,no original) do Espírito para a obediência e santificação.

Então, sem mais palavras iniciais, vamos direto ao texto em Jó 37.

“sobre isto também treme o meu coração”. A palavra “treme”, no original hebraico (baradh) nos traz a ideia de: temor, mas num sentido além do substantivo. Um verbo. Vem da raiz primitiva “apressar”, apressar com ansiedade. Temer ao Senhor não é ter pavor, mas é ter a reverencia dinâmica , na pressa (caminhada) e no anseio de estar com Ele, pois somos feitos, filhos dele, pertencentes a Ele. Temer a Deus, portanto é saber que não somos mais donos de nós, mas sim ,servos e propriedade exclusiva de Deus. Então , devemos ,em temor, entregarmos a Ele nossa existência (alma) todos os dias. Sabendo que, “não mais vivo eu , mas, Cristo vive em mim”. Traz a ideia também de temor com tremor.

Na física, toda ação gera uma reação e, no mundo espiritual também:

“...treme o meu coração... ...e salta do seu lugar.”

O temor ao Senhor gera movimento no mundo espiritual, mais especificamente, na nossa vida espiritual.

Somos convidados todos os dias pelo Espírito Santo a sair de “nosso lugar”.

“salta” no original (nathar) traz a idéia de: “livrar-se”,”desatar”.

 A salvação (livramento da morte) começa quando recebemos Jesus em nossos corações e andamos em temor na obediência e santificação. Isto explica: “...também treme o meu coração e salta de seu lugar...”.

Este verbo hebraico também está relacionado a “desatar”, “separar”. Porque nossa dinâmica em temor tem um resultado: Santidade. É andar separado, desatado do mundo.

“E salta de seu lugar”: a consequência espiritual de tudo isso é exatamente saltar de seu lugar, estar livre do velho homem, ir para outro alvo, converter de todo o caminho pecaminoso.

E quem faz toda essa transformação na vida do homem? Jesus! O verbo vivo de Deus, a Palavra, a Voz do criador.

Verso dois: “atentamente ouvi o movimento da sua voz e o sonido que sai de sua boca”. O que move o homem a tremer o coração e saltar de seu lugar é a experiência pessoal com Jesus Cristo e a Palavra de Deus.

E para quê Deus nos move, nos levanta, nos resgata? Para sermos dEle, instrumentos dEle. Para sermos usados em sua OBRA como folhas ao vento. Para irmos onde seu Espírito nos enviar. Vejamos:

Verso três: “Ele o envia por debaixo de todos os céus e sua luz,até para os confins da terra”. Esse verso fala da presença do Espírito Santo de Deus enviado e derramado por “debaixo dos céus”, ou seja, na terra para nos guiar rumo ao destino celestial. A “luz até os confins da terra” está, de forma direta, apontando para a Igreja (a luz do mundo) que leva a palavra aos confins da terra, como o próprio Senhor Jesus um dia ensinou e designou o seu povo.

Para concluir esta mensagem, quero dizer que há uma promessa, uma recompensa para aqueles que, como Igreja do Senhor, tem andado com o coração em tremor (temor), saltando de seu lugar (em disposição e serviço), ouvindo a voz do Espírito Santo (em santificação) e, por fim realizando sua Obra como a luz do mundo.

Verso quatro: Ouvida sua voz, não tarda com essas coisas”. Ouvir no original hebraico está diretamente ligado a OBEDECER. Os que obedecem à voz do Senhor terão um galardão seguro e guardado no céu.

Gabriel Felipe M. Rocha

Um comentário:

Anônimo disse...

Mensagem muitíssimo preciosa, irmão, achei uma benção. Naldo Oliveira